19°C 29°C
Uberlândia, MG

Brasil passa por mudança estrutural para enfrentar o novo ambiente econômico, diz Barbosa

Brasil passa por mudança estrutural para enfrentar o novo ambiente econômico, diz Barbosa

22/01/2016 às 17h14
Por: Ricardo
Compartilhe:
Ministro Nelson Barbosa durante o Fórum Econômico Mundial em Davos Ministro Nelson Barbosa durante o Fórum Econômico Mundial em Davos Michele Limina
Ministro Nelson Barbosa durante o Fórum Econômico Mundial em Davos Ministro Nelson Barbosa durante o Fórum Econômico Mundial em Davos Michele Limina
Em painel no Fórum Econômico Mundial, o ministro da Fazenda destacou a importância da atuação do governo no combate à desigualdade e no estímulo ao crescimento O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta última quinta-feira (21/01) que o Brasil passa por um processo de transição e que o governo está preparando a economia para um novo ambiente global, o que exige uma mudança estrutural. No painel “How to reboot the global economy”, durante o Fórum Econômico Mundial, o ministro defendeu a manutenção da estabilidade econômica, o combate à desigualdade e a atuação do governo como coordenador das forças que possam promover o crescimento. “O cenário internacional mudou muito. Estamos numa fase que se sucede ao boom das commodities e o Brasil está se ajustando a esse cenário internacional”, disse Barbosa. “Isso requer alguma mudança estrutural, e estamos no meio disso. Também somos uma democracia avançada, então esse tipo de mudança deve ser discutida com todos os atores relevantes. Esse processo está em curso e estou plenamente confiante de que superaremos essa fase”, acrescentou o ministro, que participou do painel sobre a retomada do crescimento mundial ao lado do prêmio Nobel de economia Joseph Stiglitz, o primeiro-ministro da Irlanda, Enda Kenny, e a empresária chinesa Zhang Xin. Barbosa afirmou que país aproveitou o boom das commodities para aumentar a rede de proteção social, o que contribuiu para a redução da desigualdade e da pobreza e para o aumento do investimento. “Agora estamos enfrentando o desafio de consolidar as conquistas sociais que obtivemos no passado recente e preparar nossa economia para essa nova fase mundial”, afirmou. A relevância do desempenho do PIB como medida de bem-estar social foi questionada pela plateia que assistia ao painel. “Aumentar a renda per capita ainda é muito importante para os países emergentes”, disse Barbosa. “Nosso desafio é combinar isso com outros objetivos”, afirmou, acrescentando que reduzir a desigualdade é tão importante quanto fazer crescer o PIB numa economia em desenvolvimento. “Esse é um tópico inevitável no século 21 e isso requer ação governamental”, disse ele. “O mercado pode gerar muitos ganhos de produtividade e progresso, mas também produz muita desigualdade e muita volatilidade. Temos de encontrar maneiras para que o governo lide com isso em um ambiente completamente diferente”, afirmou. Barbosa disse que a chave para promover a redução da desigualdade juntamente com os ganhos de produtividade é criar as instituições certas que distribuam esses ganhos, de maneira a gerar mais oportunidades de emprego e de qualificação para a mão de obra. INVESTIMENTOS E COORDENAÇÃO O ministro da Fazenda afirmou que o governo tem um papel importante na manutenção da estabilidade econômica. “Mas a estabilidade pode ser alcançada de diversas formas, não há um caminho único”, disse ele. Ressaltando que é uma escolha da população o quanto demandará do governo e o quanto pagará em termos de impostos, Barbosa afirmou que o ambiente atual de mudanças demográficas, tecnológicas e políticas exige uma atuação intensiva por parte dos líderes de um país. “O governo precisa liderar o caminho, não necessariamente sendo o ator principal. O governo é o coordenador de todas essas forças”, afirmou Barbosa. Na avaliação do ministro, será fundamental saber lidar com riscos e desenhar uma engenharia financeira capaz de transformar as oportunidades em investimentos concretos. “Especificamente na área do investimento, alguma coordenação de riscos e planejamento é inevitável. Esse, acredito, é o principal desafio: reduzir as desigualdades e ter políticas de desenvolvimento que estimulem o mercado a fazer coisas que não seriam feitas sem algumas garantias do governo”. AMÉRICA DO SUL Barbosa destacou também o grande papel que o Brasil representa para a América do Sul e disse que uma maneira de o país contribuir para a região é ampliando o investimento e aprofundando a integração regional. “O comércio bilateral do Brasil com a Argentina está melhorando, temos agora uma taxa cambial mais flexível entre ambos e acreditamos que isso possa disseminar um efeito benéfico para a região”, disse ele.
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Uberlândia, MG
19°
Tempo nublado

Mín. 19° Máx. 29°

19° Sensação
2.08km/h Vento
74% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
06h25 Nascer do sol
05h55 Pôr do sol
Sex 29° 19°
Sáb 29° 20°
Dom 30° 19°
Seg 30° 19°
Ter 30° 19°
Atualizado às 07h09
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,15 -0,01%
Euro
R$ 5,51 -0,01%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,07%
Bitcoin
R$ 348,598,09 -0,34%
Ibovespa
124,740,69 pts -0.33%
Publicidade
Publicidade