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Presidente descarta criação de mecanismos para restringir saques do FGTS

Presidente descarta criação de mecanismos para restringir saques do FGTS

19/01/2017 às 13h34 Atualizada em 19/01/2017 às 15h34
Por: Ricardo de Freitas
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Foto: Reprodução
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O presidente Michel Temer descartou nesta quinta-feira (19) a possibilidade de criação de um mecanismo para restringir o número de trabalhadores que poderão sacar recursos das contas inativas do FGTS  (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Conforme mostrou a Folha de São Paulo nesta quinta, a Presidência estudava alternativas após uma análise dos números apontar que cerca de 2% das contas concentram um montante muito expressivo do volume total de recursos. A opção por estabelecer um limitador para os saques, que atingiria uma pequena parcela dos trabalhadores, era tratada até a noite desta quarta-feira (18) como possibilidade dentro do governo, segundo relataram integrantes graduados da administração Temer e empresários envolvidos nas discussões. "Das alternativas propostas pela CEF [Caixa Econômica Federal] o Presidente confirmou liberar todo o saldo da conta", escreveu nesta quinta, em uma rede social, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil). A restrição atingiria somente as contas mais altas, que tendem a ser de pessoas com maior renda. O receio era o de que os recursos seriam usados em investimentos financeiros, e não para alavancar a economia. "Hoje saiu uma notícia de que 'o Temer diz que vai reduzir essa possibilidade de retirada', ou seja, cerca de 2%, 3% das pessoas que tem mais verbas. Eu quero declarar publicamente que não houve nenhuma modificação. Quem tiver contas inativadas vai poder sacá-las", afirmou o presidente, durante evento em Ribeiro Preto (SP). Segundo Temer, 30,2 milhões de brasileiros têm contas inativas do FGTS, o que representa mais de R$ 30 bilhões que poderão ser injetados na economia. "Tem gente precisando pagar dívidas, trabalhador querendo fazer compras. Então vamos fazer isso [liberar o FGTS inativo]", disse.   PROBLEMAS Esse argumento, de que a medida seria inócua para reanimar a atividade econômica, sempre foi usado pelas incorporadoras imobiliárias para barrar iniciativas semelhantes do governo. O dinheiro do FGTS é usado para financiar a construção de imóveis e projetos de saneamento básico. Os empresários afirmam que liberar saques em todas as contas debilitará em poucos anos a capacidade do fundo de sustentar empréstimos para compra da casa própria. Ao buscar uma trava para os saques, o governo procura tanto reter parte dos recursos no FGTS como agradar os empresários da construção, que negociam com o governo um pacote de estímulo ao setor. DESGASTE Para blindar Temer do desgaste de um eventual recuo, aliados ensaiam o discurso de que, se a restrição vier, incidirá sobre um número pequeno de pessoas, preservando trabalhadores endividados e de baixa renda que são o alvo principal da medida. O anúncio da liberação dos saques foi feito às vésperas do último Natal, como carro-chefe de um pacote de medidas de estímulo econômico apresentado com o objetivo de melhorar a imagem de Temer e a avaliação do governo. A Caixa Econômica Federal, responsável pela administração do FGTS, prometeu divulgar em fevereiro um calendário para os saques, de acordo com a data de nascimento dos trabalhadores. Temer esteve em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) na manhã desta quinta para anunciar a liberação de R$ 12 bilhões para o pré-custeio da safra agrícola 2017/2018. O valor destinado à aquisição antecipada de insumos, o pré-custeio, é R$ 2 bilhões superior ao montante de 2016. O volume ofertado pelo Banco do Brasil é oriundo de captações próprias da Poupança Rural e de depósitos à vista. Os recursos estão disponíveis a médios produtores por meio do Pronamp (Programa Nacional de Apoio aos Médios Produtores Rurais), com taxas de 8,5% ao ano e teto até R$ 780 mil. Os demais produtores rurais acessam o crédito com encargos de 9,5% ao ano até o teto de R$ 1,32 milhão por beneficiário. Segundo o Banco do Brasil, a antecipação dos financiamentos de custeio se destina a culturas da safra de verão 2017/2018, como soja, milho, arroz e café, permite melhores condições aos produtores para o planejamento de suas compras junto aos fornecedores e contribui para o incremento das vendas de sementes, fertilizantes e defensivos. Folha de São Paulo      
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