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A astronomia perde o radiotelescópio de Arecibo

A astronomia perde o radiotelescópio de Arecibo

05/12/2020 às 17h23 Atualizada em 05/12/2020 às 20h23
Por: Jorge Roberto Wrigt
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Foto: National Science Foundation / Reuters / Direitos Reservados
Foto: National Science Foundation / Reuters / Direitos Reservados

A astronomia perdeu uma de suas mais importantes ferramentas para o estudo do Universo: o radiotelescópio de Arecibo, que com um prato refletor de 300 metros foi, até 2016, o maior do mundo – superado apenas pelo chinês Fast, com uma abertura de 500 metros.

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Localizado em Porto Rico, o radiotelescópio de Arecibo não era famoso apenas por suas descobertas ou dimensão. Ele serviu de cenário para vários filmes – entre eles, 007 Contra GoldenEye.

Devido a problemas estruturais o radiotelescópio já estava em vias de ser desativado. No entanto, após o rompimento de alguns cabos, ele acabou colapsando no dia 1º de dezembro.

“Este é mais um registro negativo a ser feito neste ano de 2020: o colapso do radiotelescópio de Arecibo. Um telescópio bastante importante para o estudo da radioastronomia, que é o estudo do Universo a partir das ondas de rádio”, lamenta o doutor em física e professor do Instituto Federal de Santa Catarina, Marcelo Schappo.

Schappo é também coordenador do projeto de extensão Astro&Física, por meio do qual faz divulgações sobre física moderna e astronomia. Segundo ele, o radiotelescópio de Arecibo já vinha apresentando problemas desde agosto, quando o primeiro de seus cabos rompeu.

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“Em novembro, rompeu outro cabo e, no início de dezembro, ele colapsou após sua parte suspensa ter se soltado dos cabos, caindo em cima do disco refletor, inutilizando-o completamente. É realmente uma perda para a radioastronomia”.

O físico explica que esse radiotelescópio participava ativamente da observação de planetas próximos, bem como do monitoramento de asteroides que possam apresentar algum risco de colisão com a Terra. “Ele participou, inclusive, da detecção dos primeiros exoplanetas”, acrescenta o físico, referindo-se ao radiotelescópio que foi construído entre 1960 e 1963 em um município homônimo a ele.

Segundo Schappo, a radioastronomia é uma área bastante rica da astronomia. “A gente está acostumado a ver apenas luz visível, que basicamente são as cores do arco-íris. A luz visível são ondas eletromagnéticas, que fazem parte de um conjunto muito maior de ondas eletromagnéticas, que se chama espectro eletromagnético”, disse.

Nesse sentido, acrescenta o físico, a astronomia moderna observa o Universo e os fenômenos astronômicos a partir das diferentes faixas das ondas eletromagnéticas. “Infelizmente Arecibo nos deixa na mão. Mas, por outro lado, existem sim outros radiotelescópios em operação na Terra, que vão certamente seguir o legado de informações que ele proporcionava”, complementa.

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Fonte Agência Brasil - Por Pedro Peduzzi e Adrielen Alves 

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