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A Eleição vai passar, mas e o preço do Dólar?

A Eleição vai passar, mas e o preço do Dólar?

27/10/2018 às 09h26 Atualizada em 27/10/2018 às 12h26
Por: Ricardo de Freitas
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Foto: Reprodução
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Preço do Dólar

O sobe-desce do dólar em períodos de eleição é inevitável, e nós acompanhamos tudo com apreensão. Neste ano a situação não foi diferente. A oscilação ocorre pela crença do mercado em relação às propostas dos candidatos em disputa. Quando as propostas de um candidato são favoráveis à agenda do mercado, a moeda se fortalece em relação às demais. Os fatores fundamentais que fariam o Real (BRL) se valorizar muito contra todas as moedas globais são: a reforma da previdência, a reforma trabalhista (ou o que sobrou dela), as privatizações em massa das estatais e a reforma tributária. Estes quatro pilares sustentam a mudança nos valores. Qualquer movimento que torne o setor público mais produtivo e reduza os gastos do governo poderão causar um mega rally nos preços dos ativos brasileiros. Para o mercado, no entanto, interessa saber como será o real programa de governo do futuro presidente, principalmente em relação à economia e à uma agenda liberal, pró reformas e pró privatizações. Isso definirá o comportamento das Bolsas e do câmbio no curto, médio e longo prazo. Após o Real chegar na pior cotação desde seu início, em 13 de setembro, ele voltou a se fortalecer e ganhou 12% contra a maioria das moedas globais. Como a equipe econômica e política do candidato Jair Bolsonaro (PSL) está em definição, e até o momento os sinais são contraditórios diante dos desentendimentos de declarações desmentidas, melhoras substanciais adicionais no preço do Real (BRL) deverão ocorrer apenas após o posicionamento público dessa equipe. Para os brasileiros que possuem familiares fora do país e precisam transferir dinheiro existem alguns pontos de atenção para que este processo ocorra da melhor forma possível. São pessoas que se deparam com muita burocracia e taxas extremamente altas dos bancos tradicionais. Por isso, a dica mais importante é optar por plataformas digitais que são transparentes nos custos cobrados pelo serviço, além de mais ágeis e seguras. Outro ponto importante é acompanhar diariamente a cotação das moedas, facilidade que pode ser encontrada nestas soluções. O melhor momento para receber valores do exterior é quando a cotação da moeda está mais alta. Recomendamos que você sempre fique de olho na cotação e aproveite os picos mais altos neste agitado momento eleitoral do Brasil. No caso contrário: pessoas que vivem no exterior, mas precisam enviar dinheiro para o Brasil, o ideal é buscar saber exatamente o quanto estão pagando em tarifas e impostos.

É bom sempre lembrar que:

  • Spread - Custo operacional da transação;
  • Taxa cambial - Cotação comercial da moeda acrescida do spread. É, efetivamente, o valor que se é pago na cotação; IOF - Imposto Federal, que pode variar dependendo da natureza da remessa. Em determinados casos, também pode incidir Imposto de Renda.
Por fim, sabemos que o período é de incertezas, mas é importante ter conhecimento de que alternativas digitais podem ser uma boa aposta para mais transparência. A oscilação das moedas estrangeiras acontece sempre em momentos em que o país decidirá seus futuros líderes, então é bom ficar atento. * Fernando Pavani é sócio fundador e CEO da BeeTech. Começou sua carreira em 2008, com passagens pela BRZ investimentos, Franklin Templeton Investments e Itaú Unibanco Asset Management. Cursou Economia no Insper.
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