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Comércio e serviços têm o índice de otimismo mais baixo em 14 anos

Comércio e serviços têm o índice de otimismo mais baixo em 14 anos

29/01/2015 às 17h39
Por: jornalcontabil
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Photo by @standret / freepik
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Pesquisa da Fecomércio PR aponta que 39% dos empresários acreditam no bom desempenho do 1º semestre. Carga tributária elevada, inflação e consumidores descapitalizados são as principais dificuldades elencadas

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A Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio, da Federação do Comércio de Bens, Serviços Turismo (Fecomércio PR), aponta que 39% dos empresários paranaenses estão confiantes com o primeiro semestre do ano. Este é o menor índice aferido pela pesquisa, iniciada em 2001.

Para 28% a situação futura é indefinida, o que demonstra que esses empresários aparentam estar temerosos, porém ainda não sabem o que esperar. As respostas pessimistas chegam a 27%. Esse grupo acredita que o faturamento ficará abaixo do registrado em 2014, um ano difícil para boa parte das empresas. Outros 6% estão indiferentes sobre o andamento das vendas neste semestre.

A confiança dos empresários vem descrendo nos últimos anos, mas esta é a primeira vez em que foi constatado um índice de expectativa favorável abaixo de 50%. A última edição da pesquisa, correspondente ao segundo semestre de 2014, já havia sido a pior da série histórica, quando apenas metade dos empresários acreditava que teria boas vendas no semestre.

No comparativo entre os setores de comércio e serviços, os graus de insatisfação e de otimismo são muito semelhantes. A expectativa para os próximos seis meses é favorável para 38,40% dos prestadores de serviços e para 38,31% dos varejistas, números consideravelmente inferiores aos registrados no segundo semestre de 2014, quando o otimismo era de 57% no setor de serviços e 46% no comércio. Os que divergem dessa opinião e esperam por meses desfavoráveis chegam a 27,20% entre as empresas de prestação de serviços e 27,36% no comércio.

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Os empresários que se dizem indefinidos são 26,40% em serviços e 28,86% no comércio, enquanto 8% estão indiferentes em serviços e 5,47% no comércio.

Com relação às contratações, 63% das empresas pretendem manter o quadro funcional no próximo semestre; 16% intencionam aumentar o número de colaboradores; 15% devem optar pela redução e 6% ainda não sabem qual medida tomar até o fim do semestre. A pesquisa indica que as empresas não farão grandes cortes, sendo esta uma das últimas medidas a serem tomadas caso a expectativa pessimista venha se concretizar.

Dentre as dificuldades listadas, a carga tributária elevada aparece em primeiro lugar, com 59%. Como essa pergunta poderia ter múltiplas respostas, também foram citadas a inflação (56%), aumento no custo das mercadorias (43%), consumidores descapitalizados (36%), falta de mão de obra qualificada (28%), concorrência informal (20%), falta de incentivo governamental (17%), falta de capital de giro (17%), segurança (16%), dificuldades para atender à legislação (10%), frete elevado (6%) e falta de qualidade nos produtos vendidos (2%).

Mesmo com expectativas pouco otimistas, 39% das empresas pretendem fazer novos investimentos, que devem se concentrar nas instalações (34%), equipamentos (27%), capacitação de colaboradores (23%) e propaganda (22%).

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Expectativas por região


As regiões pesquisadas apresentaram um cenário bastante diferente entre si. No Sudoeste, o nível de otimismo chegou a 60%, contra apenas 13% de opiniões desfavoráveis. Por outro lado, a região Oeste demonstrou o pior índice de confiança para o primeiro semestre, com 43% de respostas negativas e 27% favoráveis. No Norte, 42% das empresas estão esperançosas, apesar da instabilidade econômica do país, contra 25% de avaliações pessimistas.

Metodologia

A pesquisa foi respondida por 330 empresários ao longo da primeira quinzena de janeiro. No comércio, participaram empresas de vestuário e tecidos, lojas de departamentos, móveis e decorações, supermercados, farmácias e perfumarias, autopeças, calçados, óticas, cine-foto-som, livrarias e papelarias e veículos. Entre as prestadoras de serviços participaram empresas de contabilidade, ramo alimentício, publicidade, tecnologia e transportes.

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