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Como evitar erros de português no trabalho

Como evitar erros de português no trabalho

25/07/2017 às 09h13 Atualizada em 25/07/2017 às 12h13
Por: Ricardo
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Foto: Reprodução
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Português no trabalho: melhor não vacilar

Tudo ia bem na negociação com um novo cliente. Até você responder um e-mail, informando que ele poderia pagar em “menas” parcelas, se assim desejasse. Foi de doer! Você estava cheio de boas intenções, nem sabia que tal palavra não existia, mas acabou passando uma imagem pouco profissional. Seu cliente se sentiu inseguro, desconfiado e encerrou a conversa ali mesmo.

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Esse é um exemplo hipotético, mas nada improvável. Pior ainda se o tal cliente sequer o alertasse, pois aí você iria perder uma venda sem saber no que errou. Mas será exagero da parte dele? Afinal, outros talvez não se importassem e, assim, a sua falha passaria em branco. Na verdade, pouca diferença faz. Não dá para transferir a sua responsabilidade em uma situação como essa. O melhor mesmo é não dar chance para o azar. Ao usar corretamente a língua portuguesa no trabalho, especialmente na comunicação escrita, você afasta esse tipo de risco. E como veremos a seguir, não há como evitar erros sem se preparar para isso.

Como evitar erros de português na empresa

Na situação que usamos como exemplo, o problema envolveu a empresa e seu cliente. Mas não é apenas durante uma venda que é necessário fugir dos erros mais comuns de ortografia. Conforme o caso, até na comunicação interna esse é um tipo de falha que compromete o gestor. Afinal, que tipo de líder é esse que comete erros básicos ao se dirigir à equipe? Por essas e por outras, aprender como evitar erros e fugir dos equívocos mais comuns é a melhor opção. E para seguir por esse caminho, as dicas a seguir podem ajudá-lo bastante.

Simplifique

A língua portuguesa é reconhecidamente uma das mais difíceis do mundo. E não poderia ser diferente com um idioma que possui mais de 500 mil palavras. Mas não adianta usar esse argumento ao apresentar uma proposta comercial mal redigida e perder um cliente. Que tal simplificar? Erros costumam ocorrer pelo excesso de confiança. Na escrita, isso muitas vezes significa a tentativa de “enfeitar” o discurso com palavras bonitas. Tenha em mente que um vocabulário refinado raramente se aplica bem a uma negociação, onde a objetividade e transparência são elementos mais valorizados. Além disso, sempre que você for além daquilo que domina, os erros se tornam mais próximos. O português costuma ser imperdoável nessas horas. Quer um exemplo? Achar “bonita” a expressão “não obstante” e utilizá-la acreditando que substitui “como se não bastasse”, algo como “não obstante tantas vantagens, ainda vamos conceder um desconto”. É um erro bastante grave, pois significa “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”.

Cuidado ao conjugar

Muitos dos erros mais comuns de ortografia estão relacionados a falhas na conjugação de verbos. Um bom exemplo é a confusão com os tempos verbais. Isso, inclusive, pode passar uma ideia que diferente da que você gostaria. Veja a seguinte frase aplicada a uma negociação: “Vocês assinaram um compromisso conosco e nós vamos retribuir”. Não há nada errado com ela, exceto por ter usado “assinaram” e não “assinarão”. O cliente em questão não assinou nada ainda, e talvez agora nem assine mais. No mínimo, vai parecer que você copiou a frase de uma mensagem enviada a outra empresa. E isso afeta a tal exclusividade, o atendimento personalizado que você “vendeu” a ele. Um erro tão bobo, mas de consequências sérias. O mesmo se aplica a confusões entre “pediram e pedirão”, “solicitaram e solicitarão”, “escreveram e escreverão”, “tiraram e tirarão”, etc. Nesses exemplos, a primeira palavra está conjugada no pretérito perfeito, enquanto a segunda no futuro do indicativo. Ou seja, tal erro “apenas” muda algo que foi feito para algo que ainda será realizado, e vice-versa.

Pratique a leitura

Não é por acaso que dizem que é lendo que você escreve melhor. Afinal, através da leitura é que se constrói o vocabulário, criando uma espécie de memória visual com as palavras. O correto é supérfluo ou supérfulo? Retificar ou ratificar? Mas ou mais? Seção, sessão ou cessão? Segmento ou seguimento? “Comprimento ou cumprimento? Exceção ou excessão? Todas as respostas você obtém conforme constrói uma autoridade sobre o português pela leitura. Assim, quando escrever uma palavra que pareça estranha aos olhos, esse será o alerta para confirmar em um dicionário online se está correta, ou optar por outra no mesmo sentido. Aliás, a capacidade de variação de palavras, usando sinônimos em vez de repetir o mesmo termo várias vezes em uma frase, é outro ganho que surge a partir da leitura. Isso pode não fazer de você um intelectual, mas certamente irá passar uma imagem bem mais profissional.

Resolva alguns dos erros mais comuns de ortografia

Agora que já falamos sobre como evitar erros e da importância de escrever corretamente, vale citar alguns dos erros mais comuns de ortografia. Fique atento, pois muitos deles podem se converter facilmente em prejuízos para a sua empresa.
  • A ver ou haver: a primeira é uma expressão que indica relação; a segunda é um verbo. Ou seja, não haveria porque se confundir, já que uma palavra nada tem a ver com a outra.
  • Mau ou mal: a primeira é o contrário de bom; a segunda é o contrário de bem. Ou seja, você talvez seja tido como um mau gestor se escrever muito mal.
  • Mas ou mais: a primeira é sempre no sentido de "porém"; a segunda adiciona intensidade. Ou seja, você precisa ler mais, mas vá com calma.
  • Maiores ou mais informações: você mede as informações por seu tamanho? Então, nunca use maiores.
  • A ou há: a primeira indica futuro; a segunda, passado. Ou seja, você tem a empresa há dois anos e planeja vendê-la daqui a cinco meses.
  • A prazo ou à prazo: nunca use crase antes de uma palavra masculina. Ou seja, você pode vender à vista ou a prazo.
  • Vai a Curitiba ou à Curitiba: vai a, volta da, crase há; vai de, volta de, crase pra quê? Essa é uma regrinha básica e fácil. Se você volta de Curitiba, de Porto Alegre ou de Manaus, esqueça a crase. Mas se volta da França, ou da Itália, a coisa muda de figura.
  • Acerca de ou a cerca de: a primeira é o mesmo que “sobre” ou “a respeito de”; a segunda indica distância. Ou seja, acerca da localização da sua empresa, pode informar que fica a cerca de 100 metros da praça central.
  • Perca ou perda: a primeira é verbo; a segunda é substantivo. Ou seja, caso você perca a calma, terá que arcar com a perda do cliente.
  • Despercebido ou desapercebido: a primeira indica distração; a segunda, significa desprevenido. Ou seja, passou despercebido que o cliente estava desapercebido de recursos para fechar negócio.

Atenção redobrada ao português

Você viu neste artigo que tem como evitar erros de português sendo mais atento ao escrever. Leve as lições que aprendeu hoje para o seu dia a dia. Previna situações constrangedoras no trato com sua equipe e seus clientes. Dessa forma, você passa uma imagem mais profissional e deixa de perder negócios por situações como essa. Via ContaAzul
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