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Como o modelo híbrido de trabalho influencia na organização das empresas

Como o modelo híbrido de trabalho influencia na organização das empresas

09/03/2021 às 13h38 Atualizada em 09/03/2021 às 16h38
Por: Wesley Carrijo
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A pandemia de covid-19 pegou as empresas despreparadas no início. As medidas de distanciamento social obrigaram a adoção do home office nas relações de trabalho.

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Entretanto, conforme o tempo foi passando, o que era visto de forma preconceituosa revelou-se uma ferramenta essencial para manter a produtividade e reduzir os custos. Agora, com a possibilidade da vacina no horizonte e uma futura “normalização”, muitas empresas já adotam (ou pensam em adotar) o modelo híbrido de trabalho, em que os colaboradores ficam alguns dias em casa e outros no escritório.

Contudo, esse cenário exige adaptação de todos, principalmente em relação à tecnologia e organização.

O trabalho remoto rapidamente foi incorporado tanto por colaboradores e quanto por empresas e, atualmente, já é realidade no país – ainda que a falta de regulamentação jurídica assuste as duas partes em certos casos.

Uma pesquisa conduzida pela Robert Half, consultoria de recrutamento, mostra que 86% dos profissionais gostariam de trabalhar remotamente com mais frequência do que antes da pandemia.

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Além disso, um levantamento da Salesforce, empresa especializada em ferramentas de CRM, indica que mais da metade dos trabalhadores brasileiros (52%) trocaria de emprego se tivessem a oportunidade de trabalhar remotamente.

O modelo híbrido surge como uma possibilidade de unir esses dois mundos: a interação presencial no escritório, principalmente para troca de ideias e reuniões, e a atuação remota no conforto de sua residência para outros processos produtivos.

É uma visão tentadora, sem dúvida. Quando bem implementada, é capaz de proporcionar ganho operacional gigantesco ao negócio.

Isso inclui, por exemplo, a otimização da produção, com atividades sendo desenvolvidas com mais eficiência, redução de atrasos, maior desenvolvimento de projetos em equipe, economia nas despesas com o escritório, entre outros benefícios.

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Entretanto, é preciso tomar alguns cuidados com dois pontos cruciais. O primeiro deles, evidentemente, é a tecnologia.

Não se trata apenas de garantir os equipamentos e a conectividade necessária ao colaborador para que ele possa trabalhar de casa (algo realmente importante a ser feito).

Designed by @Flamingo Images / shutterstock
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A empresa precisa garantir uma estrutura completa que permita, entre outras coisas, o compartilhamento de arquivos, a mensuração da produtividade em cada um, o fluxo de trabalho e até coisas mais simples, como as impressões.

Nem todos têm uma impressora em casa – e nem todos os documentos podem ser impressos nesses equipamentos.

Felizmente, empresas oferecem softwares que facilitam essas questões.

Além disso, o segundo ponto a ser observado é a própria estrutura e mentalidade organizacional.

Adotar o modelo híbrido envolve mais elementos do que simplesmente adotar um calendário de trabalho para cada profissional.

Primeiro porque esse é um sistema mais flexível na relação entre empresa e colaborador.

Ou seja, exige uma nova cultura dentro do local de trabalho, principalmente referente às horas trabalhadas e aos resultados apresentados – cada pessoa tem seu tempo e isso precisa ser levado em consideração.

Segundo porque também passa pela necessária reflexão sobre o próprio espaço do escritório.

Será que o local precisa de tantas mesas e cadeiras nesse formato? Quantas salas de reunião serão necessárias? As respostas dessas questões levam muitas corporações a repensarem até mesmo o tamanho do prédio onde estão sediadas.

Essas situações certamente serão pensadas e debatidas daqui por diante, com muitas companhias adotando o regime híbrido de trabalho após o sucesso do home office durante a pandemia.

Mas isso não significa, evidentemente, que será fácil e pacífico em todos os casos.

O importante, contudo, é compreender que o mundo mudou com a pandemia de covid-19.

O que servia antes não necessariamente terá valor após a doença.

Cabe às empresas se adaptar a este momento e identificar qual regime de trabalho garante a produtividade e rentabilidade necessária em todos os seus processos.

Por Rodrigo Reis, Diretor comercial e sócio da Reis Office, empresa de soluções para impressão, digitalização, transmissão e armazenamento de documentos.

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