18°C 29°C
Uberlândia, MG

Comunidade LGBTQIA+ lança críticas ao novo RG

Comunidade LGBTQIA+ lança críticas ao novo RG

28/10/2022 às 16h01 Atualizada em 28/10/2022 às 19h01
Por: Lucas Machado
Compartilhe:

Em 2022, o Governo Federal colocou em vigor a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN). A comunidade LGBTQIA+ reivindica a suspensão do novo modelo do RG, que, por sua vez, já está sendo emitido em vários estados do Brasil, bem como Acre, Goiás, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal e Paraná. 

Continua após a publicidade

Em suma, a comunidade se posiciona indignada, pois segundo eles, o Governo Federal em momento nenhum se disponibilizou para um diálogo em torno da formulação do documento. 

A versão atualizada da nova CIN conta com diversas alterações, dentre elas estão a obrigatoriedade do preenchimento dos campos referentes ao “sexo” ,“nome social” e “nome de registro”, três informações que constam na mesma face do documento

Segundo representantes da população LGBTQIA+ podem colocar a pessoa em situações de grandes constrangimentos ou até mesmo humilhantes. A comunidade argumenta, que o novo modelo abre margem para violências de diferentes naturezas, em decorrência à transfobia, ainda muito presente no Brasil. 

Dessa forma a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) e a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos) já se manifestaram em uma posição contrária a emissão do novo documento, protocolando assim uma ação civil contra a União. 

Continua após a publicidade

De acordo com as entidades, a nova  “é um problema porque vai acabar constrangendo quando a pessoa se apresentar com o documento e estar ali uma incongruência no sexo", explica a presidente da Antra, Keila Simpson.

A alteração da CIN de 2019 configurou um avanço muito grande nas lutas LGBTQIA+,  quanto a permissão voltada a pessoas trans e travestis que poderiam ser reconhecidas a partir do gênero com o qual se identificam. Estamos falando da inclusão do nome social, que não excluía o nome de registro que ficava no verso da folha, diferentemente do novo documento. 

Além do nome social e o nome de registro, que antes estavam em páginas diferentes, as lideranças LGBTQIA+, também apontam que o sexo não era um item exigido antes da atualização. Muitos integrantes da comunidade não têm essas questões retificadas na certidão de nascimento, sendo, os mais prejudicados pelas problemáticas apontadas por eles.

Para esta solicitação é necessário procurar os órgãos responsáveis pela emissão, preencher uma autodeclaração e um requerimento garantindo ser travesti ou transexual. No entanto, estabelecer mudanças diretamente na certidão de nascimento, é um processo muito mais complexo e burocrático.

Continua após a publicidade

Segundo Simpson, pessoas que possuem o sexo retificado na certidão de nascimento, o constragimento pode ser menor, já que os dados estão devidamente atualizados, sem qualquer discordância entre as informações.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Uberlândia, MG
28°
Parcialmente nublado

Mín. 18° Máx. 29°

28° Sensação
2.57km/h Vento
47% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
06h25 Nascer do sol
05h56 Pôr do sol
Qui 30° 18°
Sex 29° 18°
Sáb 29° 22°
Dom 29° 19°
Seg 30° 19°
Atualizado às 15h27
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,15 +0,45%
Euro
R$ 5,51 +0,39%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,08%
Bitcoin
R$ 351,003,55 -3,22%
Ibovespa
124,740,69 pts -0.33%