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Conheça os desafios financeiros de empreender pela primeira vez

Conheça os desafios financeiros de empreender pela primeira vez

01/06/2022 às 16h57 Atualizada em 01/06/2022 às 19h57
Por: Leonardo Grandchamp
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Com as crises causadas pela pandemia afetando diretamente a economia e o mercado de trabalho, muitos estão vendo o empreendedorismo como uma boa alternativa nesse momento de incertezas. No entanto, os desafios financeiros desencorajam possíveis empreendedores na hora de começar o seu próprio negócio.

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Para o empreendedor brasileiro Leandro Otávio Sobrinho, que atua no setor imobiliário nos Estados Unidos, o primeiro desafio ao abrir o próprio negócio, na maioria dos casos, é financeiro. “É preciso superar essa barreira monetária, convencendo aqueles que podem ser a alavanca de capital a acreditar no projeto, seja um familiar, um amigo, um banco ou uma linha de crédito. A maior parte dos empreendedores tem uma história parecida. Todos começaram do zero e endividados enquanto acreditam em seus projetos. Os bancos dificilmente querem assumir um risco sem conhecer a capacidade e a competência de quem vai gerir o negócio, então em muitos casos é necessário buscar capital fora das ferramentas convencionais”, revela.

Sobrinho aconselha que começar com algo que seja acessível pode ser uma alternativa viável e que pode ajudar a conquistar o grande sonho. “Comecei com restaurante, passei por franquias de moda e educação até chegar aonde estou, tudo tem sem tempo, só não seja você o mesmo quem sabota seus objetivos com desculpas que justifiquem a estagnação”, ressalta.

De acordo com o empresário, preocupar-se apenas com o planejamento de investimento inicial e não pensar além pode ser uma armadilha aos novos empreendimentos. “É muito simples planejar o quanto gastar em uma reforma, com funcionários, compra de equipamentos. Outra coisa é realizar uma projeção realista sobre fluxo de caixa e capital de giro. É possível ter o capital para que o negócio saia do papel, mas é importante saber que o empreendimento necessita de um período de maturação. Portanto, é preciso planejar como sustentar esse negócio até que ele comece a gerar rotatividade e lucro”, pontua.

Muitos empreendedores acreditam que programas privados e iniciativas do governo podem disponibilizar o capital necessário para iniciar um negócio, mas Sobrinho revela que essa é uma possibilidade para poucos. “Para contar com a ajuda de programas governamentais ou até mesmo o auxílio de fintechs, é necessário ter um projeto realmente inovador, geralmente ligado a tecnologia. Também é possível para empresas já estabelecidas, que precisam de aporte apenas para alavancar ainda mais as operações. No entanto, essa realidade segue distante para empresários de primeira viagem”, lamenta.

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Para quem já está com uma empresa funcionando, a antecipação de recebíveis pode ser uma saída para encontrar capital quando necessário, mas não em todos os casos. “Captar o crédito é mais fácil pois algo concreto existe, pois é uma antecipação de cartões ou de duplicatas que são recebíveis da empresa, mas existem riscos. Antecipar para realizar uma expansão, reformar, de alguma forma melhorar a estrutura que vai gerar mais renda a empresa é uma opção, já que o movimento trará benefícios a médio ou longo prazo. No entanto, se as antecipações são realizadas apenas para manter o negócio funcionando, existe um problema gigantesco a longo prazo. Isso porque a antecipação está limitada ao que se tem a receber e isso é finito, deixando empreendedores endividados quando não tiver mais o que antecipar”, revela.

Um dos principais motivos de as empresas entrarem em processo de falência é a falta de separação das finanças entre pessoas físicas e jurídicas. “Um sócio proprietário deve ser remunerado de acordo com a função que ele exerce dentro da companhia. Não se deve confundir pró-labore com distribuição de lucros e esse é um dos primeiros desafios do empreendedor: não ser atraído pelo capital disponível na empresa e distribuir o lucro todos os meses, atrapalhando a expansão do projeto no futuro”, relata o investidor.

Para o empresário, pessoas que contam com uma veia empreendedora devem superar obstáculos para ter sucesso em seus projetos. “A pessoa que quer empreender de verdade vai achar meios e alternativas para fazê-lo, pois o primeiro perfil de um empreendedor é resolver problemas e encontrar soluções. Com vontade, planejamento e coragem, mas com os pés no chão, é possível ter sucesso em um empreendimento próprio no Brasil ou em qualquer lugar do mundo”, finaliza.

Empreendedor serial no Brasil desde os 22 anos, Leandro Otávio Sobrinho graduou-se em Direito, mas foi empreendendo que se encontrou profissionalmente.

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