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Contador é mentor de esquema que beneficiou 170 pessoas

Contador é mentor de esquema que beneficiou 170 pessoas

14/12/2018 às 11h12 Atualizada em 14/12/2018 às 13h12
Por: Ricardo de Freitas
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Foto: Reprodução
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Operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira (13) cumpriu 8 mandados de busca e apreensão

A Polícia Federal aponta que um contador é o mentor do esquema que fraudava a previdência social no Estado de Mato Grosso desde 2017.

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O esquema criminoso é investigado na Operação Opus Ficta, deflagrada nesta quinta-feira (13). A PF estima que cerca de 170 pessoas tenham recebido aposentadoria ilegalmente.

O mentor de todo o esquema é um contador que, segundo a PF, agia em conluio com dois servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Segundo o investigador, Paulo Gomes, o contador agia em conluio com dois servidores do INSS, e assim, conseguia obter aposentadoria para pessoas que não possuíam requisitos para adquirir o benefício. 

"A Justiça não acatou o pedido de prisão do contador, mas foi realizada busca e apreensão na casa dele. Nós [Polícia Federal] consideramos ele o ‘cabeça’ do esquema, porque ele é quem ia atrás de todo o processo. Ele corria atrás das empresas que eram fechadas, que eram usadas de fachada, e arregimentava os trabalhadores”, disse o investigador da PF, Paulo Gomes. 

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Nesta manhã, oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 5ª Vara Federal de Mato Grosso, foram cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande .

Segundo o investigador, nesta fase da operação foram investigados apenas 16 beneficiados de todo Estado.

"Nós estamos apurando cerca de 170 benefícios fraudulentos. Nessa fase da operação foram apenas 16. Desses, nós já constatamos o rombo de R$ 3 milhões aos cofres públicos", afirmou Gomes.

Os prejuízos causados aos cofres públicos dos aposentados nesta fase foi de R$ 3 milhões, mas segundo a Polícia Federal, poderia chegar a R$ 13 milhões - apenas em relação aos 16 investigados desta fase da operçaão - caso o esquema criminoso não fosse descoberto.

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O esquema

A investigação teve início em 2017, após a Coordenação de Inteligência Previdenciária (COINP-MT) apontar a inserção de vínculos empregatícios falsos no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), através da Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIPs), o que possibilitou a concessão e manutenção de benefícios previdenciários fraudulentos (aposentadoria por idade e/ou tempo de contribuição).

Conforme a Polícia Federal, um contador seria o “cabeça” do esquema. Ele era o responsável por procurar os nomes das empresas já fechadas e preencher as guias GFIPs e CNIS. Para dar apoio ao esquema, dois servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concediam o benefício.

Além de dois escritórios do INSS, foram alvos de mandados de busca e apreensão as casas dos dois servidores, do contador e de outras três pessoas.

Na semana que vem, todos os envolvidos devem ser ouvidos pela Polícia Federal.

Eles responderão, ao menos, pelos crimes de estelionato contra a autarquia previdenciária e inserção de dados falsos em sistemas de informações.

Com MidiaNews

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