18°C 28°C
Uberlândia, MG

Contadora cria cargos fantasmas para fraudar FGTS

Contadora cria cargos fantasmas para fraudar FGTS

19/10/2015 às 02h24
Por: jornalcontabil
Compartilhe:
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
“Foi um transtorno muito grande. Eu me senti roubada, passada para trás”, foi com essas palavras que Ariany Dias, gestora de uma escola infantil, definiu o sentimento ao descobrir que tinha caído em um golpe. Ela e outros três empresários de Francisco Sá, no Norte de Minas, contrataram uma técnica de contabilidade, mas, segundo a Polícia Civil, a mulher fraudava documentos das empresas e empregava ‘funcionários fantasmas’ para recolher o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e depois receber o seguro-desemprego. Cecília Dias Cardoso, de 43 anos, teve a prisão preventiva decretada na manhã desta sexta-feira (16). A mulher era investigada há seis meses. Segundo a delegada de Polícia Civil, Maria Angélica Fernandes Almeida, a técnica em contabilidade registrava os familiares como funcionários das empresas. “Ela recolhia os recursos do FGTS em nome dos parentes e deixava de recolher para os verdadeiros funcionários. Posteriormente, dava baixa nas carteiras e se apropriava do dinheiro”, explica. A Polícia Civil começou a investigar o caso depois que uma professora da escola infantil em que Ariany Dias administra pediu demissão. Ao consultar o FGTS, a ex-funcionária descobriu que não havia nenhuma quantia depositada. A responsável pela instituição fez um boletim de ocorrência. "A contadora também se registrou como funcionária da escola e passava a guia de recolhimento com o número do NIS adulterado, e fraudava assinaturas. Os documentos estavam sendo modificados desde o ano de 2003 e os funcionários ficaram sem receber o FGTS”, esclarece Ariany Dias. Segundo a PC, a estelionatária preenchia até a própria carteira de trabalho como se fosse funcionária das empresas e, posteriormente, dava baixa para receber o recurso. Os salários estipulados por ela variavam de R$ 700 a R$ 1.350. Ela foi encaminhada ao presídio de Montes Claros (MG). A polícia ainda não calculou o prejuízo causado por ela e vai investigar o envolvimento dos familiares na fraude. Na casa de Cecília Dias Cardoso foram apreendidos um computador, dois HDs, pen drives, CDs e documentos das vítimas. Funcionários fantasmas Em 2010, seu José Adelicio realizou um desejo antigo: abriu uma pequena oficina mecânica e contratou apenas dois funcionários. Mas em julho deste ano ele teve uma surpresa ruim. “Recebi uma notificação do Ministério do Trabalho no valor de R$ 22.321 pelo não recolhimento do FGTS de quinze funcionários que estavam registrados na minha empresa”, diz. Na lista, segundo ele, constava o nome da contadora, do cunhado e até do irmão dela. Ele disse que confiava na mulher e nunca desconfiou que pudesse estar sendo vítima de um golpe. “Fiquei até com medo de entrar em uma depressão, agora estou com uma dívida grande”.(Com G1-Globo)
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Uberlândia, MG
19°
Tempo nublado

Mín. 18° Máx. 28°

19° Sensação
2.33km/h Vento
94% Umidade
75% (0.69mm) Chance de chuva
06h24 Nascer do sol
05h59 Pôr do sol
Sáb 28° 19°
Dom 27° 20°
Seg 28° 20°
Ter 29° 21°
Qua 29° 18°
Atualizado às 00h17
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,24 -0,03%
Euro
R$ 5,58 -0,07%
Peso Argentino
R$ 0,01 +0,43%
Bitcoin
R$ 346,146,07 -1,85%
Ibovespa
124,196,18 pts 0.02%