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Desemprego sobe para 12,9% em maio e país terá queda recorde no número de empregos formais

Desemprego sobe para 12,9% em maio e país terá queda recorde no número de empregos formais

01/07/2020 às 21h13 Atualizada em 02/07/2020 às 00h13
Por: Jorge Roberto Wrigt
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A atual crise econômica, desencadeou uma queda do número de empregados com carteira assinada, a taxa oficial de desemprego no país subiu para 12,9% no trimestre que encerrou em maio, atingindo 12,7 milhões de brasileiros, o que significa que foram fechados 7,8 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior.

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Esses dados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua) que foi divulgada na terça-feira, 30 de junho pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).

Os dados mostram que aconteceu uma alta de 1,2 ponto percentual se compararmos com o trimestre que se encerrou em fevereiro (11,6%) e de 0,6 ponto percentual em relação a 2019, no mesmo trimestre (12,3%).

De pessoas na fila do emprego aumentou 3% ou seja, 368 mil pessoas a mais se formos comparar ao trimestre móvel anterior (12,3 milhões de pessoas) e ficando estatisticamente estável frente (a igual período de 2019 - 13 milhões de pessoas).

Isso quer dizer que é a maior taxa de desemprego desde o trimestre terminado em março de 2018 (quando foi de 13,1%). E os números só não são maiores, simplesmente porque muitas pessoas desistiram de procurar emprego ou estavam disponíveis para trabalhar mas foram atrapalhados pela pandemia da Covid-19.

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Entretanto, não só os trabalhadores com carteira assinada que perderam emprego, a pandemia também criou um impacto, na informalidade, desalentados e população subutilizada.

Pesquisa do IBGE:

  • País perdeu 7,8 milhões de postos de trabalho em 3 meses
  • Dos 7,8 milhões de ocupados a menos, 5,8 milhões eram informais
  • Queda de 2,5 milhões de empregados com carteira assinada
  • Queda de 2,4 milhões de trabalhadores sem carteira assinada
  • Queda de 2,1 milhões de trabalhadores por conta própria
  • Ocupação no mercado de trabalho atingiu o menor nível histórico
  • Pela 1ª vez, menos da metade da população em idade de trabalhar está ocupada
  • A taxa de informalidade (37,6%) é a menor da série histórica
  • Desalento (quem desistiu de procurar trabalho) bateu novo recorde, reunindo 5,4 milhões
  • População subutilizada atingiu o recorde de 30,4 milhões de pessoas.

Queda recorde na população ocupada

A população ocupada no país teve queda recorde de 8,3% (7,8 milhões de pessoas a menos) em 3 meses e encolheu para um total de 85,9 milhões de brasileiros. Na comparação com maio do ano passado, a queda também foi recorde, de 7,5% (7 milhões de pessoas a menos).

A analista Adriana Beringuy afirmou que:

"É uma redução inédita na pesquisa e atinge principalmente os trabalhadores informais. Da queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões eram informais".
“Tudo indica que, de fato, essas pessoas que perdem a ocupação não estão voltando para o mercado de trabalho na forma de procura por nova ocupação. Ou seja, sem pressionar o desemprego”, acrescentou.

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Foi a primeira vez que na pesquisa, menos da metade da população em idade de trabalhar está ocupada, com um percentual chegando a 49,5% no trimestre encerrado em maio, tendo uma queda de cinco pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Segundo o IBGE, este é o mais baixo nível de ocupação desde o inicio da pesquisa em 2012.

Desalentados

As pessoas que desistiram de procurar um emprego com carteira assinada bateu um novo recorde, sendo 5,4 milhões de desalentados, com alta de 15,3% (mais 718 mil pessoas) comparando ao trimestre anterior e de 10,3% se formos comparar com o período em 2019.

Empregos com carteira assinada

O número de empregados com carteira de trabalho assinada caiu para 31,1 milhões, menor nível da série. O número representa um recuo de 7,5% (menos 2,5 milhões de pessoas) na comparação com o trimestre anterior e queda de 6,4% (menos 2,1 milhões de pessoas) na comparação anual.

Informais

9,2 milhões de pessoas estão sem carteira assinada, o que levou a uma redução de 20,8% (menos 2,4 milhões de pessoas) em relação ao trimestre anterior e na comparação anual, 19%.

Quem trabalha por conta própria

Os trabalhadores que exercem atividades por conta própria caiu para 22,4 milhões de pessoas, sendo uma redução de 8,4% frente ao trimestre anterior e de 6,7% em relação ao período em 2019.

Trabalhadores domésticos

Já os trabalhadores domésticos teve queda de 18,9% (sendo menos 1,2 milhão de pessoas) em relação ao trimestre encerrado em fevereiro.

Enquanto isso, o número de empregadores, por sua vez, recuou 8,5% (-377 mil pessoas) frente ao trimestre anterior.

População Subutilizada

Atingiu o número recorde de 30,4 milhões de pessoas, com alta de 13,4%, (3,6 milhões de pessoas a mais), frente ao trimestre anterior e de 6,5% (1,8 milhão de pessoas a mais) na comparação interanual. A taxa composta de subutilização ficou em 27,5%, também recorde.

Mercado de Trabalho

Teve perda de vagas generalizadas, como consequência das medidas de paralisação para contenção do coronavírus, com comércios e indústrias sendo mantidos fechados e as pessoas em isolamento social.

Serviço Público

O único que teve aumento no número de ocupados foi o de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que cresceu 4,6% em 3 meses. Isso significa um aumento de 748 mil pessoas no setor.

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