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Ontem, quarta-feira (11) quatro suspeitos foram presos pela polícia Federal, as prisões foram motivadas pelo atentado ocorrido contra um acampamento de trabalhadores rurais situado em Palmeirante (TO).
A operação batizada de Terra Arrasada tem o objetivo de investigar o ataque cometido contra o acampamento situado em uma área de disputa judicial de terras pertencentes à União. Além das prisões, também foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em cidades de diferentes estados (Tocantins, Goiás e no DF) buscando identificar todos os envolvidos.
Os investigados podem vir a responder por cerca de dez crimes com penas que podem totalizar mais de 85 anos de prisão, entre eles podemos destacar invasão, tentativa de homicídio e homicídio.
A área é ocupada por dezenas de famílias a aproximadamente 5 anos é de posse da União, mediante batalha judicial o fazendeiro que alega ser proprietário de uma porção dessas terras teve direito de reintegração de parte delas.
A decisão foi tomada pela 1º Vara Cível de Colinas do Tocantins e uma porção dos trabalhadores foram retirados da terra, o MPF (Ministério Público Federal) aguarda que esta decisão seja revista.
Enquanto esta situação não se resolve de forma cabal, os conflitos agrários movidos pelo desejo das terras continuam, na última sexta-feira (6) um atentado foi feito contra as famílias situadas na área.
O acampamento foi invadido por mercenários que mataram um homem e fizeram uma tentativa de homicídio contra outro. Além disso, queimaram e derrubaram os barracos dos trabalhadores rurais, aqueles que não estavam presentes no ataque encontraram o acampamento queimado e derrubado quando retornaram.
Getúlio Coutinho dos Santos, o homem de 54 anos morto com dois disparos de arma de fogo não fazia parte do acampamento, estava indo para a chácara de sua posse. Getúlio estava na garupa da moto de um amigo, ao ser alvejado ele morreu no local, o amigo apesar de ferido conseguiu fugir do local.
Por Leonardo Grandchamp
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