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Empresas de TI: Veja como contratar a contabilidade para sua empresa

Empresas de TI: Veja como contratar a contabilidade para sua empresa

01/07/2020 às 09h50 Atualizada em 01/07/2020 às 12h50
Por: Wesley Carrijo
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Imagem: Contabilizei
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Tecnologia é inovação, é o futuro, você concorda? Se você é um profissional de TI, você deve saber que existem algumas regrinhas para que o seu negócio esteja formalizado dentro das leis e com a situação fiscal diante da contabilidade.

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O profissional de TI, assim como outros profissionais que não estão ligados a contabilidade, precisam tomar algumas decisões iniciais sobre a forma como irão trabalhar e a melhor maneira de fazer isso é procurando a ajuda de um profissional contábil qualificado.

Abra sua empresa

Para você saber sobre os passos essenciais para abrir uma empresa, nada melhor do que começar pelo início.

Abrir uma empresa é fundamental para formalizar o seu negócio com o CNPJ, emissão de nota fiscal, regularizar documentação com os órgãos necessários e ainda estar regularizado com o fisco para evitar multas.

Estamos ao seu lado neste processo e elaboramos um guia completo com tudo que você precisa saber sobre como abrir uma empresa de forma bem prática.

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Profissional de TI

Você que é especialista em desenvolvimento de software e outras especializadas da área de tecnologia sabe que a propensão de contratação neste segmento é grande de pessoas jurídicas.

Para diminuir tributos trabalhistas, as empresas preferem contratar prestadores de serviços e isso auxilia os profissionais a terem uma ótima opção para diminuir encargos e descontos.

Um profissional de TI pode ser MEI?

O MEI – Microempreendedor Individual – é uma modalidade direcionada para profissões que não tenham cunho intelectual ou científico.

Dessa forma, desenvolvedores não podem ser MEI pois criação de sites e aplicativos não se encaixam em nenhuma categoria desta modalidade.

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Profissionais que estão categorizados nas atividades de digitador ou manutenção, por exemplo, estão agindo ilegalmente e podem ser punidos judicialmente.

Neste caso, trabalhar como autônomo ou consultor de TI é a solução.

É preciso analisar os custos envolvidos nestas duas opções para saber qual o modelo de tributação ideal para os serviços que serão prestados.

Opção 1: Profissional autônomo

Resumidamente, esta é a opção menos interessante dentro da contabilidade para profissional de TI.

Como profissional autônomo você irá pagar mais impostos que nas outras opções que iremos apresentar. 

Como autônomo, além de pagar 11% de INSS sobre os seus rendimentos, você ainda pagará imposto de renda por uma tabela progressiva. 

Não bastando isso, some-se ainda 5% de ISS (Imposto sobre serviços) todo mês sobre sua renda.

O ISS é estabelecido pelo município em que você atua e pode variar de 2% a 5%.

Além do maior desconto em sua renda, o profissional autônomo ainda pode encontrar outro impeditivo: o custo do seu serviço para empresas. 

Empresas que contratam serviços de profissional autônomo precisam recolher 20% de INSS sobre o pagamento.

Para empresas é muito mais viável realizar a contratação de outras empresas para realização do trabalho.

Opção 2: Profissional pessoa jurídica

Infelizmente, a atividade de programador/desenvolvedor ainda não é abrangida pela Legislação do Microempreendedor Individual, no entanto, existe uma discussão recente sobre o assunto.

Há outros formatos de empresas que você pode escolher, como Micro Empresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP).

Dentro desses formatos, você pode escolher uma das três naturezas jurídicas: LTDA, EIRELI e EI.

  • EI (Empresário Individual): Não permite sociedade e nem exige contrato social.
  • LTDA (Sociedade de Responsabilidade Limitada): permite sociedade de dois ou mais sócios. É preciso fazer um contrato social.
  • EIRELI (Empresa Individual ou de Responsabilidade Limitada): permite que a empresa seja constituída por apenas um sócio e exige um capital mínimo de 100 vezes o valor do salário-mínimo no momento do registro da empresa. Também requer contrato social.

Essas naturezas jurídicas, além de possibilitarem a sua empresa tributar pelo Simples Nacional, também permitem outros tipos de tributação, como o Lucro Presumido.

É a análise correta do CNAE e de outros fatores que vai indicar qual é a opção ideal para a sua empresa e que vai lhe possibilitar pagar menos impostos, pois pode ser que no Lucro Presumido a empresa pague menos tributos.

O contador é o profissional qualificado para auxiliar o empresário nessa escolha.

O tipo de empresa a ser escolhida dependerá de fatores como o faturamento anual do negócio e a existência, ou não, de sócios.

Para se qualificar como Micro Empresa (ME), o empreendimento deve ter receita bruta anual inferior ou igual a R$ 360 mil.

Já o limite de faturamento anual de uma Empresa de Pequeno Porte (EPP) é de R$ 4,8 milhões.

A Microempresa (ME) é a opção mais comum na área de programação e desenvolvimento de softwares, mas, mais uma vez, é o profissional de contabilidade que vai analisar a situação e recomendar o tipo ideal da sua empresa.

Tanto a ME como a EPP podem ser beneficiadas em licitações públicas.

Quais os CNAEs para área de software e programação?

CNAE é a sigla para Classificação Nacional de Atividades Econômicas.

Trata-se de uma lista de códigos que define as atividades exercidas por uma empresa. 

Veja os CNAEs mais comuns para a área de programação e desenvolvimento de software e o respectivo anexo do Simples Nacional:

Supondo que o contador avaliou que o Simples é o melhor regime para a sua empresa, saiba que ele é dividido em cinco Anexos, cada um abarcando atividades de diferentes ramos e distintas alíquotas de tributação:

  • Anexo I: comércio
  • Anexo II: indústria
  • Anexos III, IV e V: serviços

Como a atividade de desenvolvedor de software é considerada uma prestação de serviços, é possível se enquadrar nos anexos III, IV ou V, a depender do CNAE.

No momento em que você emite nota fiscal, a depender do CNAE utilizado referente à atividade que a sua empresa executou naquele serviço, incidirá o anexo correspondente e, consequentemente, a alíquota de imposto cabível.

Simples Nacional e os anexos para profissionais de TI

O Simples Nacional é um regime tributário facilitado e simplificado para micro e pequenas empresas.

Ele abrange, em um único documento de arrecadação (DAS) o pagamento dos seguintes tributos:  IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica.

Desde janeiro de 2018, o Simples passou a ter novo formato, com alterações nas alíquotas, nos anexos, entrada de novas atividades e novos limites de faturamento.

O limite da receita bruta anual para que micro e pequenas empresas possam participar do Simples é de R$ 4,8 milhões por ano, o que equivale a uma média mensal de R$ 400 mil.

Haverá ocasiões em que a sua empresa de programação e desenvolvimento de softwares tributará pelo anexo III e em outras, ela poderá passar para o anexo V, como colocamos na tabela de CNAEs acima.

Isso vai depender do faturamento dos últimos 12 meses.

Fator R

O “Fator R” é o resultado da relação de equivalência entre a Folha de Salários de uma empresa comparado a sua Receita Bruta.

Essa oscilação vai ocorrer quando o Fator “R” (Relação entre folha de pagamento e faturamento dos últimos 12 meses) for maior que 28%.

Fator R = Folha de pagamento (últimos 12 meses) / Receita Bruta (últimos 12 meses)

Se o Fator R for igual ou superior a 28%, as atividades de prestação de serviços sujeitas à tabela do anexo V serão tributadas de acordo com o Anexo III e, assim, as alíquotas serão menores.

Veja a tabela:

Alíquotas do anexo III

E quando essa razão for inferior a 28%, determinadas atividades dos anexos III serão tributadas de acordo com as alíquotas do Anexo V, pagando alíquotas maiores.

Alíquotas do anexo V

Para empresas com início de atividade ou que não possuem mais de 12 meses, como é o cálculo do Fator R?

Neste caso deverá ser encontrada a proporcionalidade de valores, tanto da Receita Bruta da Empresa como da Folha de Pagamento/Salários.

Quais empresas estão sujeitas ao Fator R? 

No geral, com exceção das atividades de Advocacia e Contabilidade, todas as demais empresas que possuem atividade de Profissão Regulamentada, ou seja, aquelas que exigem Nível Técnico ou Graduação Superior e são vinculadas a Entidades de Classe, estão sujeitas ao “Fator R”, tais como: Clínicas Médicas, Veterinárias, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Odontologia, Escritórios de Arquitetura/Urbanismo, Engenharia, Assessoria Empresarial, Consultoria Empresarial, Suporte em Tecnologia da Informação, Desenvolvimento de Software, Empresas de Tradução, entre outras.

Contabilidade para empresas de TI

Ter um contador auxiliando no processo do negócio é fundamental para alcançar um sistema tributário adequado, para esta em dia com o fisco, para reduzir custos e ter ajuda em diversos serviços, como:

Gerenciamento

Para melhorar a gestão administrativa e financeira de forma organizada, a contabilidade pode auxiliar na avaliação de custos e desempenho, controlar o fluxo de caixa, prestação de contas, além de outras atividades necessárias para o ramo de TI.

Planejamento tributário

Ter um plano tributário eficiente envolve metas para redução de impostos de forma legal (como a elisão fiscal –  saiba mais aqui), evitando penalidades que podem ser multas ou até mesmo o fechamento da empresa.

Controle financeiro

Entender sobre o patrimônio do negócio fica mais fácil com a ajuda de um profissional de contabilidade, em que as despesas e lucros são identificadas e se preciso solucionadas para melhorar o desempenho da empresa.

Consultoria estratégica

Como a contratação de serviços pode ser feita por diversas empresas ao mesmo tempo para o profissional de TI, é preciso ter uma consultoria de forma estratégica na área contábil para analisar dados financeiros, melhorar e traçar metas para o crescimento do negócio e ainda receber indicações para beneficiar de forma econômica os serviços prestados.

Como encontrar uma boa contabilidade para empresas de TI?

Existem diversos escritórios e profissionais contábeis que é possível encontrar nos mecanismos de busca e nas redes sociais.

Você precisa levar alguns pontos em consideração para fazer a melhor escolha:

Atendimento

Escolhe uma empresa que esteja pronta para te atender e que entenda sobre o mercado no qual você atua, no caso, a tecnologia.

Avalie os meios digitais como também a disponibilidade, cordialidade, velocidade e formas de atendimento para que você se sinta confortável.

Afinal, essa empresa precisa ter a sua confiança para você deixar o seu negócio nas mãos deles.

Especialização

Busque uma empresa que tenha qualificações e conhecimento técnico sobre o seu ramo de atuação.

Além disso, encontre um contador que esteja sempre atualizado com as legislações tributárias e trabalhistas para encontrar formas de facilitar o pagamento de tributos da sua empresa.

Em um primeiro momento, demonstre seus desafios para compreender a competência técnica do escritório.

Custo x benefício

Peça um orçamento e avalie as atividades que serão executadas com o preço oferecido.

Lembre-se que quanto maior for a competência e os conhecimentos específicos na área de TI, os valores podem ser maiores e a sua tranquilidade também.

Profissional de TI

Localização

Nada melhor do que uma empresa que te atenda online e tenha soluções práticas para facilitar todos os processos e deixa a estrutura mais funcional na área contábil.

Como profissional de TI, você mais do que sabe como a tecnologia é essencial e facilita a dinâmica no dia a dia.

Perfil ideal da contabilidade para empresas e profissionais de TI

Veja alguns itens que são fundamentais para empresas e profissionais de tecnologia para facilitar a busca para o seu negócio de forma criativa.

  • Automatizada: empresas que automatizam funções e processos como registro e armazenamento de notas fiscais são ideias para profissionais, como você.
  • Tecnológica: a tecnologia é mais do que natural para você que atua nesta área, sendo assim, busque empresas que usam sistemas na nuvem eliminando burocracias.
  • Digital: evite o uso de papéis e nada melhor do que controlar tudo de forma digital, como software administrativos, financeiros, lançamento de NFs e impostos, por exemplo.
  • Eficiência: com processos automatizados, as tarefas se tornam mais simples, eficientes e produtivas, reduzindo assim falhas nas atividades.

Você precisa ter total confiança em quem lhe presta os serviços e quando necessitar de orientações ser bem atendido.

A contabilidade é muito mais do que apenas apurar impostos, é preciso ser consultiva, ajudando não apenas a viver o hoje mas também a planejar o amanhã de forma estratégica. 

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Fonte: Contabilizei

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