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Fevereiro mês da promoção da dignidade no trabalho e da igualdade de gênero

Fevereiro mês da promoção da dignidade no trabalho e da igualdade de gênero

23/02/2021 às 09h34 Atualizada em 23/02/2021 às 12h34
Por: Esther Vasconcelos
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O mês de fevereiro é marcado pelo Dia Mundial da Justiça Social, no dia 20, que tem como principal objetivo apoiar esforços como a promoção da dignidade no trabalho e a igualdade de gênero.

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Nesta data é importante que haja uma reflexão sobre a sociedade, mas com ênfase nos entraves que as mulheres enfrentam para conquistar uma cadeira digna no mercado de trabalho, principalmente na área de tecnologia.

Atualmente, vivemos em um espaço considerado restrito referente a diversificação de gêneros.

O grande volume de homens na área de T.I é evidente, resultando em uma dificuldade na participação feminina.

Em contrapartida, temos vários movimentos que acreditam na educação e como ela pode virar esse cenário. Um exemplo é a {reprograma}, startup social paulista que ensina programação para mulheres em vulnerabilidade, preferencialmente para mulheres trans e /ou negras.

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São vários fatores que podem influenciar uma pessoa a ter dificuldade em participar ou aceitar a diversidade de gênero no ambiente de trabalho, como o lugar de onde nasceu, cultura que carrega, educação que recebeu, ideologias e as políticas sociais nos quais acredita.

Além disso, vale ressaltar que as mulheres não participam de um grupo homogêneo, desta maneira, temos que levar em consideração os diferentes marcadores sociais, gênero, raça, classe, sexualidade e idade, por exemplo.

Abaixo, explico três pontos importantes para diminuir a lacuna de gêneros na área de T.I:

1.Acreditar que a área de tecnologia também é para mulheres: no Brasil, apenas 15% das formandas em Ciências da Computação são mulheres. Devido à falta de informações suficientes a participação feminina na área de T.I ainda é muito baixa, isso tem início na infância no qual essa possibilidade de trabalhar com tecnologia não é apresentada como uma opção desde cedo.

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2.Criar mais modelos femininos em tecnologia: a falta de mulheres que são consideradas modelos também reforça a percepção de que uma carreira em tecnologia não é para elas.

Logo, há um trabalho a ser desenvolvido para criar essas referências na área de T.I, além de formar desenvolvedoras, um ponto de contribuição para esse cenário ideal é reunir uma equipe de professoras que possam servir de inspiração para as mulheres que estão entrando na área.

Além de criar espaços de fala técnica, no qual as palestrantes femininas consigam mostrar para o ecossistema que as mulheres podem falar e participar das linguagens técnicas de programação.

3.Remover o viés de gênero das descrições de cargos: nas descrições de cargos, as palavras têm muito poder, algumas evidências mostram que existem palavras usadas que têm associações masculinas e estas podem repelir ou atrair somente candidatos homens. Com isso, as mulheres, que podem ser igualmente ou mais qualificadas, podem não se apresentar a vagas específicas porque as palavras utilizadas as intimidam. 

As pessoas responsáveis pelas contratações também devem ser um reflexo da sociedade para conseguir construir um time diverso de gêneros e talentos.

O papel das empresas também é essencial para que a relação de diversidade seja bem mais aceita no mercado de trabalho, um ponto que pode contribuir para incluir a cultura de diversidade nas empresas é realizar uma auditoria especializada em diversidade, no qual se analisam fatores como representação em funções técnicas, como as políticas de recrutamento e as atitudes e experiências dos colaboradores.

Após esse mapeamento é possível desenvolver estratégias para resolver os desafios identificados e trabalhar em todos os níveis da empresa.

Vivemos em um mundo de mudanças sociais muito rápidas e aceitação delas pode demorar para chegar, de forma que isso polariza a sociedade.

Por isso, é importante dar voz e oportunidade para aquelas pessoas que não têm, levando informação para a sociedade como um todo, desta forma vidas poderão ser impactadas e ao mesmo tempo levar mais diversidade a locais ainda não alcançados.

Por Mariel Reyes Milk é CEO da {reprograma}, startup social paulista que ensina programação para mulheres em vulnerabilidade, preferencialmente trans e /ou negras.

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