Governo prepara programa social destinado aos brasileiros mais vulneráveis

O governo federal, através do ministro da Economia, Paulo Guedes, informou a parlamentares que está sendo preparado um programa que será direcionado as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade e que não estão incluídos no programa Bolsa Família e no BPC (Benefício de Prestação Continuada). Também são enquadrados muitos jovens que não estudam e nem trabalham, os chamados “nem-nem”.

“Nosso maior desafio são os invisíveis, e, em breve, vamos soltar o bônus de inclusão produtiva”, afirmou o ministro, durante audiência pública virtual da Câmara dos Deputados.

Ele também em entrevista ao jornal O Globo, disse que o novo programa buscará fazer com que os beneficiários sejam treinados por empresas — e que o governo pagará por isso.

“Da mesma forma que você dá R$ 200 para uma pessoa que está habilitada para receber o Bolsa Família, por que não pode dar R$ 200 ou R$ 300 para um jovem nem-nem? Ele nem é estudante, nem tem emprego. É um dos invisíveis”, disse ele na entrevista ao jornal.

O ministro também afirmou ser preciso criar um programa que seja bem fundamentado para a erradicação da miséria, como estava planejado fazer no Renda Brasil (que foi abandonada pelo presidente Jair Bolsonaro) —, assim que o auxílio emergencial acabar.
Guedes também disse, que poderia criar um benefício com um valor superior à média do atual do auxílio emergencial, de R$ 250, que começou a ser pago em abril e termina em julho.

“Quando o auxílio emergencial for interrompido, tem que ser substituído por um sistema sustentável, com um valor mais alto, mas não sei se vamos chegar a R$ 600”, disse.
Os especialistas acham positivo um programa de inclusão social, embora não tenha espaço no Orçamento. Eles também afirmam ser preciso que o governo tome cuidado no desenho do benefício. Para não criar uma dependência e as pessoas não consigam ter mobilidade social.

Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha - jornalista do Jornal Contábil