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Insolvências realmente podem mudar o quadro de recuperação judicial?

Insolvências realmente podem mudar o quadro de recuperação judicial?

04/11/2021 às 16h20 Atualizada em 04/11/2021 às 19h20
Por: Leonardo Grandchamp
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Duas pesquisas divulgadas recentemente por expoentes dos levantamentos de recuperação judicial e insolvências apresentaram resultados bem diferentes, mas que podem convergir nas consequências de um futuro próximo. Segundo estudo da Euler Hermes, o número de insolvências pode aumentar em 32% em 2022, e atingir cerca de 2.900 empresas no país. Ou seja, as projeções alarmam para um crescimento considerável no número de organizações que acumularão dívidas superiores àquilo que seus rendimentos podem arcar.

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Já no caso da recuperação judicial, dados do Serasa Experian mostraram - no final da primeira quinzena de outubro - que o número de pedidos apresentou queda de 34,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já em comparação com agosto deste ano, o recuo foi de 48,6%. Um dos motivos levantados para explicar a baixa, é que medidas como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, o Pronampe, podem ter ajudado. 

Vinicius Hunke, Sócio da Quist Investimentos - empresa especializada em RJ e consultoria financeira em várias frentes, chama a atenção para uma disparidade momentânea, que muito provavelmente terá uma reviravolta nos próximos meses. Ele lembra que a queda do número também é resultado de empresas que sequer recorreram ao recurso, justamente porque fecharam as portas definitivamente. Outro ponto muito importante é o tipo de organizações que mais sofrem. As PMEs são as mais afetadas, segundo o especialista. Quando atingidas por altos débitos, fica mais difícil programar uma retomada.

O impacto da crise, agravada pela pandemia, ainda será sentido durante um bom tempo, segundo Hunke. “A economia desse ano não reagiu como o esperado e outros cenários também são prejudiciais, como alta taxa de desemprego, inflação alta e instabilidade política. Tudo isso afeta diretamente as empresas, principalmente aquelas cujo público-alvo está na camada com rendas mais baixas”, avalia.

Por todo esse conjunto, apesar da queda nos pedidos de recuperação, o especialista acredita que mudanças poderão ocorrer. Afirma que, para 2022, esse cenário é certo, já que não é possível criar expectativas de grande crescimento. No entanto, pondera que ainda em 2021, é possível que a RJ apresente, novamente, uma elevação nos índices.

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