19°C 29°C
Uberlândia, MG

Juros do cheque especial e crédito não consignado caíram no último mês

Juros do cheque especial e crédito não consignado caíram no último mês

27/08/2021 às 14h21 Atualizada em 27/08/2021 às 17h21
Por: Gabriel Dau
Compartilhe:

As famílias pagaram juros menores no cheque especial e no crédito não consignado em julho, de acordo com dados divulgados hoje (27) pelo Banco Central (BC).

Continua após a publicidade

A taxa de juros do cheque especial para pessoas físicas caiu 2,1 pontos percentuais no mês e chegou a 123,5% ao ano.

Já no crédito pessoal não consignado a queda foi de 2,9 pontos percentuais, alcançando 79,5% ao ano em julho. Por outro lado, os juros do crédito pessoal consignado variou 0,1 ponto percentual no mês, para 18,8% ao ano.

Da mesma forma, houve aumento em cartões. Os juros do rotativo do cartão de crédito cobrados pelos bancos tiveram alta de 4 pontos percentuais no mês, alcançando 331,5% ao ano.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias.

Continua após a publicidade

Após o prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso, no cartão parcelado, houve queda de 0,9 ponto percentual, com a taxa de juros ficando em 163,6% ao ano.

No geral, a taxa média de juros para as famílias situou-se em 39,8% em julho, com redução de 0,1 ponto percentual no mês e em 12 meses.

Já no crédito livre para pessoas jurídicas, a taxa média de juros cresceu 0,9 ponto percentual no mês e 3 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 15,4% ao ano.

Os destaques são para desconto de duplicatas e outros recebíveis (alta de 1,5 ponto percentual, para 12,2% ao ano), capital de giro (alta de 0,6 ponto percentual, para 15,5% ao ano) e financiamento às exportações (alta de 1,1 ponto percentual, para 10,4% ao ano).

Continua após a publicidade

Crédito direcionado

Essas taxas são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes.

Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa média para pessoas físicas ficou em 7% ao ano em julho, alta de 0,2 ponto percentual no mês. Para as empresas, a taxa também subiu 0,2 ponto percentual para 8,7% ao ano no mês passado.

Inadimplência e endividamento

A inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) das famílias, no crédito livre, cresceu 0,1 ponto percentual, para 4,1%, em julho. Já as empresas, na mesma modalidade, ficou estável no mês, em 1,6%.

De acordo com o BC, as taxas de inadimplência permanecem nos menores níveis da história, com média de 2,3%.

O endividamento das famílias, relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses, bateu novo recorde e chegou a 59,2% em maio, na série histórica iniciada em janeiro de 2005, refletindo o aumento das concessões de empréstimos.

Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, ficou em 36,5% no mês.

Já o comprometimento da renda, relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período, ficou em 30,6% naquele mês.

Para esses dados de endividamento e comprometimento, há uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central depende de dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a renda das famílias.

Saldo

No mês passado, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 4,265 trilhões, um aumento de 1,2% em relação a junho.

Em 12 meses, o crescimento total da carteira de crédito manteve-se estável, de 16,3% em junho para 16,2%, em julho. No período houve aceleração das operações de crédito destinadas às famílias de 17,5% para 18,2%.

Por outro lado, a carteira de crédito para empresas tiveram desaceleração, de 14,8% para 13,6%, no mesmo período de referência.

Mas olhando apenas para o crédito direcionado, a carteira de pessoas jurídicas teve altas de 1,9% no mês e de 14,6% em 12 meses, com destaque para a expansão de 7,1% em julho na carteira de outros créditos direcionados, onde estão inseridas as operações contratadas no âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

O saldo do crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) correspondeu a 52,6% de todos os bens e serviços que o país produz - o Produto Interno Bruto (PIB).

O crédito ampliado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos independente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) alcançou R$ 12,731 trilhões (156,9% do PIB), crescendo 1,4% no mês e 16,2% em 12 meses, resultado principalmente da elevação da carteira de empréstimos do SFN e de títulos públicos, que teve alta de 24,2% no período.

A variação mensal refletiu crescimentos de 1,1% nos empréstimos e financiamentos e de 1,2% nos títulos de dívida. Já a dívida externa elevou-se 2,4% refletindo a depreciação cambial de 2,39% no mês.

Por: Andreia Verdélio

Fonte: Agência Brasil

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Uberlândia, MG
21°
Parcialmente nublado

Mín. 19° Máx. 29°

21° Sensação
4.63km/h Vento
83% Umidade
37% (0mm) Chance de chuva
06h24 Nascer do sol
05h59 Pôr do sol
Dom 28° 20°
Seg 28° 18°
Ter 29° 20°
Qua 29° 20°
Qui 29° 18°
Atualizado às 09h11
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,20 +0,00%
Euro
R$ 5,55 0,00%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,55%
Bitcoin
R$ 352,462,86 -0,74%
Ibovespa
125,124,30 pts 0.75%