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Mesmo com a crise, número de milionários no Brasil continua a crescer

Mesmo com a crise, número de milionários no Brasil continua a crescer

24/02/2018 às 10h00 Atualizada em 24/02/2018 às 13h00
Por: Ricardo
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Foto: Reprodução
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Número de milionários no país alcançou 117,4 mil em dezembro de 2017, crescimento de 4,8% frente a 2016, com recursos de R$ 946 bilhões. Total de aplicações foi de R$ 2,7 trilhões

As aplicações dos brasileiros em produtos financeiros atingiram R$ 2,7 trilhões no ano passado, o que indica aumento de 11,8% na comparação com 2016. Os resultados fazem parte de relatório da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que consolida os investimentos das 73,7 milhões de contas dos segmentos de varejo e de private banking das instituições do país. Neste último canal criado pelos bancos para atender clientes de alta renda e somando-se a esse universo aqueles com ao menos R$ 1 milhão aplicados, o país contabilizou no ano passado 117.421 milionários. De costas para a crise da economia, que afeta 13 milhões de desempregados, esses aplicadores especiais encerraram 2017 com recursos de R$ 964 bilhões ao todo, representando 36% de toda a carteira de investimentos analisada no estudo pela Anbima. O grupo de milionários cresceu 4,8%, avaliado do ponto de vista do acréscimo superior a 5 mil contas ante o resultado de 2016. Naquele ano, era 112.036 brasileiros com mais de R$ 1 milhão aplicados e um total de R$ 831,6 bilhões mantidos nas duas linhas de aplicações de alta renda. Com a taxa básica de juros pela primeira vez em 6,75% ao ano, a tendência é de busca por investimentos de maior risco, visto que os produtos de renda fixa perderam parte do apelo com a Selic (que remunera os títulos do governo no mercado financeiro e serve de referência para as operações nos bancos e no comércio) mais baixa. Considerando-se apenas o segmento de varejo, do recurso global de R$ 1,69 trilhão ao final do ano passado, acréscimo de 9,5% frente ao período anterior, R$ 664,2 bilhões estavam na poupança, o que significa aumento de 8,8% ante 2016. Enquanto isso, a proporção de títulos e valores mobiliários caiu 7,4%, para R$ 492,1 bilhões. A maior expansão de recursos foi observada na fatia dos fundos de investimento, de 32,8% de um ano para o outro, a R$ 538 bilhões no final de 2017. Segundo o presidente do comitê de varejo da Anbima, José Rocha, o aumento do ritmo da queda de juros já vem sendo demonstrado pelo avanço dos investimentos em fundos. Segundo ele, há maior procura nos fundos ativos, como multimercados e de renda variável. “Isso já mostra mais maturidade do investidor do varejo e deve continuar”, disse, em teleconferência com jornalistas. Rocha destaca que o aumento dos volumes direcionados para a poupança também demonstra melhora da economia. “A poupança é muito forte no varejo tradicional. É o seu porto seguro e grande parte não vai abrir mão, mesmo com rentabilidade menor”, diz. Carro-chefe O presidente do comitê de private banking da entidade, João Albino, aponta que para este ano a projeção é de otimismo no setor. Os investimentos em previdência aberta, destaque no segmento private em 2016 e 2017 – houve crescimento de 27,6% no ano passado –, deverão seguir como carro-chefe. “Hoje, a performance de Previdência melhorou muito com a flexibilização de regras. A oferta de produtos é grande e existe o apelo fiscal e tributário”, afirma o executivo, destacando que enxerga muito espaço para crescimento. Ainda no segmento private, uma tendência é o alongamento da carteira de investimentos. Para isso, o cliente deverá abrir mão de parte da liquidez de seu portfólio. Albino destaca que, entre esses clientes, outra mudança foi o aumento do crédito tomado, que subiu 11,8% no ano passado. O executivo frisou que os juros em níveis baixos têm atraído os clientes a preservarem sua liquidez e buscarem crédito a taxas atrativas junto aos bancos. Albino avalia que o crescimento do crédito deve se concentrar em fiança e no imobiliário. Reinado mantido As aplicações na tradicional caderneta de poupança, depois de cair 1% dois anos atrás, deram uma reviravolta no ano passado, com expressivo crescimento de 9% e montante no valor de R$ 665,7 bilhões.Em 2016, o volume de captações tinha aumentado apenas 1%. Foi o segundo tipo de investimento mais procurado pelos brasileiros, segundo o relatório divulgado ontem pela Anbima. Via EM
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