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MP 905/19 ameaça 450 mil empregos nas corretoras

MP 905/19 ameaça 450 mil empregos nas corretoras

13/02/2020 às 09h04 Atualizada em 13/02/2020 às 12h04
Por: Ricardo de Freitas
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Ao participar nesta terça-feira (11/02) da audiência pública realizada pela Comissão Mista que analisa a MP 905/19, o presidente da Fenacor, Armando Vergilio, afirmou que o texto contém pontos que seguem na contramão do seu objetivo principal, o de gerar novos empregos. “As 50 mil empresas corretoras de seguros geram 450 mil empregos diretos e indiretos. Essa MP coloca em risco todos esses trabalhadores, pois gera insegurança jurídica e instabilidade no mercado”, alertou, acrescentando ainda que as corretoras de seguros pagaram, em 2019, algo em torno de R$ 10 bilhões em impostos.

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Ele citou, como exemplo de instabilidade, a situação enfrentada por diversas empresas que estavam com pedidos de registro em análise na Susep quando a MP 905/19 foi editada. Todas tiveram o pedido arquivado e permanecem no limbo.

corretoras de seguros

Quanto ao argumento do Governo de que a revogação da Lei 4.594/64 e de dispositivos do Decreto Lei 73/66 pode ajudar o mercado a crescer mais rapidamente, o presidente da Fenacor disse que a ampliação do setor já vem ocorrendo de forma expressiva e que está diretamente relacionada à oferta de produtos adequados, preços baixos e, especialmente, do trabalho realizado pelo corretor de seguros.

Ele lembrou ainda que o setor dobrou de tamanho nos últimos 10 anos e registrou crescimento de dois dígitos em várias oportunidades, com forte resiliência ao cenário de crise econômica enfrentada pelo Brasil.

Vergilio rebateu ainda as alegações de representantes do Governo presentes à audiência pública de que o consumidor é obrigado a recorrer a um corretor para contratar apólices de seguros e de que a participação desse profissional encarece os preços finais das coberturas.

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Segundo ele, não há obrigatoriedade. “O consumidor recorre ao corretor porque necessita de apoio de um especialista qualificado”, frisou.

Além disso, negou peremptoriamente que o corretor encareça o preço do seguro. De acordo com o presidente da Fenacor, ocorre exatamente o contrário, pois, sem o corretor, as seguradoras teriam que fazer elevados investimentos para atender aos segurados em todas as regiões do país e esse custo seria repassado ao consumidor.

Armando Vergilio disse ainda que, nesse contexto, a Susep, ao tratar da autorregulação, “acertou no diagnóstico, mas errou no remédio e na dose”.

Porém, ele elogiou a admissão feita pela autarquia que não está adequadamente preparada para supervisionar 100 mil corretores de seguros e assegurou que a Fenacor apoia a autorregulação. “Contudo, não podemos abrir mão da adequada habilitação profissional e do registro do corretor para que se possa comprovar que reúne as condições mínimas para exercer a atividade”, observou. Com SEGS

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