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Não cometa esses erros ao diversificar os investimentos!

Não cometa esses erros ao diversificar os investimentos!

22/09/2021 às 17h43 Atualizada em 22/09/2021 às 20h43
Por: Leonardo Grandchamp
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Mulher observa painel eletrônico da B3. 3/4/2019. REUTERS/Amanda Perobelli
Mulher observa painel eletrônico da B3. 3/4/2019. REUTERS/Amanda Perobelli

De acordo com dados da B3, aproximadamente 50% das pessoas físicas registradas na bolsa possuíam mais de cinco ativos no primeiro semestre de 2021, mais do que o dobro computado em 2016, quando apenas 21% dos investidores dispunham de tantos produtos. Já a quantidade de investidores com um único ativo na carteira recuou de 39% para 20% no mesmo período.

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Aqueles interessados em adentrar o mercado de investimentos já devem ter percebido que uma dica geral, ensinada por economistas, analistas e outros tutores de educação financeira, é apostar em uma carteira diversificada. Ainda que apenas isso não seja o suficiente para garantir os melhores resultados, já que também é preciso muito estudo para escolher bons produtos que ajudem a compor um portfólio completo e promissório, apostar nisso aumenta as chances de alavancar o patrimônio com maiores e mais seguros retornos.

Porém, o que poucos comentam é que existem formas mais estratégicas de diversificar e conquistar os objetivos financeiros. Se o investidor não se atentar a isso, pode ter prejuízos e se desiludir com o mercado, e se afastar de uma área com grande potencial.

Pensando nisso, a Pandhora Investimentos, gestora de fundos de investimentos quantitativos, separou alguns erros que devem ser evitados na hora de diversificar e otimizar a carteira. Confira:

1) Não considerar o tripé dos investimentos

Grande parte dos investidores foca apenas na rentabilidade das aplicações. Porém, não podemos esquecer de olhar o tripé, que é completado pela liquidez e segurança. “Apenas ao observar esses três aspectos é que se deve tomar uma decisão. O percentual a ser investido em ativos líquidos, seguros ou mais arriscados depende de cada perfil, mas, para equilibrar a carteira, é aconselhável deixar parte dos recursos com um resgate rápido e em segurança”, aconselha Flora Damin, Partner and Investor Relations da Pandhora.

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As análises do tripé devem levar em consideração se haverá um valor disponível para saques em curto prazo, principalmente no caso da reserva de emergência, e, em relação à segurança, é válido considerar que arriscar todo o patrimônio em busca de rentabilidade aumenta demasiadamente o risco. Portanto, a diversificação também envolve ter investimentos seguros, mesmo com rendimentos menores.

2) Seguir “dicas” de outras pessoas

No universo dos investimentos, o perigo de tomar decisões sem embasamento suficiente é alto. Em muitos casos, investidores optam por determinados produtos a partir de dicas de amigos e familiares ou conteúdos da internet. Porém, essa pode não ser a melhor forma de diversificar. “Não podemos esquecer que cada pessoa tem objetivos e perfis de investidor distintos. Aquilo que vale para o seu colega, pode não ser tão útil para você”, analisa a especialista.

3) Não observar os fundamentos de ações e fundos

Entre aqueles que investem em ações, nem todos conhecem e entendem a relevância da análise fundamentalista. Ela é basicamente a observação profunda de fatores internos e externos sobre à instituição que se deseja investir. Portanto, para realizá-la, é preciso pesquisar aspectos como a sua situação financeira; histórico no mercado; desempenho do segmento e projeções para o futuro. E a mesma lógica vale para os Fundos de Investimento: ao avaliar as possibilidades disponíveis no mercado, é imprescindível examinar questões como o histórico do fundo, gestão e estratégia de investimento.

Flora ressalta que, além de otimizar os resultados, esse olhar mais atento e cuidadoso para os fundamentos se mostra muito vantajoso pois impede, por exemplo, que o investidor inclua muitas empresas do mesmo setor em sua carteira. O que, consequentemente, permite que os ativos presentes em seu portfólio se comportem de formas diferentes, diluindo riscos.

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4) Ignorar a correlação

Esse fator indica o quão parecidos os produtos de investimentos são entre si, e a métrica varia de -1 a +1: quanto mais próximo de +1, mais correlacionadas estão as aplicações. Flora conta que ignorar essa questão pode gerar uma falsa diversificação do portfólio. “É importante ter em mente que ativos similares tendem a se comportar do mesmo modo. Então, quando um apresenta uma queda, todos podem acompanhar o movimento”. O ideal, portanto, é buscar por alternativas com correlação negativa, como, por exemplo, a renda fixa e a variável.

5) Investir em algo que você não entende

Por fim, um erro cometido por muitos é aportar capital em ativos sem de fato compreendê-los. “Investir de forma variada é aconselhável, mas apenas quando foi feito um trabalho de pesquisa e entendimento das informações disponíveis sobre os produtos. Do contrário, os riscos podem ser ainda maiores”, finaliza a especialista.

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