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Negócios: para internacionalizar, é necessário ter a humildade de reaprender

Negócios: para internacionalizar, é necessário ter a humildade de reaprender

05/11/2019 às 16h20 Atualizada em 05/11/2019 às 19h20
Por: Leonardo Grandchamp
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Recentemente, tive a grata oportunidade de conhecer e vivenciar a história de mulheres brasileiras que deixaram o país e empreenderam em território estrangeiro.

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Filmamos a 3ª temporada do quadro “Brasileiras Empreendedoras pelo Mundo” para o meu programa Tricotando Negócios, em Miami, nos EUA, onde pude entender um pouco melhor sobre o que levou essas mulheres a empreender em terras americanas, as dicas e os detalhes dessas empreitadas.

Muitas pessoas sonham, sim, em morar no exterior, buscando uma melhor oportunidade de vida para si e sua família e/ou sonham em internacionalizar seu negócio, buscando alcançar um patamar global.

Em todo caso, fato é que independentemente da condição financeira da pessoa e da empresa, fortalecimento da marca no Brasil, experiência nacional no negócio ou premiações de qualquer tipo que tenha; ao internacionalizar sua empresa, tudo isso ficará apenas como um “background”, como uma experiência de vida profissional, pois certo é que você terá que RECOMEÇAR o seu negócio!

Sim! Isso mesmo que você entendeu: RECOMEÇAR!

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Essa foi a palavra que mais ouvi nos relatos de todas as empresárias que tive a oportunidade de entrevistar. Foi um consenso! Todas elas me reportaram que tudo o que você já vivenciou no Brasil servirá, sim, como bagagem profissional, como experiência de vida, mas isso em nada, ou muito pouco, influenciará nessa nova vivência internacional.

Fato é que essas mulheres têm certa razão sim! Inúmeros são os casos conhecidos de grandes empresas no Brasil que, ao se internacionalizarem, não tiveram o sucesso esperado e logo em seguida fecharam as portas nos EUA. A título de exemplos notórios, podemos citar: Vivenda do Camarão (Shrimp House), Paris 6, Coco Bambu, Madero, Giraffas etc.

Outra palavra também muito utilizada pelas empresárias foi: HUMILDADE.

Humildade em reconhecer que você é um estrangeiro (ainda que detenha o Green Card ou a Cidadania Americana) e que desconhece o mercado e as leis, as regras do jogo.

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Humildade no sentido de saber que a sua marca, por mais forte que seja no Brasil, no exterior não é nada! Que você terá, sim, que CONSTRUIR tudo de novo! De demonstrar para o novo mercado o seu diferencial e saber ser muito competitivo.

Compliance

Humildade em entender que o mercado americano, no caso, é enorme, mas que não necessariamente vai se interessar pelo seu produto ou pelo serviço que você presta, pois o consumidor americano, embora seja muito consumista, é muito diferente do brasileiro.

Humildade em aceitar ajuda! Precisará, SIM, de parceiros, fornecedores especializados, consultores conhecedores do mercado em que irá atuar.

De outro lado, ao internacionalizar o seu negócio nos EUA, você irá se deparar com um ambiente favorável e otimista, com regras mais estáveis, um ambiente favorável ao business e tributação muito mais justa que no Brasil.

Porém a garra e a determinação deverão ser tão arrebatadoras como aqui.

Foco no seu core business e detalhamento de metas e objetivos também não podem ser deixados de lado. E, claro, lembrar que não necessariamente a internacionalização de sua empresa poderá possibilitar a sua mudança com a família para os EUA, pois os vistos podem não estar necessariamente atrelados. Por conta disso, um planejamento prévio com um bom advogado de imigração e de tributação internacional para a realização do Pre Immigration Tax Planning são vitais para que essa internacionalização seja feita com muito sucesso.

Outra característica marcante nas entrevistadas foi a notável determinação e vontade de que seus negócios deem certo, pois vencer nos EUA, com todas as dificuldades de adaptação da cultura, valores e rotina é sim um grande desafio e prêmio!

Fica aqui a reflexão final: · Embora você tenha muita vontade e sonhe em internacionalizar sua empresa, será que está mesmo preparado para recomeçar, para sair da zona de conforto e, com muita humildade, empreender novamente?

Artigo de: Andréa Giugliani, advogada da Giugliani Advogados

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