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Maior parte das empresas adota trabalho presencial e via CLT

Por conta de adoção de regime híbrido e quatro dias, mercado de escritórios continua aquecido e deve superar números de 2019 em 2024

15/03/2024 às 17h14
Por: Leonardo Grandchamp
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Trabalho CLT presencial / Imagem freepik
Trabalho CLT presencial / Imagem freepik

A terceira edição da pesquisa conduzida pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil), em parceria com a Umanni, sob o título "Panorama do RH no Brasil - 2023", revelou que, no debate sobre trabalho presencial versus híbrido, a maioria das empresas (49,6%) ainda mantém um modelo totalmente presencial, enquanto 46,2% optaram pelo regime híbrido. Por outro lado, o trabalho remoto integral (home office) registrou uma queda significativa, passando de 23,9% para apenas 4,2% em comparação com a pesquisa anterior.

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No contexto do formato híbrido, a maioria das empresas (40,4%) prefere uma presença de três dias por semana, seguida por 27,4% que optam por dois dias semanais. Em contrapartida, 18,3% adotam quatro dias presenciais na semana. Essa tendência reflete a crescente disposição das empresas em aumentar o número de dias presenciais.

A pesquisa também revelou que a maioria das empresas (92,8%) mantém a jornada de trabalho de cinco dias por semana, enquanto uma parcela menor (7,2%) opta por quatro dias. Isso indica que a jornada tradicional ainda é predominante, embora haja uma pequena proporção de empresas que exploram alternativas. Apesar de alguns empreendimentos já terem adotado o modelo de jornada de trabalho de quatro dias por semana, a tendência de adesão ainda é relativamente baixa, com apenas 3% dos entrevistados afirmando ter planos para implementar a jornada reduzida.

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A CLT continua sendo a escolha predominante para 92,3% dos entrevistados. Além disso, o desenvolvimento e a inserção de jovens no mercado de trabalho continuam sendo focos essenciais, com estagiários (61,35%) e jovens aprendizes (58%) em destaque. Ao mesmo tempo, a contratação por PJ (43,9%) e o home office (22,6%) permanecem relevantes, mantendo consistência com a edição anterior da pesquisa.

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No que diz respeito às contratações, 62,1% das empresas pesquisadas expandiram seu quadro de colaboradores, refletindo uma retomada expressiva nas contratações. Esse aumento está alinhado com o crescimento de 62,5% no número de empregos com carteira assinada no Brasil, conforme dados do Caged. Em geral, 21% das companhias mantiveram as posições existentes e 16,9% reduziram os postos de trabalho.

Quanto ao cumprimento da cota de pessoas com deficiência, 31,7% das empresas afirmam cumprir totalmente, 27,7% cumprem parcialmente, 19,4% não cumprem e 21,2% não se aplicam à lei de cotas.

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A pesquisa, que ouviu aproximadamente 900 profissionais qualificados do setor, sendo 46,25% ocupantes de cargos de liderança e 44,4% assistentes ou analistas, oferece insights valiosos sobre o panorama atual do mercado de trabalho no Brasil. Para Paulo Sardinha, presidente da ABRH, "o estudo revela um retorno aos aspectos conservadores praticados anteriormente. A pandemia impulsionou uma série de mudanças que se acreditava serem permanentes, mas já estamos vendo uma desarticulação desses pensamentos que se imaginava estabelecidos".

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O retorno gradual aos escritórios em um formato cada vez mais presencial no pós-pandemia tem acelerado a ocupação dos espaços corporativos mais rapidamente do que a entrega de novos empreendimentos, conforme indicam estudos recentes das principais empresas do mercado imobiliário comercial.

Segundo a JLL, a absorção líquida acumulada nas principais áreas de escritórios da capital paulista foi a maior desde o início da pandemia, totalizando 67 mil m² somente no último trimestre. A projeção para este ano indica a entrega de mais de 127 mil m² de novo estoque de alto padrão.

Esse movimento é observado em toda a América Latina, onde apenas 10% das empresas adotam o trabalho remoto, enquanto 72% preferem o modelo híbrido. Como resultado, as empresas têm investido em estratégias para tornar seus espaços de trabalho mais atrativos, mesmo que isso envolva a expansão desses ambientes.

Já em outras partes do mundo, como indica o estudo "Market Outlook 2024" da CBRE, o mercado de escritórios deve permanecer aquecido, com níveis semelhantes aos do período pré-pandemia. Na Europa, por exemplo, a tendência é manter o modelo híbrido, com foco em criar ambientes presenciais atraentes para os funcionários, oferecendo conforto e comodidades.

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