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Nos últimos meses, temos observado um aumento alarmante nos casos de golpes envolvendo o Pix agendado, o sistema de pagamentos instantâneos que revolucionou a forma como fazemos transações financeiras.
Este golpe tem deixado muitas vítimas no Brasil e é importante entender como funciona e como se proteger
O Pix agendado é uma alternativa de pagamento oferecida pelo Banco Central como parte do sistema Pix. Ao contrário das transações instantâneas, nesta modalidade, o montante só será creditado na data programada, que pode ser de até 90 dias no futuro.
Quem realiza o envio tem a flexibilidade de escolher a data, mas não o horário exato. O valor será depositado na conta do destinatário nas primeiras horas do dia selecionado para o pagamento.
As possibilidades de uso são variadas, como enviar fundos para amigos, quitar suas despesas para evitar atrasos e muito mais.
A grande vantagem é a segurança oferecida pelo Pix agendado. Uma vez que o agendamento é efetuado, não há risco de que a transação agendada retire dinheiro de sua conta duas vezes ou que não seja recebida pela conta do beneficiário
O golpe do Pix agendado é uma artimanha em que o fraudador agenda uma transferência pelo sistema Pix, recebe um produto ou serviço e, em seguida, cancela a transação, deixando a empresa sem receber o pagamento.
Para evitar que as pessoas identifiquem facilmente esse golpe, os criminosos desenvolveram diferentes estratégias.
Envio de comprovante sem data: O golpista agenda o pagamento para uma data futura, gera um comprovante e o envia por WhatsApp para a empresa. No entanto, antes de enviar, ele remove a informação da data da transação.
Embora pareça simples de detectar, os criminosos tomam medidas para que a imagem do comprovante se pareça muito com o original. Portanto, detalhes como a ausência da data podem passar despercebidos.
Edição de imagem: Nessa tática, os fraudadores vão além e editam informações do comprovante antes de enviá-lo. Usando software de edição, podem alterar datas, valores e até mesmo texto, como mudar a palavra "transferir" para "transferido", induzindo o vendedor a acreditar que o dinheiro foi depositado.
Vendas presenciais: Essa forma é menos comum, pois requer mais falsificação por parte do golpista. Eles visitam pessoalmente uma loja, adquirem produtos e "pagam" via Pix (na verdade, apenas agendam o Pix).
Antes de liberar a mercadoria, certifique-se de que o valor esteja disponível na conta. Lembre-se de que o agendamento não assegura o pagamento. Embora um Pix agendado possa aparecer no extrato bancário como uma transação futura, isso não equivale a um pagamento efetivo.
Ao aceitar Pix parcelado ou agendado, é aconselhável cadastrar o consumidor com comprovantes de residência e outras informações de referência. Isso ajuda a verificar a legitimidade da transação.
Evite compartilhar informações pessoais, como CPF ou chave Pix, com desconhecidos. Dê preferência ao uso do número de celular ou e-mail como formas de identificação.
Após receber um Pix, consulte o extrato bancário para confirmar o pagamento e peça à pessoa que aguarde enquanto você verifica a transação.
Certifique-se de que o comprovante da transação contenha informações essenciais, como o número de ID ou da transação, o valor transferido, a data e a hora da operação, a descrição da compra, as informações do destinatário e as informações do pagador. Esses detalhes são cruciais para garantir a integridade da transação e evitar possíveis golpes.
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