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5 principais transtornos mentais que afligem o profissional contábil

O ambiente e a rotina profissional contribuem para que o contador desenvolva doenças mentais. Entenda

05/09/2024 às 12h49
Por: Ana Luzia Rodrigues
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transtornos mentais / Imagem freepik
transtornos mentais / Imagem freepik

Planilhas, documentos, folhas de pagamentos, guias preenchidas pela internet, prazos apertados para a entrega da documentação, cobranças dos contratantes e tensão ante a constante possibilidade de ter as informações prestadas confrontadas pela Receita Federal. 

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Por trás de tudo isso está o contador, profissional que ocupa as primeiras colocações nos rankings dos segmentos com maior nível de estresse.

Tido como um dos males da pós-modernidade, o estresse pode assolar o trabalhador de qualquer área, mas, inegavelmente, aqueles que lidam diretamente com as contas de uma pessoa física ou jurídica e são responsáveis pelos balanços, fechamentos e relatórios tornam-se os mais atingidos. 

Tudo isso combinado com o aumento das obrigações e a obrigatoriedade de adaptação às novas exigências fiscais e ferramentas tecnológicas agrava ainda mais esse “gatilho” para o aparecimento de outras doenças.

Veja a seguir as cinco doenças mentais que mais atingem os profissionais de contabilidade.

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Leia também: Síndrome de Burnout é uma das principais causas de pedidos de demissões

Doenças mentais relacionadas ao profissional contábil

1. Depressão

Com cerca de 12 milhões de brasileiros diagnosticados com depressão, não é de se admirar que uma parcela considerável dos profissionais que sofrem com doenças mentais relacionadas ao trabalho precisem lidar com o transtorno. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país da América Latina com os maiores índices de depressão na população. Cerca de 10% da população têm a doença.

Além disso, os transtornos mentais já estão entre os principais motivadores do afastamento do trabalho, com a depressão sendo uma das líderes neste quesito. Nos profissionais contábeis não é inegável o impacto do excesso de tarefas, da cobrança exagerada dos superiores, cumprir prazos e metas e do assédio moral como causadores da depressão no trabalho.

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2. Estresse ocupacional

Além da depressão, a quantidade exagerada de demandas para equipes cada vez mais enxutas provoca o chamado estresse ocupacional, mais uma doença mental relacionada à contabilidade. A sua incidência é infinitamente maior do que a depressão nas empresas. 

A ideia de que a tecnologia tornaria a vida profissional mais simples, fácil e ágil e, assim, deixaria as pessoas mais tranquilas para executarem suas tarefas não se provou totalmente verdadeira. Embora os índices de produtividade tenham aumentado nos últimos anos, o acesso às ferramentas de trabalho em qualquer hora e lugar também vêm impactando a vida pessoal e a saúde mental dos profissionais contábeis.

Ter celulares, notebooks e tablets disponíveis mesmo em momentos de lazer também tornou mais fácil ser encontrado por chefes, clientes e colegas. A consequência disso é uma maior ansiedade e senso de urgência em resolver pendências, mesmo em horários que deveriam ser de folga e relaxamento. 

3. Síndrome de Burnout

Outra doença decorrente do excesso de trabalho e das cobranças em excesso é a Síndrome de Burnout. Quando os níveis de estresse ocupacional se tornam muito grandes, os contadores ficam exaustos mentalmente e fisicamente. 

Assim surge o Burnout, que é justamente essa sensação de estar completamente exaurido e incapacitado para realizar qualquer atividade profissional, já que o estresse se torna crônico.

Ambientes altamente competitivos associados a excessos no dia a dia de trabalho e a colaboradores ansiosos são sinais de que a Síndrome de Burnout pode se tornar uma realidade na vida de qualquer pessoa. Estima-se que essa doença mental já atinge 20 milhões de trabalhadores no Brasil, ou um em cada cinco profissionais. Os contábeis estão entre os mais acometidos.

4. Ansiedade

A ansiedade geralmente está associada à depressão e, como qualquer doença mental, precisa ser investigada de forma individual. Há uma série de razões pelas quais uma pessoa pode passar a ter um Transtorno de Ansiedade, porém não se pode negar o impacto que um ambiente de trabalho tóxico possa ter para que a condição se manifeste.

No total, 9,3% da população brasileira sofre de ansiedade, um problema bem mais impactante entre as mulheres: 7,7% delas são ansiosas, ante a 3,6% dos homens. Quando se fala em ansiedade para os profissionais contábeis, as causas podem ser prazos curtos, metas inatingíveis e a necessidade constante de demonstrar resultados.

5. Síndrome do Pânico

Um nível acima da ansiedade, a Síndrome do Pânico provoca crises agudas e inesperadas, que misturam sentimentos de desespero e medo e pode se associar a sintomas físicos, como falta de ar e dor no peito. Muitas vezes, confunde-se com um ataque cardíaco.

Embora tenha fatores genéticos envolvidos, o pânico também pode surgir em função de situações de trabalho que se repetem, acumulando situações de ansiedade e estresse ocupacional constantes.

O aumento de jornadas exaustivas, imposição de metas abusivas, falta de reconhecimento e autonomia no ambiente de trabalho são algumas das possíveis causas de tantos casos de Síndrome de Pânico entre os profissionais contábeis.

Leia também: Saúde mental no trabalho: não cuidar será um dos grandes males para o empregador

O papel das empresas

Para contribuir na tarefa de proporcionar mais saúde e segurança para os funcionários, as empresas podem utilizar estratégias que diminuam o estresse e a pressão no trabalho.

Geralmente programas que melhorem a qualidade de vida no ambiente de trabalho ajudam, bem como, a melhora do espaço físico e emocional. O reconhecimento dos profissionais, bem como campanhas motivacionais são excelentes atitudes a se tomar. 

É papel de toda empresa cuidar da saúde mental de seus funcionários, proporcionando informações, cultura, lazer, dentre outros.

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