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Audiência debate classificar assassinato por discriminação de gênero como hediondo

Autor: Gabriel Dau

Publicado em

A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta quarta-feira (17) para debater o Projeto de Lei 7292/17, que considera o LGBTcídio como homicídio qualificado e o classifica como crime hediondo.

O LGBTcídio é definido no texto como homicídio cometido contra homossexuais e transexuais por conta dessas condições. Isso significa que envolve menosprezo ou discriminação por razões de sexualidade e identidade de gênero.

A proposta foi batizada de Lei Dandara em referência ao assassinato da travesti Dandara dos Santos, espancada e morta a tiros em Fortaleza (CE), em 2017.

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“O Brasil é um dos países que mais matam e desrespeitam os direitos da
população LGBTQIA+ no mundo”, lamentou a deputada Luizianne Lins (PT-CE), autora do projeto e do requerimento para realização do debate.

A parlamentar lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já reconheceu a existência de “graves ofensas aos direitos fundamentais” das pessoas LGBTQIA+ em decorrência da demora na edição de lei que puna a discriminação dessas pessoas (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 26/19).

Fonte: Nacho Doce/Reuters/Diretios Res

“O STF deu ciência ao Congresso Nacional quanto ao seu ‘estado de mora
inconstitucional’ e determinou o enquadramento imediato das práticas de homofobia e de transfobia no conceito de racismo previsto na Lei 7.716/89″, explicou Luizianne, defendendo a aprovação da Lei Dandara.

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Fora, convidados para discutir o assunto, entre outros:

– O ministro aposentado do STF, que relatou a ação 26/19, Celso de Mello;
– A secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat;
– O promotor de Justiça do Ceará Marcus Renan; e
– Representante de diversos movimentos sociais LGBTQIA+.

A audiência será realizada a partir das 14 horas, plenário 9.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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