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Carreira

Quais são as faculdades que colecionam desempregados no Brasil

Existem muitos brasileiros desempregados com diplomas em mãos; descubra quais são as áreas com as maiores listas.

Autor: Rodrigo Peronti

Publicado em

A faculdade sempre foi vista como o primeiro passo para conseguir um bom emprego e alcançar a estabilidade financeira. Mas, a realidade não é bem assim para todos. Acontece que, em muitos casos, as promessas de um bom futuro profissional não se concretizam tão rapidamente, e muitos formados acabam encontrando dificuldades para se inserir no mercado de trabalho. Mas, por que isso acontece? E, mais importante, quais são os cursos que mais resultam em desemprego?

Os Cursos com Maior Taxa de Desemprego

O levantamento realizado pelo Instituto Semesp trouxe à tona algumas informações preocupantes sobre os cursos com as maiores taxas de desemprego no Brasil. A pesquisa, que analisou a empregabilidade de formados em diversas áreas, revelou que alguns cursos têm um índice de desemprego mais elevado do que outros. Mas, o que é que está por trás disso? A resposta não é simples, mas envolve fatores como saturação do mercado de trabalho, baixa demanda por profissionais de determinadas áreas e, claro, a competitividade.

Entre os cursos com as maiores taxas de desemprego, destacam-se:

  • História – 31,6% dos formados estão desempregados.
  • Relações Internacionais – 29,4% de desempregados.
  • Serviço Social – 28,6% de desempregados.
  • Radiologia – 27,8% de desempregados.
  • Enfermagem – 24,5% de desempregados.
  • Química – 22,2% de desempregados.
  • Nutrição – 22% de desempregados.
  • Logística – 18,9% de desempregados.
  • Agronomia – 18,2% de desempregados.
  • Estética e Cosmética – 17,5% de desempregados.

Mas, por que esses cursos? Como pode ser que áreas como Enfermagem e Nutrição, que lidam com saúde e bem-estar, tenham tantos formados desempregados? A realidade é que, apesar da demanda por esses profissionais, a concorrência é altíssima e, muitas vezes, as vagas disponíveis não são suficientes para absorver a quantidade de formados a cada ano. Além disso, muitos desses profissionais têm dificuldades para encontrar empregos com salários compatíveis com a formação, especialmente nas primeiras fases da carreira.

A Saturação do Mercado e a Demanda Regional

Um fator que contribui para o desemprego de formados em cursos como História, Serviço Social e outros é a saturação do mercado de trabalho. Mas, como isso acontece? A quantidade de profissionais formados acaba superando a demanda do mercado, o que gera uma concorrência acirrada por poucas vagas. Mas, o que mais pode agravar essa situação? A demanda regional também é um fator importante. Alguns cursos são mais procurados em certas regiões do Brasil do que em outras, e isso pode fazer com que profissionais de áreas específicas encontrem mais dificuldades para encontrar trabalho dependendo de onde moram.

Outro ponto é a desvalorização profissional. Profissionais de áreas como História e Serviço Social enfrentam salários mais baixos e condições de trabalho desafiadoras, o que pode desmotivar muitos que, mesmo formados, acabam não conseguindo se estabilizar na área.

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Cursos com Alta Competitividade no Mercado

Mas, há mais do que isso. A alta competitividade também é um fator chave. Cursos como Relações Internacionais e Radiologia possuem um alto número de formados que, no entanto, enfrentam um mercado de trabalho competitivo e, em alguns casos, saturado. Mas, isso significa que esses cursos não valem a pena? Não necessariamente. A questão aqui é que, quando o número de formados ultrapassa a demanda do mercado, o processo de contratação se torna mais rigoroso, e o profissional precisa se destacar de alguma forma para conquistar uma vaga.

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Mas, o que podemos fazer para melhorar essa situação? Para muitos desses profissionais, a chave está em buscar especializações ou experiências complementares que possam aumentar as chances de inserção no mercado de trabalho. Mas, atenção, nem sempre isso resolve tudo. Para algumas áreas, o mercado de trabalho precisa se ajustar à quantidade de profissionais qualificados, e isso pode levar algum tempo.

Uma das alternativas para aqueles que se formam e enfrentam dificuldades é também a mobilidade regional. Mas, é claro, isso envolve questões como disposição para se mudar para outra cidade ou até outro estado em busca de melhores oportunidades. Além disso, as oportunidades de trabalho em setores públicos ou em ONGs podem ser mais acessíveis em algumas áreas, como Serviço Social e História.

Cursos com Maiores Taxas de Profissionais Trabalhando Fora da Área

Outro dado interessante da pesquisa foi o número de profissionais que, embora formados, acabam trabalhando em áreas diferentes daquelas em que se formaram. Os cursos com maior índice de profissionais nessa situação incluem:

  • Engenharia Química – 55,2%
  • Relações Internacionais – 52,9%
  • Radiologia – 44,4%
  • Engenharia de Produção – 42,4%
  • Processos Gerenciais – 41,2%

Mas, como isso acontece? Muitas vezes, os profissionais acabam migrando para áreas que oferecem mais vagas ou melhores condições salariais, o que demonstra que os mercados de algumas profissões estão mais fechados ou saturados do que outros.

Jornalista, especializado em Semiótica, há mais de 12 anos. Atuou como repórter e editor em diversos veículos de comunicação de grande nome no interior de SP e na internet.

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