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Robôs já fizeram 10 milhões de “robocalls” e golpes no Brasil; o que está por trás
Você já recebeu uma daquelas ligações automáticas que, muitas vezes, mal duram 6 segundos e simplesmente caem? As chamadas “robocalls” ou “metralhadoras” são cada vez mais comuns no Brasil, com sistemas automatizados programados para realizar bilhões de ligações todos os meses. Em 2025, aproximadamente 10 bilhões dessas ligações são feitas por robôs. Mas, o que está por trás dessas ligações, e por que elas se tornaram um problema crescente? Vamos entender!
O que são as robocalls e como funcionam?
As robocalls são chamadas automatizadas realizadas por sistemas computadorizados. Elas têm como objetivo testar números de telefone, fazer ofertas ou até mesmo aplicar golpes. Essas ligações não seguem os métodos tradicionais de telemarketing, onde um atendente real entra em contato, mas são feitas em massa por algoritmos que podem ligar milhares de vezes por segundo.
Em muitos casos, essas chamadas servem apenas como uma “prova de vida”. Ou seja, ao atender a ligação, o sistema confirma que o número é ativo e que a pessoa que atendeu está, de fato, disponível, podendo ser alvo de futuras tentativas de venda ou fraudes.
O impacto para os consumidores
Um levantamento feito pelo Fantástico, do programa de TV, revela que, nos primeiros meses de 2025, o Brasil já registrava um aumento de 12% no número de robocalls em relação ao ano anterior. Estima-se que, apenas entre janeiro e fevereiro de 2025, quase 24 bilhões de ligações automáticas foram realizadas no país. Isso equivale a 23 mil chamadas por segundo. Imagine o quanto isso incomoda os cidadãos!
A empresária Rosaura Brito, por exemplo, já se cadastrou no site “Não Me Perturbe”, da Anatel, mas isso não foi suficiente para impedir as ligações indesejadas. Ela recebe de 30 a 40 chamadas por dia, desde as primeiras horas da manhã. Isso representa não só um incômodo, mas também um risco para quem pode acabar perdendo uma ligação importante, como aconteceu com a central de transplantes da Santa Casa de Porto Alegre, onde um paciente perdeu a oportunidade de receber um órgão devido à ausência de atendimento a uma robocall.
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O problema das fraudes e golpes
Além de serem incômodas, as robocalls são frequentemente usadas como ferramenta para a prática de golpes. Com mensagens robóticas oferecendo empréstimos, créditos ou descontos, muitas vítimas acabam sendo induzidas a cair em fraudes. Criminosos buscam, por exemplo, que a pessoa diga “sim” durante a ligação, para depois utilizar essa gravação como “autorização” para contratos ou transações fraudulentas.
Os golpistas têm acesso a plataformas na internet que permitem a gravação e o envio dessas mensagens automáticas. A combinação de inteligência artificial e chamadas com aparência legítima torna muito difícil para o consumidor identificar a fraude até que seja tarde demais.
O que a Anatel e as autoridades estão fazendo para combater as robocalls?
A Anatel está ciente da gravidade do problema e tem trabalhado para limitar o número de ligações indesejadas. Um dos esforços mais recentes da agência é a implementação da tecnologia “origem verificada”, que visa garantir que, ao receber uma ligação, o consumidor consiga visualizar o nome da empresa e o motivo do contato. Isso traz um pouco mais de transparência e segurança para quem recebe essas chamadas, ajudando a evitar golpes.
O futuro: mais fiscalização e prevenção
Embora as iniciativas da Anatel sejam importantes, especialistas alertam para a necessidade de um esforço contínuo para melhorar a fiscalização e regulamentação das empresas que fazem uso de robocalls. É essencial que a população continue denunciando essas práticas, tanto ao Procon quanto à própria Anatel, para garantir que os responsáveis por essas chamadas automáticas sejam penalizados adequadamente.
Primeiramente, evite atender números desconhecidos. Se precisar atender, desconfie de ofertas que parecem boas demais para serem verdade, especialmente aquelas que pedem informações pessoais, como números de cartão de crédito ou CPF.
Em segundo lugar, cadastre-se no “Não Me Perturbe” da Anatel e mantenha sua privacidade protegida. Caso você identifique uma ligação suspeita, não interaja com a gravação. O ideal é bloquear o número e denunciar ao Procon ou à Anatel.
As robocalls não são apenas uma irritação para os brasileiros, mas uma ameaça real para a segurança financeira e a privacidade. A medida em que a tecnologia avança, mais vigilância e regulamentação serão necessárias para combater essas práticas fraudulentas. No entanto, é importante que os consumidores também estejam informados e atentos, para não cair nas armadilhas dos golpistas.
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