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Economia

Taxa Selic 14,25%: Aumento Confirmado e o que Esperar do Mercado

O Copom elevou a Selic para 14,25%, sinalizando novos aumentos futuros devido à persistente pressão inflacionária

Autor: Ricardo de Freitas

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Taxa Selic 14,25%: Aumento Confirmado e o que Esperar do Mercado

O Banco Central (BC) anunciou um novo aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 14,25% ao ano. Essa decisão já era esperada pelo mercado, pois havia sido antecipada na reunião de janeiro. Com isso, a atenção se voltou para o comunicado do Copom, buscando pistas sobre as próximas reuniões.

Incertezas da economia dos EUA e tarifas de Trump

No comunicado, o BC destacou as incertezas em relação à economia dos Estados Unidos, especialmente sobre as tarifas de importação e seus efeitos. Essas incertezas geram dúvidas sobre a trajetória da taxa de juros na maior economia do mundo.

O Copom acertou ao abordar esse ponto, pois as incertezas sobre a política comercial de Donald Trump têm impactado os preços dos ativos, diante de um possível cenário de desaceleração da atividade. Se os ativos americanos reagem a essas incertezas, os países emergentes, consequentemente, precisam ficar atentos.

É importante ressaltar que, apesar das discussões sobre uma possível recessão nos EUA, não consideramos esse cenário como provável, embora seja necessário monitorar a situação.

Atividade econômica doméstica e inflação pressionada

No cenário doméstico, o BC ressaltou que a atividade econômica e o mercado de trabalho continuam aquecidos, embora com sinais de moderação.

No entanto, esses sinais ainda são tímidos. A taxa de desemprego está em 6,6% (com ajuste sazonal), uma das menores da história, e a massa salarial real apresenta forte crescimento. O Caged de janeiro registrou a criação de 137 mil vagas formais, superando as expectativas de 71 mil. O IBC-Br de janeiro subiu 0,89%, também acima das expectativas (+0,30%).

Em resumo, a atividade doméstica segue forte e acima do nível potencial, gerando pressões inflacionárias. No entanto, espera-se uma desaceleração ao longo do ano.

Projeções de inflação e desafios para o BC

A projeção do BC para o terceiro trimestre de 2026, horizonte relevante para a política monetária, caiu ligeiramente, de 4,0% para 3,9%. Apesar da queda, o patamar ainda está acima da meta de 3,0%.

As projeções do Relatório Focus apontam para a direção oposta, com estimativas de 5,7% para 2025 e 4,5% para 2026. Além disso, as projeções para 2027 e 2028 também subiram, embora de forma mais modesta.

O cenário de inflação ainda é desafiador. A média dos últimos três meses do núcleo da inflação está em 5,6% (anualizado), e os serviços subjacentes em 7,6%. Para que o BC alcance a meta de 3,0%, será necessário observar dados consistentemente mais fracos.

Decisão do Copom e perspectivas para a taxa Selic

O BC confirmou o aumento de 1 ponto percentual na Selic, elevando-a para 14,25% ao ano. Para a próxima reunião, em 7 de maio, a autoridade monetária antecipou um novo aumento, mas de menor magnitude, provavelmente 0,50 ponto percentual.

Quanto às reuniões seguintes, o BC não se comprometeu com novos movimentos, gerando incertezas sobre a trajetória futura da taxa Selic.

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Nível da taxa Selic e metas de inflação

A curva de juros do mercado precifica uma maior probabilidade de alta de 0,25 ponto percentual na reunião de junho, elevando a Selic para 15% ao ano. No entanto, surge a dúvida se esse patamar será suficiente para levar a inflação à meta de 3,0%.

Para alcançar a meta, seria necessária uma taxa mais próxima de 18% ao ano. No entanto, o BC não parece disposto a elevar a Selic a esse patamar. Nesse caso, seria necessário manter a taxa em 15% por um período prolongado, até que os dados de inflação convirjam para a meta.

Oportunidades de investimento no cenário atual

A equipe do Fundo Versa continua monitorando o cenário e os preços dos ativos, que apresentam oportunidades tanto na renda fixa quanto nas ações.

Na renda fixa, títulos atrelados ao IPCA com taxas de juros reais elevadas se destacam como uma opção interessante, apesar dos riscos envolvidos. Nas ações, a bolsa doméstica apresenta múltiplos baixos e empresas com resultados promissores.

Renda Fixa PRO e opções de investimento

Na área para membros do Renda Fixa PRO, você tem acesso exclusivo às melhores opções de títulos públicos e crédito privado, como CDB, LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures, para investir no cenário econômico atual.

Tabela de projeções de inflação

IndicadorProjeção AtualProjeção Anterior
Relatório Focus 20255,7%5,5%
Relatório Focus 20264,5%4,2%
Relatório Focus 20274,00%3,90%
Relatório Focus 20283,78%3,73%
Projeção BC 20263,9%4,0%

Matéria criada com informações do Fundo Versa

Ricardo de Freitas não é apenas o CEO e Jornalista do Portal Jornal Contábil, mas também possui uma sólida trajetória como principal executivo e consultor de grandes empresas de software no Brasil. Sua experiência no setor de tecnologia, adquirida até 2013, o proporcionou uma visão estratégica sobre as necessidades e desafios das empresas. Ainda em 2010, demonstrou sua expertise em comunicação e negócios ao lançar com sucesso o livro "A Revolução de Marketing para Empresas de Contabilidade", uma obra que se tornou referência para o setor contábil em busca de novas abordagens de marketing e relacionamento com clientes. Sua liderança no Jornal Contábil, portanto, é enriquecida por uma compreensão multifacetada do mundo empresarial, unindo tecnologia, gestão e comunicação estratégica.

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