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Para especialista, com resultado da Taxa Selic, poupança deverá permanecer mais interessante frente aos Fundos de Investimentos de Renda Fixa

Para especialista, com resultado da Taxa Selic, poupança deverá permanecer mais interessante frente aos Fundos de Investimentos de Renda Fixa

30/07/2019 às 13h50 Atualizada em 30/07/2019 às 16h50
Por: Leonardo Grandchamp
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Foto: Reprodução
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgará nesta quarta-feira (31), a nova taxa base de juros brasileira (Selic). Para o Professor de Cenários Econômicos e Macroeconomia dos cursos de MBA da Faculdade Fipecafi, Silvio Paixão, o Copom pode ter por base decisória, para definir a nova taxa básica de juros, ao menos três opções, sendo a primeira a conservadora, onde é possível que diminuam a taxa Selic - meta marginalmente para 6,25% a.a. A segunda opção, a discreta, que poderá estabelecer uma redução entre 6% a.a e 5,75% a.a, e a terceira e última opção, a diligente, onde podem implementar uma taxa Selic - meta entre 5,50% a.a. e 5% a.a. inestimento O especialista explica que em qualquer uma das três opções é razoável supor que complementarmente haja uma flexibilização, imediata ou consecutiva, no compulsório dos depósitos à vista. "Isso para que haja um maior dinamismo na transmissão dos efeitos da provável queda da Selic-meta nas taxas dos empréstimos", completa. Paixão afirma, ainda, que o Banco Central não assumirá uma posição para estimular os agentes econômicos, mas, também, não se permitirá comprometer expectativas mais positivas ou acirrar expectativas menos favoráveis do ambiente político-econômico-institucional. "Isso se deve pela atual situação sobre a perspectiva da atividade econômica de frente a tendências inflacionárias e do mercado de câmbio", comenta. Investimentos em Renda Fixa Com a Selic ao redor de 6% a 5% ao ano, o especialista explica que as aplicações em Renda Fixa, como os fundos de investimento, certificado de depósito bancário (CDBs) e poupança, perdem ainda mais atratividade na maioria das situações perante a inflação corrente. "A caderneta de poupança vai permanecer interessante frente aos fundos de investimentos de Renda Fixa tributados, que apresentem taxas de administração não inferiores a 1% ao ano", alerta. Para Paixão, desde agosto de 2014, a poupança tem seu ganho de "Taxa Referencial (TR) + 6,17% ao ano", garantido por lei, somente quando a Selic for superior a 8,5% a.a. "Se não, a Poupança renderá o equivalente a 70% da Selic, não há qualquer tributação na Poupança", diz. Para efeito de comparação consideramos os cenários abaixo: • Aplicações com prazo de resgate entre um ano com a alíquota do Imposto de Renda (IR) de 17,50%. • Aplicações com prazo de resgate acima de dois anos com a alíquota de IR de 15,00%. Foi considerado o custo da taxa de administração cobrada nos Fundos de Renda Fixa de 0,50% a 2%, padrão utilizado no sistema financeiro. "A poupança apresenta o mesmo rendimento anual equivalente, não importa o prazo de resgate, lembrando que só se tem direito à remuneração da poupança nas respectivas datas mensais de aniversário da aplicação. Enquanto os Fundos de Investimento em Renda Fixa apresentam remuneração diária, apesar da tributação (IR decrescente com o prazo), quanto maior for a taxa de administração cobrada, maior será a vantagem da Poupança frente aos Fundos. Atualmente, quando a taxa de administração for superior a 1% ao ano, a poupança apresenta-se mais atrativa que os Fundos de Renda Fixa tradicionais", analisa Paixão. Para o Professor, mais importante que, simplesmente, identificar qual tipo de investimento pode render mais que outros, é fundamental que o investimento escolhido renda, após todas as despesas e tributação, mais do que a inflação do período. "Só assim, aquela aplicação viabilizará uma melhor condição financeira ao investidor, superior, portanto, à perda de poder aquisitivo representada pela inflação daquele prazo/período", avalia. Abaixo, simulações, realizadas pelo especialista, de quanto renderia uma aplicação financeira, no valor de R$10 mil, pelo prazo de doze meses, considerando a Selic estável em 6% ao ano: • Poupança teria acumulado um rendimento de R$420,00 (4,20% ao ano), totalizando um valor aplicado de R$ 10.420,00; • Um Fundo de Renda Fixa, com taxa de administração de 0,50% e que renda 100% da SELIC, teria rendido R$ 442,53 (4,43% ao ano), totalizando um valor aplicado de R$ 10.442,53; • Um Fundo de Renda Fixa, com taxa de administração de 1% e que renda 100% da SELIC, teria rendido R$ 390,05 (3,90% ao ano), totalizando um valor aplicado de R$ 10.390,05; "Considerando a possibilidade de se aplicar os recursos num CDB, o investidor teria que receber uma taxa de juros de, pelo menos, 90% do CDI (CDI = SELIC) para obter o mesmo ganho da poupança, já que as aplicações em CDB pagam IR de acordo com o prazo de resgate da aplicação. Atualmente, há opções de investimento, como LCI, LCA, CRI e CRA, por exemplo, que são isentos de IR. Recomenda-se, no entanto, analisar aspectos associados a riscos e à baixa liquidez, que não se apresentam adequados a investidores clássicos, menos audaciosos e/ou cujos prazos para investir apresentam restrições", finaliza Paixão.
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