18°C 29°C
Uberlândia, MG

Pilares e bases culturais da Transformação Digital

Pilares e bases culturais da Transformação Digital

22/04/2019 às 14h34 Atualizada em 22/04/2019 às 17h34
Por: Vanessa Marques
Compartilhe:

Carlos Eduardo Correa Schotka*

Continua após a publicidade

Muito tem se falado sobre Transformação Digital nas empresas, mas poucos são os cases sólidos cujo o valor agregado da palavra “digital” pode ser entoado como um mantra, no qual toda a empresa deve falar para que se sinta dentro do mercado moderno emergente.

Empresas que tentam se aventurar neste assunto se deparam normalmente com um grande desafio inicial, que é a Transformação Cultural. Antes de falar de tecnologia, vamos tratar daquilo que se refere praticamente a itens comportamentais de uma empresa.

Uma cultura digital tem, por sua essência, práticas no modelo ágil, que visa agregar valor ao cliente final de maneira constante, o que significa eliminar a fronteira entre departamentos. Quando todos olham para este ponto convergente, ou seja, o cliente, as organizações começam a mudar sua cultura para o âmbito digital. O cliente, então, se torna o responsável pelas alterações de modelos de negócio, seja por novas exigências ou adesão às novas tecnologias.

Sendo assim, o paradigma digital abstrai o antigo conceito de TI, cujo cliente não tinha certeza do escopo que desejava, e passa a lidar com um público que não só sabe quais são seus problemas, como também participa passiva ou ativamente da solução. Logo, a cultura digital deve ter clara que a empresa passa a operar como um “customer centricity”, deixando de ser uma estrutura de departamentos, cada qual com sua responsabilidade, e passa a ser um time multidisciplinar, cuja responsabilidade é gerar valor agregado para o cliente.

Continua após a publicidade

Com o foco definido no cliente, o primeiro passo para a transformação cultural com o objetivo de atingir o patamar digital é reorganizar a empresa de forma a atender o cliente em todas suas necessidades. No intuito de acolher o cliente, a empresa deve ter times autônomos com diversas competências que consigam visualizar a necessidade do início ao fim para agregar valor.

Fatores simples como ouvir o lado do cliente e viver sua necessidade, seja por sessões de Design Thinking ou por meio de imersão em seu cotidiano, podem ser importantes quando estamos falando de inovação e percepção de necessidade. Todos esses passos farão o time entender, identificar ou gerar novos insights junto ao cliente.

Ao transformar o cliente em centro, o time deve se orientar nesse sentido, e esse é um dos pontos cruciais para mudança de mindset cultural. Não estamos falando em mudar apenas a forma que a equipe atual atende o cliente, mas sim de agregar diversas competências de negócio dentro do time que atende a este cliente, envolvendo, por exemplo, as áreas técnicas de Recursos Humanos, Marketing, Financeiro, Compras etc.

Com isso, cada área estará envolvida no atendimento às necessidades do projeto, ou seja, a demanda será uma prioridade que independe das rotinas particulares de cada departamento. O desafio de gerar uma autonomia deste nível para o atendimento de um único cliente específico pode gerar acúmulo de papéis na empresa, mas isso é superado frente ao valor agregado proporcionado ao cliente alvo desta equipe.

Continua após a publicidade

Tendo em vista a tendência para times autônomos multidisciplinares com foco no cliente, as empresas tradicionais podem fazer a transição do modelo padrão, baseado em departamentos, para um modelo bimodal. A orientação é que, durante um período determinado, parte da empresa passe a atuar neste modelo até que, gradativamente, sejam adaptadas às demais áreas.

Não podemos achar que toda empresa começa do zero, como um startup. Toda organização tem seu modelo e o exerce há muito tempo, por isso a quebra de paradigma é necessária para que seja viável o posicionamento ágil que a cultura digital exige, o que também permitirá evoluir para os próximos níveis da Transformação Digital: Tecnológica e Estratégica. Mas esses são assuntos para outra discussão. 

*Carlos Eduardo Correa Schotka é Digital Labs Manager de Transformação Digital da regional de Belo Horizonte da Engineering, companhia global de Tecnologia da Informação especializada em Transformação Digital.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Uberlândia, MG
29°
Tempo limpo

Mín. 18° Máx. 29°

29° Sensação
1.63km/h Vento
39% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
06h25 Nascer do sol
05h56 Pôr do sol
Qui 30° 18°
Sex 29° 18°
Sáb 29° 22°
Dom 29° 19°
Seg 30° 19°
Atualizado às 13h07
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,15 +0,32%
Euro
R$ 5,50 +0,23%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,13%
Bitcoin
R$ 354,233,26 -2,20%
Ibovespa
124,923,82 pts -0.18%