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Pix poderá afetar o e-commerce positivamente

Pix poderá afetar o e-commerce positivamente

21/10/2020 às 12h01 Atualizada em 21/10/2020 às 15h01
Por: Wesley Carrijo
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O novo sistema de pagamentos simultâneos do Banco Central, o PIX passará a funcionar a partir do dia 16 de novembro, mas, desde já, gera muitas expectativas nos futuros usuários, sobretudo, nos comerciantes que se beneficiarão das vantagens da proposta. 

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Isso porque, o sistema de pagamentos instantâneos (SPI) possibilitará a realização de pagamentos e recebimento de valores imediatos a qualquer dia da semana e horário. 

Analisando especificamente o setor de e-commerce, o impacto do PIX será notado no processo de logística, bem como, o de envio de mercadorias, considerando que quanto mais rápido acontecer a confirmação do pagamento, mais ágil também será o envio do produto ao consumidor. 

Entretanto, há uma série de outras vantagens do Pix para o e-commerce, como:

  • A possibilidade de oferecer descontos maiores aos clientes que escolherem essa opção de pagamento;
  • Uma melhor gestão de estoque e de fluxo de caixa;
  • Menos custos com transações de pagamento, entre outros.

As melhorias propostas irão promover experiências benéficas tanto para o e-commerce quanto para o consumidor final, aproximando ambos os lados e resultando em mais vendas.

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As vantagens do Pix 

  • QR Code estático ou dinâmico;
  • Chave de endereçamento (por exemplo, CPF, CNPJ, e-mail, número de telefone celular);
  • Tecnologias de pagamento por aproximação, como a NFC (Near-Field Communication). 

É importante destacar que o Pix não será lançado para ser um substituto para as demais alternativas já existentes, a intenção é para que seja justamente uma opção extra de pagamento, tanto no mundo físico quanto no virtual. 

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Melhorias no processo de logística de pagamento e estoque 

Um dos grandes impasses no comércio eletrônico equivale aos pagamentos efetuados através de boletos bancários, isso porque, quando um consumidor opta por este tipo de transação, até que o pagamento seja autorizado, o produto fica bloqueado no estoque do comerciante, procedimento essencial para assegurar que o mesmo item não seja comercializado mais de uma vez e gera confusão nas vendas. 

Porém, ao se sujeitar a esta alternativa, também há a possibilidade de o boleto gerado não ser compensado pela falta de pagamento, resultando na guarda de um produto que poderia ser vendido para outra pessoa até que o boleto expire. 

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Essa modalidade específica pode gerar prejuízos financeiros expressivos para o e-commerce, especialmente em épocas de grande fluxo de vendas como o Dia das Mães, Dia dos Pais, Black Friday, entre outras datas comemorativas. 

Portanto, observa-se que todos são pontos negativos e que causam custos para os lojistas, ainda que a intenção não seja eliminar os pagamentos por meio de boletos, apenas ressaltar que, a partir do lançamento oficial do Pix, uma modalidade de pagamento mais atrativa será oferecida. 

Isso acontecerá porque, como os pagamentos e recebimentos serão instantâneos, o produto não será retido indevidamente enquanto aguarda pela compensação do valor, considerando também que o tempo de envio do item também será reduzido, já que a quantia será depositada imediatamente na conta do respectivo e-commerce. 

Melhorias no fluxo de caixa 

Ao contrário das demais modalidades ofertadas em mercado, os valores relativos às transações realizadas pelo Pix serão compensados no mesmo momento, opção que se torna extremamente positiva ao otimizar o fluxo de caixa, reduzindo a necessidade de um capital de gira ao procurar por crédito extra. 

É importante mencionar que o Pix também contribuirá na conciliação de pagamentos, auxiliando a saúde financeira do negócio no geral.

Redução de custos

Conforme a Instrução Normativa BCB nº 3, de 3 de agosto de 2020, as transações realizadas pelo Sistema de Pagamentos Instantâneos também irão gerar custos reduzidos aos varejistas ao cobrar quantias mínimas de R$ 0,01 a cada 10 transações, independentemente do valor da operação. 

Cabe destacar que este é o valor cobrado pelo Banco Central, portanto, é responsabilidade de cada instituição financeira definir as próprias taxas cobradas pelo Pix. 

De qualquer maneira a proposta é para que esta seja a solução menos onerosa em comparação com a Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Documento de Ordem de Crédito (DOC) que, hoje podem variar de R$ 8,00 a R$ 20,00 por operação. 

Captação de novos clientes

A proposta de redução de custos também pode ser vista como um meio de atrair mais clientes para o e-commerce, uma vez que as taxas pagas pelos varejistas são inferiores, há a possibilidade de converter esta diferença em descontos direcionados especialmente para quem optar por este formato de pagamento.

Sendo assim, ambas as partes envolvidas na operação serão beneficiadas:  

  • o cliente paga menos por um produto e a entrega é feita mais rápida; 
  • o varejista aumenta seu volume de vendas e recebe os valores em menos tempo.

Além do mais, o Pix também será um atrativo para os usuários que não possuem cartões de crédito e, por vezes, não conseguem efetuar determinadas transações de compra e venda de um produto. 

Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) no ano de 2019, cerca de 50% dos usuários de cartão afirmaram realizar compras online, dos quais, 100% mencionaram que a modalidade de crédito é a mais adotada. 

Pix x Cartões e demais meios de pagamento 

Conforme mencionado, o Pix é mais um meio de pagamento, e não um substituto aos já existentes, ou seja, a proposta é justamente a de oferecer um diferencial competitivo aos clientes. 

Além disso, mesmo que as taxas do Pix sejam reduzidas, as demais alternativas não devem ser descartadas. 

Por isso, é importante lembrar que, as tarifas do cartão de crédito ofereceram custos reduzidos para os empreendedores ao longo dos anos, diante da incidência de menos de 29% entre 2009 a 2019 de acordo com a Abecs, fator considerável que contribuiu expressivamente para a oferta da seguinte solução:

  • Cartão de crédito: de 2,98% para 2,20%
  • Cartão de débito: de 1,61% para 1,10%.

Uma outra pesquisa realizada, desta vez durante o primeiro trimestre de 2020 também pela Abecs, apontou que as compras online correspondem a 29% das transações realizadas através do cartão de crédito, o que pode se justificar pela possibilidade de parcelamento, condição que não é permitida pelo Pix, por ser semelhante à uma operação de débito. 

Já no que compete aos boletos, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) declarou que, 75% dos consumidores do e-commerce ainda têm preferência por esta alternativa de pagamento, levando em conta as taxas reduzidas diante da emissão deste documento. 

O peso dos pagamentos eletrônicos 

Uma pesquisa apresentou os pontos positivos do varejo, tais quais os motivos que podem influenciar no processo de vendas como a comodidade (69%), o tempo para conclusão da compra (61%) e o atendimento prestado ao cliente (44%). 

No entanto, para atingir essas características, é preciso que todos os formatos de pagamento sejam incluídos, é por isso que o levantamento também apontou que, 49% dos 3 mil entrevistados têm o intuito de usar novas modalidades para o pagamento das compras. 

Entre as razões alegadas está o fato de que 50% dos consumidores enxergam a tecnologia como uma importante aliada para promover melhorias na experiência de compra, neste sentido, 60,4% informaram estar utilizando esse recurso para efetivar o autoatendimento. 

É importante ressaltar que a Abecs prevê que os meios eletrônicos de pagamento terminem o ano de 2020 com um saldo positivo, sendo responsáveis por transações na marca de R$ 1,9 trilhão em todo o país. 

Por Laura Alvarenga 

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