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Produção brasileira de petróleo cresceu 7,8% em 2019

Produção brasileira de petróleo cresceu 7,8% em 2019

30/06/2020 às 22h43 Atualizada em 01/07/2020 às 01h43
Por: Jorge Roberto Wrigt
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A Petrobras anunciou a chegada da plataforma de petróleo, P-67, ancorada na Baía de Guanabara, destinada ao Sistema de Produção do Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
A Petrobras anunciou a chegada da plataforma de petróleo, P-67, ancorada na Baía de Guanabara, destinada ao Sistema de Produção do Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

A produção brasileira de petróleo cresceu 7,8% em 2019, atingindo a marca de 2,8 milhões de barris/dia. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o aumento foi liderado pela oferta de petróleo do pré-sal, que alcançou média de 1,7 milhão de barris/dia no ano, o que correspondeu a cerca de 62,3% da produção do país. 

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A Petrobras anunciou a chegada da plataforma de petróleo, P-67, ancorada na Baía de Guanabara, destinada ao Sistema de Produção do Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos.

A produção de gás natural subiu 9,5% em 2019, marcando o décimo ano consecutivo de aumento, e atingindo 123 milhões de metros cúbicos/dia. Na área do pré-sal, a produção de gás natural manteve o aumento de sua participação no total nacional, correspondente a 57,9%.

Em nível mundial, a produção de petróleo foi liderada pelos Estados Unidos, com 17,045 milhões de barris diários, elevação de 10,97% em relação a 2018. Em seguida, aparecem Arábia Saudita, com produção de 11,832 milhões de barris e queda de 3,50%; e Rússia, com 11,540 milhões de barris/dia, aumento de 0,89% frente o ano anterior.

Os dados constam do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2020, que traz a evolução do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis em 2019, no Brasil e no mundo. O anuário foi publicado hoje (30) pela ANP em seu portal

Biocombustíveis

No setor de biocombustíveis, a produção de biodiesel superou em 10,3% o total registrado no ano de 2018 devido, principalmente, ao aumento do teor de mistura no óleo diesel de 10% para 11%. Já a produção de etanol foi 6,9% superior à de 2018, atingindo a marca histórica de 35,3 bilhões de litros. Como resultado do aumento da produção, as vendas de etanol hidratado cresceram 16,3% em 2019, face à maior competitividade dos preços desse combustível em relação à gasolina C.

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Devido ao aumento da produção doméstica, as exportações de petróleo alcançaram no ano passado o maior valor da série histórica: 1,2 milhão de barris/dia, aumento anual de 4,4%. Já as importações de petróleo cresceram apenas 1,7%, de acordo com a ANP. 

A produção nacional de derivados mostrou estabilidade em 2019, alcançando 1,8 milhão de barris/dia, equivalente a 76,5% da capacidade instalada de refino. As vendas de derivados pelas distribuidoras, por sua vez, evoluíram 0,7%, destacando as vendas de óleo diesel, com alta de 3%.

Licitações

As rodadas de licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e gás no Brasil foram outro destaque no ano passado, segundo a ANP. A 16ª Rodada de Licitações sob o regime de concessão, realizada em outubro de 2019, arrecadou em bônus de assinatura mais de R$ 8,9 bilhões, enquanto a 6ª Rodada de Partilha e a Rodada de Licitações do Excedente da Cessão Onerosa arrecadaram juntas cerca de R$ 75 bilhões. A ANP realizou ainda no ano passado o 1º Ciclo da Oferta Permanente, cuja arrecadação atingiu R$ 22,3 milhões em bônus de assinatura.

Em 2019, o volume de obrigações da cláusula dos contratos de concessão, partilha e cessão onerosa, relativas aos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) atingiu R$ 1,9 bilhão. Já o montante gerado de participações governamentais somou R$ 56 bilhões em 2019, crescimento de 5,6% em relação ao ano anterior.

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Os quadros, tabelas, gráficos, cartogramas e textos serão publicados posteriormente no Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2020 e podem ser consultados na página da ANP.

Gasoduto Caburé

Também hoje (30), a ANP publicou no Diário Oficial da União (DOU), autorização definitiva para operação, pela Alvopetro, do Gasoduto Caburé, integrante do sistema de escoamento da produção da área individualizada formada pelos campos de Cardeal do Nordeste, Cardeal do Nordeste Leste, Caburé e Caburé Leste, na Bacia do Recôncavo, Bahia. Os dois primeiros campos são operados pela Imetame, que é operadora da área individualizada, e os dois últimos, pela Alvopetro.

Segundo a ANP, trata-se de uma solução inovadora para aproveitamento do gás, porque há duas formas de escoamento a partir da mesma área individualizada, que funciona de forma similar a um campo. A primeira, já em operação, vai até a Usina Termelétrica (UTE) Prosperidade 1, localizada em Camaçari, e a segunda, que deve entrar em operação amanhã (1º), vai até o gasoduto a ser operado pela Alvopetro, seguindo até a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) Caburé, em Mata de São João, também operada por essa empresa.

Após o processamento na UPGN, o gás será comercializado com a Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás). De acordo com a ANP, o gasoduto aumentará bastante a capacidade de escoamento do gás produzido na área individualizada. Até hoje, a maior média mensal escoada foi de 140 mil metros cúbicos por dia (m3/d) para a UTE, e o contrato entre Alvopetro e Bahiagás garante fornecimento de 300 mil m3/d, triplicando o aproveitamento de gás da área.

A UPGN será a primeira unidade a ser operada por uma empresa fora do grupo Petrobras. A ANP entende que isso poderá contribuir para iniciar a descentralização do mercado de processamento de gás natural. Além disso, o início do escoamento de gás para a UPGN é relevante para a região da Bacia do Recôncavo. A média de gás disponibilizado para a bacia em 2020, segundo os Boletins Mensais da Produção da ANP, é de 1.170 mil m3/d por dia. A vazão de gás a ser escoada pelo novo gasoduto corresponde, portanto, a um aumento de 25% no gás disponibilizado na bacia.

Fonte: Agência Brasil - Alana Gandra

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