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Repensando os negócio por meio da pauta ESG no Conselho de Administração

Repensando os negócio por meio da pauta ESG no Conselho de Administração

16/09/2021 às 16h49 Atualizada em 16/09/2021 às 19h49
Por: Leonardo Grandchamp
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O Conselho de Administração (CA) concentra a estratégia das organizações, por isso, esse é o órgão social que ajuda a estabelecer as diretrizes de longo prazo nos negócios. Por conta de tantas mudanças que têm ocorrido no contexto ambiental, social e de governança (ESG), as funções no CA se tornaram ainda mais desafiadoras.

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Os membros do conselho de administração necessitam de cada vez mais aporte teórico e de soluções práticas diante de temas específicos.

Com mais de 35 anos no mundo corporativo e desde 2015 à frente da MORCONE Consultoria Empresarial, hoje trago um artigo sobre a pauta ESG no Conselho de Administração.

ESG como pauta no Conselho de Administração

O ESG não é modismo, mas conceito sólido e em fase de expansão, ou, como especialistas afirmam, o ESG é risco e por isso é razão de pauta.

Para Eduardo Valério, CEO da GoNext Governança & Sucessão, empresa especializada na implantação de governança corporativa nas empresas, o ESG é um caminho sem volta e sua força se deve ao período de pandemia.

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Que as organizações têm a responsabilidade de impactar positivamente a sociedade já é uma compreensão atual, mas por conta do contexto de pandemia, essa passou a ser uma pauta ainda mais urgente.

O código ESG incorporado nos negócios representa um selo de qualidade e é por meio da análise ambiental, social e de governança, que se obtém o posicionamento do negócio em relação à sociedade e ao planeta. Isso demonstra mais transparência ao investidor.

ESG é um assunto fundamental porque trata de humanidades como diversidade e inclusão social

Empresas são feitas de pessoas para pessoas, só essa constatação já explica muito sobre o valor do ESG. Quando se discute sobre o planeta, sociedade e governança, as organizações estão discutindo sobre o que desejam acrescentar, muito além de seus produtos e serviços no mercado.

A pauta ESG no conselho de administração tem sido e será cada vez mais discutida. Clientes e investidores têm procurado cada vez mais por empresas que dialoguem com os seus propósitos e que tenham como foco muito mais do que lucratividade.

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As pessoas querem comprar de negócios que apoiam causas sociais importantes, que significativamente fazem algo em prol do meio ambiente e, investidores desejam parceria pela mesma razão, com o adicional de que a empresa tenha estabelecida uma governança que cubra essas pautas atuais.

Quando se fala em diversidade, por exemplo, estamos falando sobre os aspectos: social e governança.

Dentro do fator Social, ações voltadas à diversidade e inclusão atuam no cumprimento de três dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável):

  • Objetivo 5 – Igualdade de gênero;
  • Objetivo 8 – Trabalho digno e crescimento econômico;
  • Objetivo 10 – Redução das desigualdades.

Já dentro do pilar Governança, é preciso que o próprio Conselho de Administração tenha diversidade em sua composição, o que também impacta em uma agenda alinhada com os preceitos presentes no ESG.

Não é possível superficialmente aderir ao conceito ESG

Como ocorria com questões em torno da sustentabilidade, em que muitas organizações faziam o mínimo para se adequar e utilizavam o assunto sustentabilidade em suas campanhas de marketing, o mesmo não acontecerá com o ESG.

Será preciso comprovar por meio de relatórios, resultados de ações concretas. Não basta que a organização aja como se estivesse de fato preocupada com os pilares meio ambiente, sociedade e governança.

Uma vez que o conceito entra em pauta no conselho, precisa ser incorporado às práticas do negócio cada vez mais.

Será necessária, para muitas empresas, uma transformação cultural, uma ampliação de visão quanto ao que o negócio representa socialmente e como pode ser mais engajado e transparente com ações voltadas ao meio ambiente e também à equipe, parceiros e investidores.

A pauta ESG no conselho de administração veio para ficar e representará para muitos negócios resistentes a transformações, uma pedra de tropeço se o intuito for expandir no mercado.

Investidores desejam fazer negócio com organizações realmente comprometidas para além do cumprimento de regras e que estejam impactando a sociedade com ações concretas e fundamentais.

Não será mais permitido ‘encenar’, será preciso mostrar que a realidade do negócio está pautada nas necessidades da realidade do mundo.

Por Carlos Moreira, Há mais de 35 anos atuando em diversas empresas nacionais e multinacionais como Manager, CEO (Diretor Presidente), CFO (Diretor Financeiro e Controladoria) e CCO (Diretor Comercial e de Marketing).

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