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Setor bancário: O futuro está na digitalização

Setor bancário: O futuro está na digitalização

10/09/2020 às 12h04 Atualizada em 10/09/2020 às 15h04
Por: Esther Vasconcelos
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Em meio a tantas transformações do setor bancário desde o início da pandemia, que já vinha seguindo tendência de digitalização, por meio de open banking e um relacionamento mais automatizado com seus usuários, a Temenos (SIX: TEMN), empresa líder mundial de software bancário, em evento realizado esta manhã para o Brasil, compartilhou informações que trazem  uma visão geral sobre as novas demandas em tecnologia para o setor.

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De acordo com Álvaro Bacellar, vice-presidente de Serviços da Temenos para a América Latina, que apresentou o evento, as mudanças imediatas observadas no comportamento do consumidor com o período da pandemia, foram o aumento da confiança no envolvimento digital, assim como, num primeiro momento, a incapacidade de visitar agências por condições de bloqueio e um maior consumo por compras on-line.

Paralelamente, com o encerramento de pequenas empresas e a paralisação da atividade económica, verificou-se um agravamento do desemprego e consequentes dificuldades financeiras para consumidores, PME e empresas.

A mentalidade do consumidor indica maior dependência do banco digital e necessidade de assistência financeira.

De acordo com a pesquisa ‘O Impacto da Covid-19 no cliente bancário’, realizada no início da pandemia pela Lightico, 82% estavam preocupadosem ir à agência bancária, 63% mais inclinados a experimentar um aplicativo digital, 84% esperavam que as marcas encontrem maneiras de maximizar a interação digitalpara mantê-las seguras e 56% estavam preocupados com sua capacidade de pagar os empréstimos(casa, carro, etc.).

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Tudo isso promoveu um maior fluxo às estratégias de novos usos e busca por tecnologia. Vários tipos de indústrias enfrentaram o desafio de migrar suas operações para uma modalidade remota de atendimento e maior suporte ao cliente.

“Cientistas comportamentais que analisaram crises anteriores alertam que muitas dessas mentalidades e comportamentos irão durar mais que a crise COVID-19. Portanto, podemos supor que a maior ênfase no banco digital continuará além da pandemia”, afirmou Alvaro Bacellar.

De acordo com um estudo recente da Temenos e The Economist Intelligence Unit, realizado recentemente em 32 países, até 2025 os executivos dos bancos, entrevistados pela pesquisa, terão como prioridade estratégica melhorar a experiência dos seus clientes em quase 35 pontos percentuais. Para Bacellar, os bancos precisam responder a essa demanda em três áreas principais: 

  • Levar a cabo as operações de negócios do dia a dia, devido à ruptura ao modo de vida estabelecido - um problema que não é trivial em certos mercados emergentes com infraestrutura de tecnologia deficiente
  • Atender às necessidades em constante mudança dos clientes de forma digital e sensível
  • Administrar o impacto financeiro nos negócios dos bancos e, ao mesmo tempo, equilibrar as necessidades da sociedade.

“Os bancos estão enviando sinais poderosos sobre o papel positivo que desempenham na sociedade e seu compromisso com seus clientes e funcionários.

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Eles estão ajudando clientes que lutam com suas finanças e a tecnologia tem papel vital nesse processo”, disse Bacellar.

Outras considerações 

O estudo da EIU e Temenos também mostra que 29% dos executivos de bancos acreditam que as "empresas de pagamento" são a principal ameaça para seus negócios principais.

Em segundo lugar, eles se preocupam com o risco de perder market share no negócio de Investment Management, um dos segmentos mais lucrativos.

Somando-se a isso, ainda há as Big Techs, que possuem tecnologia, dinheiro, relacionamento e confiança com o cliente para ameaçar os participantes tradicionais do mercado financeiro.

E ainda há as gerações Millennial e Z, que confiam mais em seus serviços de compra online e plataformas de mídia social do que em bancos tradicionais.  

“Não há razão para acreditar que o setor bancário brasileiro seria imune a essas mudanças, quando os “Neo Banks” já constroem modelos de negócios 100% digitais, principalmente focados nessas gerações e onde os serviços básicos não são cobrados”, afirma Bacellar.

Para os bancos, o Neo Bank é apenas digital, com abordagem específica para cada segmento de cliente, com velocidade de comercialização e projetado para ser executado na nuvem, com baixo custo e análises inteligentes.

Para o usuário final, essa mudança faz toda a diferença, com a agilidade de apenas um canal, personalização, contas sem complicações, interfaces fáceis de usar, acesso rápido por smartfones, facilidade em aprovação de empréstimos e vários serviços virtuais, além de transparência e pagamentos fluídos.

A tecnologia e a acessibilidade 

No Brasil existem aproximadamente 45 milhões de pessoas sem conta bancária, o que representa 1/5 da população sem acesso a serviços financeiros.

Os entraves às contas bancárias incluem custo, burocracia e falta de acesso a uma agência bancária.

“A tecnologia possibilita a acessibilidade e impulsiona a economia local, apoia pequenas empresas e promove igualdade para as mulheres”, afirmou o executivo.

Temenos permite que as instituições financeiras alcancem os sem-banco com uma relação custo-receita aprimorada, custos reduzidos ao alavancar a nuvem, soluções em pacotes e experiências digitais aprimoradas com o Temenos Infinity.

Um exemplo disso é a Nuestra Caja (NuCa) no México, que dobrou o tamanho de sua base de clientes e expandiu seu negócio de empréstimos em 30%.

Ou como a ARB Apex, com sede em Gana, na África, um usuário de longa data de Temenos para serviços bancários inclusivos, que utiliza a plataforma Temenos e suporta 700 agências (a maior rede do país) e 7 milhões de contas de clientes.

No Brasil, o Banco Central lançou um novo protocolo oficial de mercado para Pagamentos Instantâneos, o PIX. 

Todas as instituições com mais de 500 mil contas devem adotá-lo e integrar seus sistemas a partir do quarto trimestre de 2020. 

A fim de obter o máximo de benefícios do sistema, os bancos devem garantir soluções em tempo real e estar disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Com o aumento da velocidade, fica mais difícil impedir transações fraudulentas antes que elas aconteçam e precisem de soluções FCM - Mitigação de Crimes Financeiros, na sigla em inglês.

“Para que os bancos possam integrar soluções e usufruir dos benefícios de softwares, é importante que elas sejam implementadas de forma contínua e com prazos previsíveis”, diz Alvaro Bacellar.

A Temenos oferece soluções de software a instituições financeiras com produtos que combinam a funcionalidade bancária mais completa do mercado em mais de 150 países com a mais avançada tecnologia nativa de nuvem, nuvem agnóstica, API de primeira linha e pensamento orientado em design.

Por meio de APIs, os produtos de Temenos podem ser implementados de forma independente ou integrados, e os bancos podem lançar novos aplicativos em horas, utilizando ferramentas e metodologias avançadas de implantação continua.

As soluções de software utilizam uma ampla rede de parceiros, apoiada por recursos especializados fornecidos diretamente pela Temenos, quando necessário.

Para atender a demanda crescente da sociedade e das necessidades de implementação de tecnologia nas redes bancárias, as novas tecnologias são essenciais, e a Inteligência Artificial, os bots e as APIs vieram para ficar e serem aprimoradas.

Esta é a meta de Temenos nesse cenário: fornecer às instituições financeiras, de qualquer tamanho, em qualquer lugar do mundo, o software para a era dos bancos digitais.

“Continuaremos investindo, crescendo nossa presença, com a meta de que pelo menos 50% de nossos negócios LATAM sejam feitos localmente no Brasil”, completou Bacellar, que afirmou que para a Temenos, o Brasil é um mercado estratégico pois a cada dois dólares gastos em tecnologia bancária na América Latina, um dólar é gasto no Brasil.

Por Álvaro Bacellar - vice-presidente de Serviços da Temenos para a América Latina
Temenos

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