18°C 29°C
Uberlândia, MG

Startups encontraram caminhos alternativos que impulsionam recuperação e crescimento

Startups encontraram caminhos alternativos que impulsionam recuperação e crescimento

30/06/2021 às 15h58 Atualizada em 30/06/2021 às 18h58
Por: Gabriel Dau
Compartilhe:

Transformar o limão em limonada, encontrar oportunidades nos problemas e uma série de outras expressões podem ser usadas para explicar a maneira como muitas startups encontraram caminhos alternativos para não só se manterem vivas, mas, em alguns casos, até ampliarem o faturamento em tempos de pandemia.

Continua após a publicidade

O resultado já começa a aparecer em alguns estudos. 

Um deles é o Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE), que é calculado pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com a pesquisa, o indicador registrou um aumento de 5,4 pontos, em maio, atingindo o patamar de 93,5 pontos, o maior nível desde dezembro de 2020 (94,6 pontos).

Um dos exemplos é a startup Vá de Táxi, plataforma que opera por meio de um aplicativo para smartphone que possibilita chamar um táxi e fazer o pagamento diretamente no aplicativo.

Continua após a publicidade

Com os chamados lockdowns sucessivos e sem pessoas nas ruas, os taxistas faziam, no máximo, duas ou três corridas por dia.

O resultado  foi a queda abrupta da renda desses profissionais, os mais prejudicados com a situação. A startup  aproveitou o momento de corridas baixas e ociosidade da frota para repensar o modelo de negócios, ampliando para serviços, além de mobilidade. A opção foi por um sistema no qual o taxista, além de transportar passageiros, pudesse prestar serviços a clientes das seguradoras como trocar pneus, carregar ou trocar baterias, entre outros.

“Desenvolvemos um treinamento InApp para uma frota selecionada no projeto piloto, sendo que a capacitação era complementada com cursos presenciais em parceria com seguradoras”, explicou Glória Miranda, CEO da Vá de Táxi.

Ao todo, foram mais de 200 motoristas capacitados somente em São Paulo.

Continua após a publicidade

Desde então, a demanda pelos serviços prestados por eles vem aumentando de tal forma que os ganhos já não são mais vistos como dinheiro extra, e sim como uma segunda fonte de renda, o que deu a certeza para a expansão do projeto em escala comercial nacional. 

A ideia é expandir o serviço para todo o Brasil através da vertical VDT Assist, que irá incorporar ainda outros serviços como pequenos reparos em residências, por exemplo, aproveitando a base de 130 mil taxistas cadastrados na plataforma.

Outra startup a encontrar caminhos para expandir suas atividades foi a Closeer, aplicativo que fomenta a Gig Economy no Brasil, conectando pessoas em busca de vagas flexíveis de trabalho às empresas que precisam destes profissionais.

Designed by JoeZ / shutterstock
Designed by JoeZ / shutterstock

A empresa lançou a EduCloseer, serviço que oferece aos usuários uma série de cursos gratuitos, relacionados às diversas funções solicitadas no app.

“A pandemia trouxe um cenário de desemprego que pegou de surpresa muitas pessoas que hoje vivem em um mercado escasso de oportunidades. Pensando em quem precisa aprimorar seu conhecimento para cumprir os jobs que as empresas mais ofertam, como os de restaurantes ou cozinha, a EduCloseer entra como apoio na qualificação. A ideia é que as empresas também possam hospedar seus treinamentos específicos ali, facilitando a chegada do profissional Closeer”, explica o CEO da Clooser, Walter Vieira.

O sócio-diretor da Play Studio, consultoria de inovação e venture Builder, Thiago Burgers, explica que essa capacidade de adaptação é fundamental para o desenvolvimento saudável das startups em qualquer época, mas a pandemia exigiu uma maior velocidade neste processo.

“Muitas empresas estão revisando seus  portfolios de inovação, reduzindo os investimentos em projetos mais incertos e de longo prazo, para inovações de curto prazo, com foco em geração de receita adicional ou redução de custos. Esse tipo de revisão é importante pois nas empresas mais afetadas pela crise, alinha a estratégia do negócio com os desafios de inovação, gera engajamento e consequentemente resultados concretos”, diz. 

A opinião é compartilhada por  Arthur Rodrigues, diretor e cofundador da  XSFERA, plataforma de serviços especializados de consultoria de negócios e de soluções regulatórias, focada no mercado financeiro e de pagamentos.

Segundo ele, a dinâmica do mundo dos negócios, sobretudo em alguns segmentos como a indústria financeira sempre foi acelerada e a pandemia acabou acrescentando um novo e impactante item a ser analisado.

“As empresas que já estavam se preocupando com inovações e novas regulações como o Pix e o Open Banking, de repente também tiveram que absorver novos comportamentos do consumidor e do varejo. Isto exige agilidade para fazer diagnósticos rápidos, avaliar cenários futuros com precisão, escolher as alternativas mais vantajosas e colocar os projetos em prática. Felizmente temos muitos empreendedores que estão conseguindo fazer tudo isso”, concluiu. 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Uberlândia, MG
23°
Tempo limpo

Mín. 18° Máx. 29°

23° Sensação
3.09km/h Vento
64% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
06h25 Nascer do sol
05h56 Pôr do sol
Qui 30° 19°
Sex 30° 19°
Sáb 29° 21°
Dom 30° 21°
Seg 30° 19°
Atualizado às 22h33
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 5,15 -0,01%
Euro
R$ 5,51 -0,01%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,07%
Bitcoin
R$ 351,824,83 +0,58%
Ibovespa
124,740,69 pts -0.33%