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Volta do abono salarial do PIS/Pasep: Como usar bem esse dinheiro?

Volta do abono salarial do PIS/Pasep: Como usar bem esse dinheiro?

20/01/2022 às 15h21 Atualizada em 20/01/2022 às 18h21
Por: Leonardo Grandchamp
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Ano novo, abono liberado! Suspenso desde julho de 2020, o abono salarial do PIS/Pasep voltará a ser pago aos trabalhadores a partir de janeiro deste ano.

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O benefício havia sido suspenso em função da pandemia, uma vez que sua verba foi direcionada para o Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda.

Como esse programa foi finalizado em 2021, o pagamento do abono salarial PIS/Pasep voltará a ser pago. Dessa vez, com um novo calendário e com valores atualizados.

Antes de conferir se você tem direito ao benefício, qual é o calendário de pagamento e o valor do abono salarial 2022, é importante lembrar o que é esse benefício. Confira abaixo. 

O que é abono salarial do PIS/Pasep?

O abono salarial é um benefício garantido por lei e deve ser pago anualmente aos trabalhadores da iniciativa privada e do setor público.

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No caso dos trabalhadores que atuam no setor privado, o benefício é garantido pelo Programa de Integração Social (PIS). Por isso, o pagamento é realizado por meio da Caixa Econômica Federal.

Já no caso de funcionários públicos, o benefício é regulamentado pelo Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Nesse caso, o pagamento é realizado pelo Banco do Brasil.

Vale lembrar que esse benefício só foi criado na década de 1970. Desde então, ele passou por algumas mudanças. Entenda abaixo.

Quando surgiu o abono salarial?

O abono salarial foi criado em 1970 com o objetivo de incrementar a poupança dos trabalhadores e melhorar a distribuição de renda.

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Por isso, a lei determina que o trabalhador tem direito a receber um percentual do lucro das empresas, sejam elas públicas ou privadas.

Inicialmente, somente os trabalhadores do setor privado foram beneficiados. Isso porque o PIS foi criado pela Lei Complementar nº 7, em 7 de setembro de 1970.

Já o Pasep foi criado dois meses depois, através da Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970.

Devido a importância do benefício, ele foi preservado durante a redação da Constituição Federal de 1988.

O artigo nº 239 da CF ainda determina que a arrecadação do PIS/Pasep também deve financiar outros benefícios além do abono, como o seguro-desemprego.

Hoje, todos esses benefícios, incluindo o PIS/Pasep, são pagos com os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Quem tem direito ao benefício?

Para receber o benefício, o trabalhador precisa atender os seguintes requisitos:

  • Deve estar cadastrado há pelo menos 5 anos no PIS ou no Pasep;
  • Possui carteira assinada e recebe, em média, até dois salários mínimos por mês;
  • Trabalhou de forma remunerada por pelo menos 30 dias durante o ano-base de cálculo;
  • Deve ter os dados atualizados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais ou E-social). Nesse caso, a atualização deve ser feita pelo próprio empregador.

Qual o valor do abono salarial do PIS/Pasep?

O cálculo do valor do benefício leva em consideração dois parâmetros: o valor do salário mínimo e o número de meses trabalhados por ano.

Como o salário mínimo subiu para R$ 1.212,00 em 2022, o valor do piso do abono salarial é de R$ 101,00. Ou seja, a cada mês trabalhado, o trabalhador receberá R$ 101,00 de benefício.

Por exemplo: se você tiver trabalhado durante 6 meses, então receberá R$ 606,00. Esse é o resultado de 101 multiplicado por 6.

E se tiver trabalhado durante todo o ano, ou seja, durante os 12 meses, receberá o equivalente a R$ 1212,00. Essa é a quantia máxima que o trabalhador poderá receber.

Lembrando que o valor do abono salarial do PIS/Pasep 2022 será calculado com base nos registros trabalhistas de 2020, já que o benefício não foi pago no ano passado.

Quando o benefício será pago?

O calendário de pagamento do abono salarial referente ao ano-base 2020 já foi divulgado. Confira as datas para os trabalhadores que recebem pela Caixa Econômica Federal:

Mês de nascimentoData do pagamento
Janeiro8 de fevereiro
Fevereiro10 de fevereiro
Março15 de fevereiro
Abril17 de fevereiro
Maio22 de fevereiro
Junho24 de fevereiro
Julho15 de março
Agosto17 de março
Setembro22 de março
Outubro24 de março
Novembro29 de março
Dezembro31 de março

Já para os trabalhadores do setor público, que recebem pelo Banco do Brasil, as datas são:

Final da inscriçãoData do pagamento
015 de fevereiro
115 de fevereiro
217 de fevereiro
317 de fevereiro
422 de fevereiro
524 de fevereiro
615 de março
717 de março
822 de março
924 de março

Como sacar o benefício?

Se você é inscrito no PIS, então o saque pode ser realizado diretamente nos caixas eletrônicos da Caixa Econômica. Além disso, você também pode fazer o saque nas Casas Lotéricas e Correspondentes Caixa Aqui.

Caso não tenha o cartão da Caixa, deve procurar uma Agência do banco e utilizar um documento de identificação para sacar seu benefício.

Em contrapartida, se você é inscrito no Pasep, pode sacar o benefício nas agências do Banco do Brasil. Para isso, basta apresentar um documento de identificação na boca do caixa.

Caso você seja um cliente do Banco do Brasil, então terá o valor do abono depositado diretamente na sua conta corrente ou poupança.

3 dicas para utilizar seu abono salarial da melhor forma possível!

Você já sabe como vai aproveitar o dinheiro do seu abono salarial? O valor do benefício pode variar de pessoa para pessoa, mas todos enfrentam a mesma tentação: gastar tudo com compras e outras atividades. Para evitar cair em armadilhas, vale a pena aproveitar a oportunidade e seguir as seguintes dicas.

1- Pague suas dívidas

De acordo com uma pesquisa realizada pela Serasa, em 2021, a maior parte dos brasileiros não conseguiram pagar suas dívidas em lojas (34%) e contas básicas (32%), como água e luz.

Quando o assunto é cartão de crédito, os números são ainda piores. Mais de 50% dos brasileiros possuem dívidas nesse cartão conhecido por seus juros altíssimos.

Esse endividamento pode ser provocado por diversos fatores, como desemprego, aumento no preço dos alimentos e do valor do aluguel, por exemplo. Seja qual for o motivo, o resultado é sempre o mesmo.

Além disso, esse acúmulo de dívidas ainda pode gerar vários problemas psicológicos. Segundo a mesma pesquisa realizada pela Serasa, 88% dos brasileiros já perderam o sono por causa de dívidas e 91% deles têm vergonha de não conseguir pagar suas contas.

Por isso, para evitar esse sofrimento e impedir o crescimento de suas dívidas, é importante aproveitar o dinheiro extra do abono salarial para colocar suas contas em dia. Mesmo que você não consiga quitar todas elas, pode reduzir o valor e a quantidade de dívidas pendentes para o restante do ano.

Por outro lado, se você não tem nenhuma dívida para pagar, então pode pular para a próxima dica.

2- Comece uma reserva de emergência

Para muita gente, os últimos dois anos provaram a importância de manter uma reserva de emergência. Em meio às incertezas e até ao desemprego, quem tinha um dinheiro guardado para imprevistos conseguiu lidar melhor com a instabilidade nesse período.

Por isso, se você não tem dívidas para pagar e ainda não criou sua reserva financeira, agora é a hora! Para isso, o ideal é acumular um montante equivalente a, pelo menos, 3 a 6 vezes o valor correspondente ao seu custo de vida mensal.

Porém, você pode começar a juntar esse dinheiro aos poucos – e o dinheiro extra do benefício já é um bom começo. Assim, caso ocorra algum imprevisto, você terá recursos para lidar com ele.

3- Invista seu dinheiro para concretizar seus planos

Quais são os seus planos para o futuro? Em geral, investir apenas por investir não dá certo. Sem planejamento, a maioria das pessoas abandona os investimentos em pouco tempo. Por isso, antes de começar a investir, é importante traçar metas a curto, médio e longo prazo.

Você pode planejar aumentar sua aposentadoria, comprar sua casa e fazer uma viagem dos sonhos, por exemplo.

E para alcançar seus objetivos mais rápido, você também precisa se preocupar com o local onde deixará seu dinheiro guardado.

A maioria dos brasileiros ainda utiliza a poupança para isso, por ser um método bem conhecido, acessível e fácil de lidar. O problema é que a poupança oferece a menor rentabilidade do mercado atualmente.

E acredite: é possível economizar e ainda aumentar seu montante de dinheiro fazendo o investimento certo.

Se você faz parte do time que prefere investimentos simplificados, seguros e com uma rentabilidade maior, pode utilizar aplicativos para investir.

Dessa forma, você consegue criar metas para guardar dinheiro, controlar seus gastos e acompanhar seu progresso. E aí, já decidiu como vai utilizar o dinheiro?

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