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Investidor deve se afastar de ações na carteira em anos eleitorais?
Investidor deve se afastar de ações na carteira em anos eleitorais?
23/02/2022 16h57 Atualizada há 2 anos
Por: Leonardo Grandchamp

No ano de 2022, devido às eleições, o cenário dos investimentos poderá ser marcado por momentos de “estresse”, em que muitas vezes a emoção dos investidores acaba se destacando, causando alta volatilidade no mercado e, inevitavelmente, um medo até excessivo. 

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De acordo com Luan Nardi, assessor de investimentos da iHUB Investimentos, períodos eleitorais são considerados de tensão para o mercado, neles o investidor tende a se preocupar mais. “Em momentos como esses, de maior volatilidade, é comum que a carteira se desequilibre, e por isso, um ponto essencial é rever o perfil do investidor, para estar alinhado com o propósito de investimento. Outro ponto importante é a diversificação, pois ela traz saúde financeira para a carteira, além de reduzir o risco a rentabilidade tende a ser maior”, comenta. 

É bom investir em ações em anos eleitorais? 

O mercado de ações, por exemplo, para quem é investidor há algum tempo, sabe que qualquer notícia, seja ela econômica, política ou até mesmo de saúde - temática com alta frequência atualmente-, traz oscilação no curto prazo, aumenta significativamente os riscos, resultando na mudança de humor dos investidores a cada atualização que atinja diretamente o mercado financeiro. 

Ao ter aplicações em renda variável em períodos mais voláteis, é importante ficar atento a alguns pontos. Luan ressalta que o primeiro passo é fazer a seguinte pergunta “porque e para que estou investindo?”. 

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Parece clichê, mas se o investidor sabe responder essa pergunta, o assessor de investimentos consegue ajudar a escolher as melhores opções de aplicações para aquele momento. Além disso, nem sempre o mercado de ações é ideal para um determinado perfil de cliente. 

“Imagine a seguinte situação: caso um investidor decida investir parte do seu patrimônio para fazer uma viagem no final do ano de 2022, será que é correto investir em ações? Obviamente não, visto que será um ano de alta volatilidade”, diz o especialista.

Agora, se há um outro investidor, que possui pensamento de longo prazo (10 anos), talvez até mesmo em anos eleitorais é possível se beneficiar da alta volatilidade do período, dando oportunidade de comprar ações com preços mais atraentes. 

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Sobre os dois casos é possível identificar uma diferença: o investidor de longo prazo pode suportar  o movimento de “sobe e desce” dos períodos de mais “estresse”, tendo em mente os reais fundamentos das ações das empresas que comprou. Com isso, podemos inferir que  o seu perfil de investidor está adequado para esse tipo de aplicação, e por isso, não há motivos para pânico. 

Atualmente, o mercado está com uma previsão de que virão mais altas nos juros para conter a inflação. No ambiente da renda variável quem sofre mais com este cenário são as empresas varejistas, abaixo, confira o desempenho que as principais empresas, deste setor na B3, apresentaram em 2021:

“Com juros altos, o intuito é diminuir o consumo, logo quem está diretamente ligado a isso tende a sofrer um pouco mais, no caso as ações varejistas”, comenta Luan.

A renda fixa ganha espaço em períodos eleitorais?

Atualmente, podemos observar a taxa Selic, por exemplo, que subiu de 2% para 10,75% a.a. Portanto, o investidor pode se beneficiar sim da renda fixa nesse período mais conturbado do mercado. Novas emissões estão remunerando no mínimo 100% do CDI, isso significa, aos valores de hoje, 10,75% a.a., bruto de IR, retorno este que não vemos há bastante tempo no mercado, principalmente quando levado em conta o menor risco que essa categoria possui.

A iHUB Investimentos é uma empresa especializada em assessoria de investimentos credenciada pela XP Investimentos.