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Solicitar alteração de visto F1 para EB3: Conheça os riscos
Solicitar alteração de visto F1 para EB3: Conheça os riscos
08/07/2022 02h00 Atualizada há 2 anos
Por: Leonardo Grandchamp

Com um mercado de trabalho cada vez mais concorrido no Brasil, morar e trabalhar nos Estados Unidos tem se tornado uma opção viável para brasileiros que são elegíveis em algumas modalidades de visto no país.

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Entretanto, em casos nos quais esse possível imigrante já está nos Estados Unidos com um visto estudantil, por exemplo, é necessário manter a atenção em alguns pontos antes de iniciar o pedido de alteração de status.

Muitos têm dúvidas relacionadas à atualização de um visto F1, destinado a estudantes, para um EB3, categoria que concede um Green Card aos seus portadores e uma autorização de residência permanente nos EUA, destinada a trabalhadores qualificados ou não em determinadas áreas.

Para Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, o pedido de um visto permanente para aqueles que já estão no país para fins acadêmicos pode ser arriscado. “Acumular ou regredir vistos não é uma boa ideia, porque essas informações vão ficar registradas no seu prontuário. Os agentes consulares vão saber que você tem ou teve, em algum momento, a intenção de morar de forma definitiva nos Estados Unidos”, revela.

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De acordo com o advogado, isso não garante uma negativa em solicitações futuras. “Embora a informação fique registrada no histórico desse solicitante e possa, de alguma maneira, impactar futuras renovações ou solicitações, isso não significa que esses processos serão negados daqui para frente. Mas dependendo do agente consular, ele pode olhar com maus olhos e negar o visto imaginando que a intenção é, na verdade, ficar definitivamente dentro do país norte americano”, pontua.

Diferente da maioria das categorias, o EB3 pede que a empresa realize o requerimento junto ao governo dos Estados Unidos. “A empresa preenche um formulário de certificação de trabalho, afirmando que não foi possível empregar um trabalhador local para a vaga. Além disso, a companhia deve comprovar que possui estabilidade financeira e atestar que o salário pago será o mesmo que um empregado americano receberia”, acrescenta Toledo.

Vale lembrar que o trabalhador estrangeiro deve contar com passaporte válido por mais de 6 meses, além da certificação de trabalho americana e registro de antecedentes criminais e judiciais.

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Para o especialista em Direito Internacional, é importante ter certeza em relação à vaga antes de aplicar a solicitação de um visto EB3. “É preciso conversar sobre os mínimos detalhes com a empresa e ver se realmente está tudo dentro dos requisitos, visando minimizar a possibilidade de uma negativa e ter mais tranquilidade em relação ao visto que esse solicitante já possui, seja para turistas ou estudantes”, finaliza.

Por Daniel Toledo, advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC.

O escritório Toledo e Advogados Associados é especializado em direito internacional, imigração, investimentos e negócios internacionais.