Os ataques do crime organizado atrás de carga na região do porto de Santos, litoral de São Paulo, estão afetando diretamente a economia do país.
As mercadorias transportadas por meio da malha ferroviária acabam sendo furtadas quando estão perto de chegar no porto de Santos, o maior do país, onde bandidos armados saqueiam carregamento de grãos e também de carnes.
Foram 153 ataques contra trens da concessionária que presta serviço na região somente no ano passado, os casos estão concentrados em 7 dos 17 mil Km da malha que a companhia opera em nove estados do país.
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Os saques a trens trazem muitos prejuízos, as ações criminosas afetam também a economia gerando bloqueios na importante via de acesso ao porto, impactando a logística, já que causam prejuízos no fluxo de carga e descarga de produtos.
O Brasil ainda enfrenta dificuldades para o escoamento desses produtos, o país tem um dos fretes mais caros do mundo, em termos de commodities o transporte ferroviário é uma das alternativas mais eficientes, nas questões de custo e sustentabilidade.
No Mato Grosso, o maior produtor de grãos brasileiros, metade da produção é transportada pelos trilhos, a cadeia logística precisa funcionar bem desde a partida das fazendas até a conclusão do processo de exportação.
Quando uma composição para por causa de um saque, ocorre represamento dos outros comboios que estão no mesmo caminho, é preciso então segurar esses trens distante da região, se possível antes da descida da serra.
Ou seja, com a paralisação da composição, a volta do processo irá levar de quatro a cinco horas, isso é um atraso que reverte em custo para o Brasil.
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Um dos últimos crimes na semana passada, terminou com a morte de dois seguranças ligados à empresa de logística que também tentavam conter a ação de ladrões.
Dez suspeitos de envolvidos nos saques foram presos, a polícia civil não tem dúvida do envolvimento do Crime Organizado nos ataques que rendem muito dinheiro para as quadrilhas.
O objetivo da PM é colocara segurança nos trilhos, por isso tem intensificado as operações, foram 46 prisões nos últimos 10 meses e 77 toneladas de cargas recuperadas.