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Etarismo: quando a sua idade te prejudica no mercado de trabalho
Etarismo: quando a sua idade te prejudica no mercado de trabalho
17/03/2023 11h46 Atualizada há 1 ano
Por: Ana Luzia Rodrigues
Imagem por @syda_productions / freepik

A discriminação de uma estudante de 40 anos de idade por outras alunas da faculdade teve muita repercussão nos últimos dias na mídia em geral. Esse caso evidenciou o preconceito que sempre existiu em nossa sociedade. Neste caso específico, tem um nome e chama-se etarismo. É termo usado para descrever atos de discriminação e preconceito contra as pessoas com base em estereótipos por conta da idade.

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Além dos bancos de faculdade, ele existe também no mercado de trabalho e acontece diariamente. A contratação de pessoas mais novas e a demissão das que passaram dos 40 ou 50 anos são situações mais comuns no setor trabalhista do que se imagina.

Dessa forma, o etarismo pode ser detectado quando uma pessoa  se sente desfavorecida, humilhada ou minimizada pela idade. No ambiente de trabalho, a maior taxa de ageismo acontece com pessoas acima de 37 anos para as mulheres e 40 anos para os homens.

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Etarismo no Cinema

O tema serviu até de base para o filme Um Senhor Estagiário, onde o recém-aposentado Robert de Niro aceita um cargo de aprendiz na bem-sucedida startup da personagem de Anne Hathaway. 

Dessa forma, ele começa sem ter nada a fazer, vira motorista da patroa e logo se torna seu confidente e assessor estratégico, além de ajudar a salvar sua posição na empresa e seu casamento. 

A arte imitando a vida? Com certeza! Há na história uma boa dose de realismo em relação ao valor da sabedoria, da experiência e do bom-senso das pessoas maduras em relação à capacidade dos jovens.

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Infelizmente a discriminação existe em todos os segmentos da nossa sociedade.

Preconceito nas empresas

Apesar das empresas estarem passando a investir em diversidade e inclusão com maior frequência, muitas ainda deixam de olhar dessa forma. Este erro diminui oportunidades de crescimento para pessoas mais velhas, e deixa fora do mercado a parcela da população que, segundo pesquisas do IBGE, será maioria da população do país em 2060. 

Procurar uma oportunidade de emprego ou tentar uma nova carreira após os 40 anos pode ser uma tarefa difícil, pois nem sempre os anos de experiência se tornam vantagem em um processo de seleção. 

Apesar de ser um crime a discriminação na hora de oferecer oportunidades de trabalho, algumas empresas realizam este tipo de conduta. Alguns processos seletivos sequer dão oportunidade para pessoas mais velhas participarem, colocando uma idade limite como critério nos anúncios de emprego. 

Portanto, fique sabendo que os recrutadores não podem fazer exigências relacionadas a sexo, cor, estado civil, idade, entre outras, na hora de divulgar uma oportunidade. Está escrito na Constituição Federal.

No entanto, mesmo com a proibição, situações como essas ainda acontecem e entrar no mercado de trabalho pode não ser tão fácil para profissionais mais velhos. De acordo com uma pesquisa publicada, 70% dos profissionais entrevistados, com mais de 40 anos, dizem ter sido discriminados por causa da idade.

Como combater o etarismo?

O crescimento da população idosa está aumentando no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 41,4% da população tem entre 30 e 59 anos e  14,7% tem  mais de 60 anos.

Diante desse cenário é preciso rever esses conceitos de contratação e demissão. Portanto, com o envelhecimento da população, o número de profissionais maduros no mercado de trabalho aumentará. Será preciso mudar e se adaptar à diversidade de idade. 

Então, quais ações devem ser tomadas AGORA? Com a adoção de práticas estratégicas, é possível derrubar, lentamente, esse tipo de preconceito. Assim, dentre algumas ações está a criação de programas de inclusão. Entre as práticas que devem ser incluídas neste programa estão:

Outra ação imediata é dar condições adequadas de trabalho. Assim, a empresa precisa cuidar do bem-estar e da qualidade de vida dos colaboradores maduros. Assim, isso envolve a concessão de benefícios específicos, como: consultas médicas, descontos em academias e terapias alternativas. Além disso, é importante também flexibilizar a carga horária e construir ambientes acessíveis.

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