Economia Tesouro Direto
Vendas do Tesouro Direto aumentaram no mês de janeiro
Vendas do Tesouro Direto aumentaram no mês de janeiro
26/02/2024 16h37 Atualizada há 2 meses
Por: Leonardo Grandchamp
Vendas do Tesouro Direto / Imagem freepik / logo Tesouro Direto

No mês de janeiro, as vendas de títulos públicos a indivíduos físicos através da internet totalizaram R$ 3,649 bilhões, conforme informado pelo Tesouro Nacional nesta sexta-feira (23). Esse montante representou um aumento de 13% em relação a dezembro do ano anterior, mas registrou uma queda de 16,46% em comparação com janeiro do ano anterior.

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O recorde mensal histórico do Tesouro Direto ocorreu em março do ano anterior, quando as vendas alcançaram R$ 6,842 bilhões. Porém, o mês passado contou com algumas instabilidades no mercado financeiro global, o que gerou uma redução do interesse por parte de alguns investidores.

 

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Os títulos mais procurados pelos investidores em janeiro foram aqueles corrigidos pela Taxa Selic (juros básicos da economia), representando 66,3% das vendas totais. Por outro lado, os títulos vinculados à inflação (IPCA) corresponderam a 20,3% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, responderam por 9,9%.

 

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O Tesouro Renda+, criado para o financiamento de aposentadorias e lançado no início de 2023, representou 2,5% das vendas totais. Já o novo título Tesouro Educa+, destinado a financiar uma poupança para o ensino superior e lançado em agosto do ano passado, atraiu apenas 0,9% das vendas.

 

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O interesse em títulos atrelados aos juros básicos é justificado pelo atual patamar da Taxa Selic. Embora tenham ocorrido quedas recentes, os juros básicos ainda são considerados atrativos. Desde janeiro de 2021, o Banco Central iniciou um ciclo de elevação da Selic, que passou de 2% ao ano para 13,75% ao ano entre janeiro de 2022 e agosto de 2023. Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano.

 

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O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 130,09 bilhões no final de janeiro, registrando um aumento de 1,61% em relação ao mês anterior e de 22% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse aumento se deve ao fato de que as vendas superaram os resgates em R$ 707,1 milhões no mês passado.

 

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Em relação ao número de investidores, 468,1 mil novos participantes se cadastraram no programa no mês passado, elevando o total para 26.918.583 investidores. Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 23,1% no número de investidores. O total de investidores ativos atingiu 2.524.954, um aumento de 20,4% em 12 meses.

 

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O uso do Tesouro Direto por pequenos investidores é evidente, como indicado pelo número significativo de vendas de até R$ 5 mil, que representaram 84,3% do total de 657.379 operações de venda ocorridas em janeiro. As aplicações de até R$ 1 mil representaram 63,8% do total. O valor médio por operação foi de R$ 5.551,24.

 

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Em relação aos prazos dos títulos, os investidores têm preferido os de médio prazo. As vendas de títulos com prazo de até um ano representaram 16,6% do total, enquanto as operações com prazo entre um e cinco anos representaram 43,4%. Já os papéis com prazo entre cinco e dez anos corresponderam a 16,3% do total, e os de mais de dez anos representaram 23,7% das vendas.

 

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O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 com o objetivo de popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem a necessidade de intermediação de agentes financeiros. As vendas de títulos públicos são uma das formas que o governo pode captar recursos visando pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor investido com um adicional que pode variar conforme diferentes índices, como a Taxa Selic, índices de inflação ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.