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Contador mais sortudo do mundo é alvo do Gaeco
O contador João Muniz Leite é um dos alvos da operação deflagrada no dia (9) pelo Ministério Público de São Paulo que aperta o cerco contra esquema de lavagem de dinheiro para a facção criminosa PCC por meio de empresas de ônibus que atuavam na capital paulista.
10/04/2024 09h16 Atualizada há 1 mês
Por: Ricardo de Freitas Fonte: Redação
Ministério Público apura participação de João Muniz Leite, conhecido como Contador do Lulinha, em esquema de lavagem de dinheiro para bandidos do PCC

O contador João Muniz Leite, conhecido como "Contador do Lulinha", está sob investigação do Ministério Público de São Paulo por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro para o PCC. A operação deflagrada no dia (9) visa empresas de ônibus da capital paulista.

Muniz ganhou notoriedade por ter trabalhado para Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, e chegou a ser ouvido no processo do caso do triplex do Guarujá, descoberto pela Operação Lava Jato.

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Dados da Polícia Federal revelam que o contador e sua esposa, Aleksandra Silveira Andriani, foram premiados em loterias um número impressionante de vezes: 640 no total, incluindo Lotofácil, Mega Sena e Quina. Só Aleksandra, em menos de um ano (entre dezembro de 2020 e novembro de 2021), ganhou 462 vezes.

Ainda não há detalhes sobre as supostas atividades ilícitas de Muniz e sua ligação com o PCC. As investigações estão em andamento e o contador ainda não se pronunciou sobre o caso.

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Outros pontos importantes:

Na operação desta terça, o Ministério Público tenta desbaratar esquema criminoso que envolve empresários, contadores, advogados ligados à UPBus, uma das companhias de ônibus sob suspeita do MP.

A investigação aponta inconsistência na contabilidade das empresas. A UPBus, por exemplo, registrava prejuízo de até R$5 milhões por ano, mas pagou a um acionista, Admar de Carvalho Martins, R$15 milhões a título de “lucros distribuídos”.

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A promotoria suspeita que o Contador do Lulinha teria elo com outras empresas também envolvidas no esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado, só em 2022, R$974,3 milhões. O Gaeco ainda apura envolvimento de Muniz com Sílvio Luiz Correia, conhecido como Cebola, um dos principais líderes do PCC. O jornal informa que procurou João Muniz Leite, mas o contador não foi encontrado.