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Executivos têm buscado a carreira de conselheiro!

Executivos têm buscado a carreira de conselheiro!

20/06/2023 às 17h08 Atualizada em 20/06/2023 às 20h08
Por: Leonardo Grandchamp
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Imagem por @biancoblue / freepik
Imagem por @biancoblue / freepik

Muitos profissionais executivos consideram a carreira de conselheiro como um próximo salto em suas carreiras.

Antes é preciso compreender que o papel dessa profissão reúne diferentes abordagens, é o que explica o CEO da Board Academy, Farias Souza:

“O conselheiro de administração, eleito pelos acionistas, é responsável por contratar o CEO da empresa e seus diretores. Entre as suas atribuições está decidir, deliberar e aprovar”, explica.

Já o conselho consultivo, segundo Farias Souza, é contratado pelo fundador da empresa, presidente ou CEO e assume a responsabilidade de apoiá-lo em diversas decisões, opinando, dando sugestões, recomendações e fazendo boas perguntas provocativas, muitas vezes. O Conselheiro Consultivo tem que fazer o fundador/presidente/CEO refletir fora da zona de conforto do dia a dia, sob pena de não agregar valor à composição do Conselho.

Outra particularidade da atuação do conselheiro, é que mesmo o profissional tendo sido contratado pela organização, seu cargo não tem a mesma característica de contratação CLT, é como um “cargo de confiança”, com a finalidade de direcionar estrategicamente as lideranças para o alcance de objetivos de curto, médio e longo prazo.

Conselheiro – Você está pensando nessa transição em sua carreira profissional?

Ao longo dos anos, a participação de membros independentes em empresas brasileiras está crescendo, é isso o mostra pesquisa realizada pela consultoria internacional Korn Ferry (de 39% em 2014 para 60% em 2020).

Minha trajetória no mercado corporativo de mais de 36 anos em contínuo aprendizado acadêmico inclui a participação em conselhos consultivo e de administração, tanto como conselheiro consultivo, como estatutário, assim como de consultor frente à MORCONE Consultoria Empresarial.

Em experiência junto a diferentes segmentos de negócio como indústrias metalúrgicas, indústria de laticínios, indústria de cosméticos, empresas de telecomunicações, distribuidoras de produtos para informática, muitos aprendizados foram agregados à minha bagagem de experiência.

Tendo certificação como conselheiro pela Fundação Dom Cabral (PDC 27) e sido recentemente certificado como Conselheiro Consultivo pela Board Academy (PFCC 5), acredito que a transição da área executiva para os conselhos tem como motivação vários fatores, destaco com base em minha vivência alguns, como:

  • Novos desafios – a transição de C-Level a conselheiro consultivo ou de administração leva a novos contextos, novas abordagens de identificação de cenários e de resolução de conflitos que possam estar presentes no ambiente organizacional;
  • Compartilhamento de experiências – você encontra nessa transição de carreira a possibilidade da aplicação de conhecimentos a outras organizações, de diferentes segmentos e portes;
  • Redução de estresse – já que as atribuições de conselho são diferentes e não demandam as mesmas responsabilidades do cargo de C-Level de uma organização;
  • Flexibilidade – a carreira no conselho permite maior flexibilidade de horário, o que em consequência resulta em mais tempo com a família e maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

O papel do conselheiro tem ganhado crescente destaque devido ao aumento das complexidades do cenário global, em que há demanda por responsabilidades e funções distintas.

Esse profissional é visto pelas organizações como aquele que:

  • Está em constante aprimoramento em sua atuação no cenário corporativo;
  • Que é dotado de ferramentas, conhecimentos inovadores e habilidades técnicas e comportamentais (hard e soft skills);
  • Que está preparado para direcionar estrategicamente diante de cenários desafiadores.

Carreira de conselheiro – um mundo complexo está em busca de profissionais experientes para lidar com diferentes cenários

Seja como conselheiro consultivo ou de administração, o que as organizações buscam quando contratam esses profissionais é o direcionamento dos melhores caminhos a se percorrer. A perenidade da organização e a possibilidade de escalabilidade sem sofrimento ou sacrifícios.

Seja uma organização jovem no mercado que se sente perdida em relação aos próximos passos ou uma organização mais experiente em busca por mais pluralidade de visões em seus conselhos, a carreira de conselheiro tem a responsabilidade de trazer um novo viés, sem os “vícios” da rotina administrativa e processual do negócio, com base naquilo que já vivenciou ―, em grande parte dos casos ― à frente da administração de uma empresa.

Se o anseio é pela cadeira no conselho consultivo, vale compreender as atribuições desse importante órgão da Governança Corporativa dentro da organização.

O conselho consultivo é formado por profissionais internos e externos à empresa, que trazem consigo uma bagagem de experiência que tem muito a somar para uma maior acurácia no planejamento, definições estratégicas para a perenidade e escalabilidade do negócio e, claro, para que as tomadas de decisões sejam mais eficientes.

Faz parte das atribuições do conselho consultivo tratar de temas como controles internos, finanças, desenvolvimento de pessoal, comunicação e marketing, demandas fiscais, entre outras.

As organizações podem ser beneficiadas com a atuação do conselheiro consultivo, nas seguintes ações:

  • Auxiliando na análise das condições de mercado;
  • Apontando as melhores soluções tecnológicas;
  • Sugerindo mudanças seja nos produtos ou serviços prestados;
  • Trazendo previsões e tendências;
  • Propondo novas perspectivas isentas de “usos e costumes” acerca da organização;

Entre outras.

Geralmente a criação do conselho consultivo é uma alternativa às organizações que estão enfrentando o processo de transição para a implementação da governança corporativa, preparando o terreno para a formalidade e responsabilidades próprias do conselho de administração.

Porém, muitas organizações têm mantido os dois órgãos atuando como complementares para seu contínuo desenvolvimento.

Se o interesse está na carreira de conselheiro de administração, as principais atribuições são:

  • Zelo pelos valores e propósitos da organização;
  • Definição das diretrizes estratégicas;
  • Apoio e supervisão contínua da gestão da empresa, com foco na gestão de riscos e pessoas, prestando contas aos acionistas e orientando a diretoria;
  • Discutir, aprovar e monitorar as decisões que envolvam: estrutura de capital, escolha e avaliação de diretorias independentes, processo sucessório, sistemas de controles internos, entre outras;
  • Análise da exatidão e transparência de todas as movimentações financeiras.

Por onde começar se o desejo é a transição para a carreira de conselheiro?

Compartilho com você orientações que foram fundamentais para a minha carreira como conselheiro:

Procure por uma formação reconhecida

Dentre as melhores escolas de formação para conselheiros, destaco: Conselheiro Consultivo ou de Administração no IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), Fundação Dom Cabral (FDC) e Board Academy.

Com a formação adequada você terá uma clara compreensão das responsabilidades e expectativas do papel de conselheiro consultivo ou de administração e poderá, inclusive, se aperfeiçoar buscando conhecimento sobre competências que estejam faltando em sua trajetória.

Pesquisa de oportunidades

Faça uma ampla pesquisa de mercado sobre oportunidades de conselheiro consultivo ou de administração nas organizações e setores que sejam de seu interesse e que estejam dentro de sua expertise.

E faz parte disso a criação de uma rede de contatos (networking), ou seja, esteja presente em eventos que tratem sobre conselhos e sobre novas práticas em destaque quando o assunto é governança corporativa.

Não pare de aprender!

Essa é uma premissa que rege a minha vida profissional que é o contínuo aprendizado e, para isso, destaco a importância de ter uma mentalidade de aprendizado contínuo.

É preciso estar disposto a explorar novas formas de liderança e tomada de decisões e, inclusive, não ter apego a métodos ou processos, porque se o mundo muda o tempo todo, isso também se atribui ao mercado corporativo.

A transição é desafiadora, mas vale a pena. É um caminho de aprendizado contínuo, de novas conexões profissionais e que te prepara para ser um profissional versátil, disposto a mergulhar em diferentes áreas de mercado.

Por Carlos Moreira, há mais de 37 anos atuando em diversas empresas nacionais e multinacionais como Manager, CEO (Diretor Presidente), CFO (Diretor Financeiro e Controladoria), CCO (Diretor Comercial e de Marketing). e Conselheiro Administrativo.

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