Os constantes aumentos na fila de espera do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) chegou em um momento dramático, dado que o número de cidadãos que aguardam pelo atendimento bateu recorde, de modo que é o maior da história da autarquia.
Conforme o divulgado pelo jornal O Globo, atualmente, há cerca de 2,85 milhões de casos de pessoas que aguardam pelos serviços do órgão. Para ter uma ideia do tamanho dessa fila, o número, se equivale à população de salvador na Bahia, o município é o quarto mais populoso do Brasil
Deste montante, a maioria, são segurados que esperam pelo resultado da perícia médica do INSS, sendo um procedimento obrigatório para concessão dos chamados benefícios por incapacidade.
Tais benefícios são recebidos por segurados que precisam se afastar de suas atividades de trabalho, em decorrência de um acidente ou doença. Acontece que a demora pelo resultado, deixa os cidadãos em uma situação delicada, na qual muitos já deixaram de receber o salário da empresa, e ainda não foram contemplados com a renda benefício. Desta maneira, o segurado fica sem qualquer amparo financeiro.
Em resumo, isto ocorre, pois, após um determinado período de afastamento, não cabe mais ao empregador pagar o salário, mas sim ao INSS, o que não é possível sem o resultado da perícia. A grande questão, é que o órgão precisa atestar a veracidade da incapacidade para assim poder conceder o benefício.
Do total de requerimentos em aberto, 964,5 mil são referentes aos benefícios por incapacidade. Este número representa os segurados que sequer sabem se o pedido será negado, de maneira que caso este seja o resultado, a pessoa ainda deverá aguardar a resposta da contestação.
Sobre todo este cenário, técnicos vinculados ao INSS afirmam que o Governo Federal reconhece o grande tamanho da fila, e tem se empenhado para corrigir o problema. Segundo a atual gestão do país, o fenômeno ocorre devido à falta de profissionais atuando na autarquia.
De acordo com informações oficiais, cargos de trabalhadores do INSS que se aposentaram não contam com uma reposição desde 2018, resultando na falta de funcionários para atender a grande demanda.
Por fim, alguns diretores INSS também apontam que a única maneira de reduzir o grande número de requerimentos em espera, é justamente abrir novos concursos, no intuito de trazer novos profissionais para atuar no órgão.
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