Desde abril, algumas startups brasileiras estão demitindo os seus funcionários em massa. Essas pequenas empresas, que tiveram uma ascensão muito grande nos últimos anos, vêm experimentando um cenário adverso em relação a investimentos. Pelo menos 10 startups brasileiras demitiram seus funcionários no primeiro trimestre.
Essas dispensas estão acontecendo após um problema de crise global econômica que atingiu diversos países. Devido à pandemia pela Covid-19 e às sanções econômicas pela guerra na Ucrânia, muitos investidores estão perdendo o seu poder, o que acaba afetando diretamente as startups.
Especialistas apontam um cenário de cautela nos investimentos diante dos desafios econômicos atuais. Inflação, juros altos, queda de consumo e diminuição da demanda de alguns serviços com a retomada das atividades influenciam quase diretamente nessa situação.
Por conta desse cenário caótico, principalmente em São Paulo, que é polo dessas empresas, há uma tendência à procura de vagas de emprego em SP. Os profissionais estão buscando empresas maiores, pois elas trazem uma garantia maior de segurança.
De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), uma startup é uma empresa que surge com uma ideia diferente, fora do convencional do que se conhece como um negócio.
O termo era praticamente desconhecido no Brasil e bastante popular nos EUA. O significado literal do termo seria “empresa emergente”, cujo sinônimo seria de iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento.
Conheça algumas startups que demitiram funcionários neste ano:
A empresa multinacional brasileira de tecnologia, com foco em cloud commerce, chegou a demitir 193 funcionários no final de maio. O julgamento dado pela empresa é de alinhamento da estrutura organizacional, que deve ter prioridades alinhadas a um crescimento com mais eficiência.
A companhia informa ainda que possui expectativa de entregar seus planos de crescimento e que está comprometida a ajudar os funcionários demitidos.
Empresa muito conhecida no ramo imobiliário, foi uma das primeiras startups a demitir funcionários em massa. A empresa anunciou um corte de 4% de seus funcionários (cerca
de 160 pessoas). Os desligamentos afetaram os setores de tecnologia, marketing e recursos humanos.
A famosa PayPal, empresa de pagamentos online, também sofreu nesse cenário de demissões. Em maio, a empresa confirmou 16 pessoas desligadas, porém uma matéria do jornal “O Globo” apurou que foram cerca de 60 colaboradores cortados. A empresa alegou fazer parte de uma reestruturação global.