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Plano de Transformação Ecológica Promete Impulsionar Desenvolvimento Econômico e Social

Plano de Transformação Ecológica Promete Impulsionar Desenvolvimento Econômico e Social

05/09/2023 às 15h07 Atualizada em 05/09/2023 às 18h07
Por: Gabriel Dau
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Imagem por @lovelyday12 / freepik
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O Brasil está colocando em prática um Plano de Transformação Ecológica que vai muito além dos cuidados com o meio ambiente. Um plano complexo de desenvolvimento econômico e social, com componentes muito fortes de preservação ambiental e de tecnologia. Esse posicionamento foi apresentado pelo assessor especial do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux, nesta segunda-feira (4/9) na 12ª edição do Fórum Nordeste, realizado em Recife. O evento debateu desafios e oportunidades em biocombustíveis, etanol e energias limpas.

O plano brasileiro de transformação ecológica não pode ser igual ao da Europa, alertou Dubeux, ressaltando que os desafios do país são diferentes e únicos. O assessor especial realizou palestra sobre o tema “Plano de transformação ecológica: desenvolvimento inclusivo e sustentável para lidar com a crise climática”.

Leia também: Haddad revela Plano de Transformação Ecológica para impulso do crescimento econômico

A apresentação de Dubeux divulgou informações sobre a situação do clima no planeta, os motivos pelos quais o Brasil precisa de um plano para a transformação ecológica e detalhes do projeto que começa a ser estruturado e colocado em prática. Ele explicou que pela emissão mundial de gases de efeito estufa já realizada até agora, é certo que haverá aumento de temperatura, em escala global.

“O desafio para o planeta não é diminuir a quantidade de gases de efeito estufa, é parar de aumentar”, afirmou, lembrando que o aumento de temperatura leva a fenômenos climáticos extremos — mais secas e mais inundações — que afetam a agricultura, as populações, a produção em geral. Diante desse cenário, torna-se essencial a mudança no padrão produtivo e, por isso, a importância do plano de transformação ecológica.

Dubeaux apontou que, diante do desafio de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, as fontes alternativas de geração de energia (como eólica e solar) ganharam importância e estão recebendo mais investimentos que as fontes tradicionais (óleo e gás). E o Brasil tem posição única, alertou o assessor especial. “O Nordeste tem potencial imenso para energia eólica e solar e isso deve ser instrumento de desenvolvimento regional”, afirmou.

“O mundo inteiro está em redirecionamento para a economia verde, mudanças já estão sendo feitas. O Brasil não pode ficar como ator passivo para depois simplesmente comprar tecnologias, bens e serviços de outros países”, disse o assessor especial. Ele destacou que o país conta com um ativo extraordinário: mão de obra qualificada e produção científica robusta, em patamar semelhante à Coreia do Sul. Conforme apontou Dubeux, o Brasil tem o desafio de transformar tudo isso em produtos e serviços novos, focados na economia verde.

Ao reforçar que o plano brasileiro de transição ecológica precisa ir além da preservação do meio ambiente, promovendo também efeitos positivos de aspecto social e de desenvolvimento, o porta-voz falou sobre a estratégia de preservação da Amazônia, reduzindo o desmatamento. Segundo apontou, o Brasil precisa de uma solução econômica para que as pessoas que vivem na floresta tenham perspectiva de renda e de ascensão social com as matas preservadas e o uso da biotecnologia. O assessor também apontou oportunidades que o Brasil tem na produção de diesel verde (que é diferente do biodiesel e pode ser utilizado de forma pura, sem a necessidade de ser misturado ao diesel comum) e na área de hidrogênio verde.

“Qual é o desafio que está colocado para o Brasil em energia eólica, solar, diesel verde, hidrogênio verde? É não repetir mais um ciclo de país exportador de commodities. Para conseguirmos ir além de trazer um painel solar importado, um eletrolisador importado, pegar o hidrogênio e embarcar em um navio importado para que ele transporte o hidrogênio”, disse Dubeux. Ele defendeu uma política para essa nova matriz que assegure que pelo menos parte dos equipamentos, incluindo os navios, seja produzida no Brasil, além de que a energia verde seja utilizada para a produção doméstica de produtos sustentavelmente corretos, com maior valor agregado. Ele destacou também a importância do programa brasileiro de produção de etanol, nas soluções verdes que atualmente estão sendo exigidas pelo mercado mundial.

Leia também: A importância dos investimentos para o fomento do desenvolvimento ecológico

Antes de falar sobre os desafios do plano de transição ecológica, Rafael Dubeux destacou a melhora da economia nacional ao longo dos últimos meses. No início do ano, relembrou, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 era de 0,7%, no início do ano. “Na sexta-feira saíram os dados mais recentes do IBGE. E se a gente não crescer mais nada até o final do ano, se o PIB ficar estagnado, ainda assim teremos crescimento de 3%. A inflação está convergindo para a meta, as taxas de juros estão caindo”, ressaltou. Dubeux disse que esses bons resultados refletem mudanças estruturantes, como a aprovação do novo arcabouço fiscal e os avanços nas discussões sobre a reforma tributária.

Os mediadores do debate realizado após a apresentação de Rafael Dubeux foram o presidente da Bioenergia Brasil e da Siamig (entidade que representa 34 associados produtores de açúcar, etanol e bioeletricidade do estado de Minas Gerais), Mário Campos Filho; o diretor de transição Energética e Sustentabilidade da Câmara de Comércio Brasil/Alemanha no Rio de Janeiro, Ansgar Pinkowski; e o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado da Paraíba (Sindalcool-PB), Edmundo Coelho Barbosa.

Confira a apresentação do assessor especial do Ministério da Fazenda Rafael Dubeux no Fórum Nordeste

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