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Copom reduz juros básicos da economia para 12,25% ao ano

Copom reduz juros básicos da economia para 12,25% ao ano

03/11/2023 às 10h23 Atualizada em 03/11/2023 às 13h23
Por: Leonardo Grandchamp
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Arquivo/Agência Brasil
Arquivo/Agência Brasil

Os movimentos nos preços levaram o Banco Central (BC) a efetuar o terceiro corte consecutivo na taxa de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) tomou a decisão de reduzir a taxa Selic, que representa a taxa de juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, estabelecendo-a em 12,25% ao ano. A decisão, divulgada na tarde de quarta-feira (1º), estava alinhada com as expectativas dos analistas financeiros.

Em seu comunicado, o Copom observou que a economia global exige uma abordagem mais cautelosa e atenta por parte dos países emergentes ao reduzir suas taxas de juros. O comunicado destacou: "O ambiente internacional apresenta desafios, devido ao aumento das taxas de juros de longo prazo nos Estados Unidos, à persistência de núcleos inflacionários em níveis ainda elevados em diversos países e a novas tensões geopolíticas."

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Apesar dessas adversidades, o comunicado esclareceu que o Copom planeja continuar a reduzir a taxa de juros em 0,5 ponto nas próximas reuniões. No entanto, o comitê ressaltou a possibilidade de ajustar o ritmo de redução caso as condições tornem a diminuição das taxas mais desafiadora.

"O tamanho total do ciclo de flexibilização no decorrer do tempo dependerá da trajetória da inflação, especialmente dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, sobretudo as de longo prazo, das projeções inflacionárias, do hiato do produto e do balanço de riscos", enfatizou o comunicado.

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Com essa decisão, a taxa Selic atinge seu nível mais baixo desde maio do ano passado, quando estava fixada em 11,75% ao ano. De março de 2021 até agosto de 2022, o Copom aumentou a Selic em 12 movimentos consecutivos, como parte de um ciclo de aperto monetário que teve início devido ao aumento nos preços de alimentos, energia e combustíveis. Durante um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa permaneceu em 13,75% ao ano, sem alterações.

Antes do início desse ciclo de elevação, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, atingindo o nível mais baixo registrado desde o início da série histórica em 1986. Inicialmente, o Banco Central havia baixado a taxa para estimular a produção e o consumo em resposta à contração econômica provocada pela pandemia de covid-19. A taxa permaneceu no patamar mais baixo de agosto de 2020 a março de 2021.

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Inflação

A Taxa Selic representa o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em setembro, o IPCA registrou um aumento de 0,26%, acumulando um índice de 5,19% nos últimos 12 meses. Após uma série de quedas no final do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, embora esse aumento fosse previsto pelos economistas.

No ano anterior, o IPCA encerrou acima do limite superior da meta de inflação. Para o ano de 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu uma meta de inflação de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Portanto, o IPCA não poderia ultrapassar 4,75% nem ficar abaixo de 1,75% neste ano.

No Relatório de Inflação divulgado no final de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a estimativa de que o IPCA encerraria 2023 em 5% no cenário base. No entanto, essa projeção pode ser revisada para baixo na próxima edição do relatório, que será divulgada no final de dezembro.

As previsões do mercado estão mais otimistas em comparação com as estimativas oficiais. De acordo com o boletim Focus, uma pesquisa semanal realizada com instituições financeiras e divulgada pelo BC, a expectativa é de que a inflação oficial encerre o ano em 4,63%, abaixo, portanto, do limite superior da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,86%.

Crédito mais barato

A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central aumentou para 2,9% a projeção de crescimento para a economia em 2023.

O mercado projeta crescimento semelhante, principalmente após a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 0,9% no segundo trimestre . Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,89% do PIB em 2023.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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