Com correção, isenção beneficiaria contribuintes com renda mensal de até R$ 3.556,56.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), a defasagem da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) chegou a marca de 88,4% desde 1996.
A última vez que a tabela passou por correção foi em 2015 – de 5,6%. Apenas nesses dois anos sem atualização, a defasagem acumulou quase 9,43%.
O que esperar desse guia? Para 2018, também não deverá ser realizada correção, segundo informou recentemente a Receita Federal. Com isso,
a isenção deve continuar a ser aplicada para aqueles que recebem até R$ 1.903,98 por mês. Conforme explica o sindicato, com correção, a faixa de isenção abrangeria os contribuintes com recebimentos até R$ 3.556,56 ao mês.
Uma diferença de R$ 1.652,58 em relação ao valor aplicado atualmente. Se por um lado, com uma ampliação da faixa de isenção, um grupo maior de contribuintes deixaria de reter impostos na fonte, por outro lado o governo perderia receita. “
Quando o governo usa esse tipo de artimanha para arrecadar fácil está penalizando uma faixa da população considerável”, aponta Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco Nacional. “
São recursos que, se esse grupo pudesse contar, em vez de pagar imposto, certamente seriam canalizados para consumo. Fazendo a roda da economia girar. O governo não deveria jamais de contar com esse recurso” argumenta.
O presidente do sindicato continuou criticando a falta de correção na tabela do IR. “
Ao se apossar daquilo que não tem direito, o governo achata a renda do trabalhador. Obriga-o a pagar mais imposto, dinheiro que poderia ser mais bem aplicado na poupança, no aprimoramento da formação educacional, no consumo, etc.”.
Afetando todas as camadas
A análise do Sindifisco Nacional ainda aponta que a defasagem não afeta apenas aqueles com menores rendimentos. Na verdade, ela atinge as demais faixas de renda, uma vez que obriga o contribuinte a pagar mais imposto de renda do que deveria.
Os descontos conferidos também deveriam ser maiores caso a tabela fosse corrigida. Para educação, o teto anual de desconto é de R$ 3.561,50 atualmente. Se a tabela não estivesse defasada, esse valor seria de R$ 6.709,90. Ou seja, quase o dobro do praticado hoje em dia. Já para dependentes, o desconto seria de R$ 4.286,28/ ano, ao invés dos atuais R$ 2.275,08/ ano. Via
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