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EXAME DE SUFICIÊNCIA PARA CONTADORES REPROVA MAIS DO QUE A ADVOCACIA

Prova aplicada pelo Conselho Federal de Contabilidade, obrigatória para o exercício da profissão, tem baixa taxa de aprovação. Resultado levanta preocupação sobre a qualidade dos cursos oferecidos

25/04/2024 às 08h28 Atualizada em 25/04/2024 às 10h03
Por: Ricardo de Freitas Fonte: Redação
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EXAME DE SUFICIÊNCIA PARA CONTADORES REPROVA MAIS DO QUE A ADVOCACIA
EXAME DE SUFICIÊNCIA PARA CONTADORES REPROVA MAIS DO QUE A ADVOCACIA

Assim como os futuros advogados, os recém-egressos da faculdade de Ciências Contábeis precisam passar por uma prova final para exercerem regularmente a profissão de contador. O chamado Exame de Suficiência é realizado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e serve para comprovar o conhecimento mínimo necessário para exercer a atividade.

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A prova é realizada duas vezes ao ano e a próximo está marcada para 30 de junho. Na última edição, no segundo semestre de 2023, dos 37.735 candidatos que realizaram a prova, apenas 6.547 foram aprovados (17,34%). Foi o menor índice de aprovação da história desde que a avaliação começou a ser feita, em 2018. Mas, já na primeira edição da prova, apenas 30,16% foram admitidos. Esse índice se manteve acima das 30% nos cinco primeiros exames aplicados, chegando a 38,19% no início de 2020. Desde então, a queda é contínua.

Sem a aprovação no Exame de Suficiência os estudantes de Ciências Contábeis não conseguem obter o registro profissional (emitido pelos conselhos regionais em cada Estado).

"O alto índice de reprovação nas últimas avaliações deve-se à baixa qualidade do ensino da contabilidade no Brasil. Muitas instituições não trabalham para preparar o aluno para o exame", afirma a professora Suzana Slonzon, coordenadora do curso de Ciências Contábeis da Trevisan Escola de Negócios, que possui uma taxa de aprovação três vezes superior à média nacional, considerando as últimas cinco edições. 

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De acordo com a professora, muitas empresas e escritórios de contabilidade até contratam contadores que ainda não tenham o registro. Mas a prática é ilegal e a legislação prevê multas, a proibição de exercer a profissão por até dois anos e, em casos muito graves, até a cassação do registro em definitivo.

"A exigência do registro mantém o nível técnico da profissão. Ser aprovado no Exame de Suficiência é um bônus para profissionais que querem se diferenciar como um profissional altamente capacitado", explica.

Mas sempre é válido lembrar que mesmo diante de sua complexidade e importância, não é apenas a avaliação aplicada pelo CFC que garante que recém-formados serão bons profissionais. Nos dias de hoje, além de educação e formação, certamente vai se destacar nas empresas aquele contador que saiba reunir em sua carreira conhecimento técnico, habilidades analíticas e de comunicação, foco na resolução de problemas, adaptabilidade e aprendizado contínuo.

"Outro aspecto importante para ser um bom profissional de contabilidade é a capacidade acompanhar os avanços tecnológicos. A inteligência artificial, por exemplo, não vai substituir o trabalho do contador. Mas hoje já temos no mercado ferramentas de IA que podem ser aplicadas no cálculo de tributos, identificação de pontos de auditoria, classificação fiscal de documentos, entre outros exemplos. Aquele que já usa isso seu favor já está vários passos à frente de outros profissionais da área", conclui.

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Sobre a Trevisan Escola de Negócios 

Estabelecida em 1983, a Trevisan é a única Escola de Negócios do Brasil que teve origem a partir de uma empresa, a Trevisan Auditores e Consultores. Ao longo de sua história, a instituição consolidou a sua experiência na formação de profissionais altamente capacitados para a gestão de negócios, com professores muito experientes e que proporcionam em sala de aula um ambiente que simula o meio empresarial. A Trevisan Escola de Negócios integra o mundo corporativo com o acadêmico por meio do desenvolvimento de executivos de sucesso nas mais diversas áreas de atuação, com cursos de graduação, pós-graduação e MBA, educação executiva, cursos internacionais, de rápida duração e in company. Em 2020, adotou o modelo de educação 100% digital e passou a focar em uma atuação global por meio da sua plataforma online de ensino, em parceria com a Degreed, que pode ser acessada por alunos em todos os países do mundo, por qualquer aparelho conectado à internet. 

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IgorHá 2 dias EunápolisO grande problema é que os cursos não te preparam nem pra passar pela prova muito menos para trabalhar em um escritório de contabilidade. Os cursos mal mal formam um assistente ou auxiliar. Lógico que existe exceções, sendo que deve ter algumas faculdades com elevados índices de aprovação. Mas a grande realidade é que sobra para os escritórios de contabilidade fazer a formação e treinamento desses profissionais, sejam eles aprovados ou não no exame. Ninguém sai da faculdade preparado.
Gilson Há 3 dias Juiz de fora MGOrlando vieira acredito que você não sabe o que está falando. A prova é teórica não te ensina a fechar um balanço na prática e tão pouco entregar obrigações contábeis. Só quem trabalha várias horas na contabilidade, sente o peso de estudar após uma rotina cansativa pra uma prova humilhantelpcom exigência teórica e que envolve vários setores que você nem domina profissionalmente e nem vai por que dificilmente você faz mais de uma área em um escritório contábil. Ao fim do exame já.....
Marco Querido Há 1 semana São José dos Campos SP Será que o conselho não precisa rever suas provas. O conselho não pode ser dona mundo. Tirar direito do formado de trabalho tem que ser pensado. Visto que conselho também tem que ser fiscalizado. Os conselhos no Brasil não podem ser um órgão acima de tudo.Isso é .ditadura.
AiltonHá 1 semana Aracaju-SEBom dia! Concordo com Orlando Vieira. Os CRC,s não atuam nas fiscalizações dessas escolas.
Magno Brito Há 1 semana Manaus/AMA questão não é qualidade de curso,haja vista que,as atenuantes prática e teoria,são discrepante,a maior agravante nisso é objetivo reprovativo e a mesmo tempo arrecadativo que a banca Consulplan objetivava,desde quando a taxa baixou para R$ 70,00 a Consulplan,penalizava os contabilista com provas dificílimas. Espero que o mesmo não aconteça com FGV.
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